Mudanças climáticas e seus riscos
As mudanças climáticas são
alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são
verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da
média, apurados durante o passar dos anos.
As mudanças climáticas são
produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores
meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices
pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade
relativa do ar, etc.
As mudanças climáticas são provocadas por
fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as
mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial
(século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar.
Consequências
Atualmente as mudanças climáticas
têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os
climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo
aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global.
Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o
derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos
oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas últimas décadas
em função das mudanças climáticas.
Quais
serão os impactos prováveis
Além do aumento da temperatura no
planeta, veja abaixo alguns dos impactos previstos como consequência das
mudanças climáticas:
•Aumento na frequência da ocorrência de
eventos climáticos extremos: deverá ocorrer um aumento na frequência
e intensidade de eventos climáticos extremos, tais como enchentes, tempestades,
furacões e secas. Ainda, o El Niño, um evento climático que ocorre regularmente
a cada 5 a 7 anos, poderá se tornar mais intenso e frequente, provocando secas
severas no norte e nordeste e chuvas torrenciais no sudeste do Brasil.
•Elevação do nível do mar: o
nível do mar deverá subir em média entre 18 e 59 cm até o final do século XXI, o
que implicaria no desaparecimento de muitas ilhas (em alguns casos países
inteiros), com danos fortes em várias áreas costeiras, além de causar enchentes
e erosão. Uma elevação de 50 cm no nível do oceano Atlântico poderia, por
exemplo, consumir 100 m em algumas praias no Norte e Nordeste do Brasil.
•Perda de cobertura de gelo: o
Ártico já perdeu cerca de 7% de sua superfície de gelo desde 1900, sendo que na
primavera esta redução chega a 15% de sua área. Nos próximos anos, poderá haver
uma diminuição ainda maior na cobertura de gelo da Terra tanto no Ártico,
quanto na Antártica. Algumas projeções indicam ainda o desaparecimento quase
total do gelo marinho ártico do final do verão, em meados do século XXI. Os
processos de derretimento deste gelo são lentos. A eliminação completa da
cobertura de gelo da Groenlândia, por exemplo, contribuiria para um aumento de
cerca de 7 metros do nível do mar, embora possa demorar vários séculos para que
este derretimento venha a ocorrer.
•Alterações na disponibilidade de recursos
hídricos: ocorrerão mudanças no regime das chuvas, onde áreas áridas
poderão se tornar ainda mais secas. Na Amazônia, as chuvas poderão diminuir em
20% até o final deste século. Poderá ocorrer também o avanço de água salgada
nas áreas de foz de rios, além de escassez de água potável em regiões críticas,
que já enfrentam stress hídrico. As previsões ainda alertam sobre os riscos de
diminuição dos estoques de água armazenados nas geleiras e na cobertura de
neve, ao longo deste século. As áreas como os Andes e o Himalaia, que dependem
do derretimento de neve armazenada no inverno, podem sofrer impactos
significativos na disponibilidade de água.
•Mudanças nos ecossistemas: as
alterações climáticas previstas certamente afetarão os ecossistemas e poderão
colocar em risco a sobrevivência de várias espécies do nosso planeta. Como
consequência do aquecimento global, a biodiversidade de vários ecossistemas
deverá diminuir e mudanças na distribuição e no regime de reprodução de
diversas espécies ocorrerão. A antecipação ou retardamento do início do período
de migração de pássaros e insetos e dos ciclos reprodutivos de sapos, a
floração precoce de algumas plantas, a redução na produção de flores e frutos
de algumas espécies da Amazônia, a redução da distribuição geográfica de
recifes de corais e mangues, o aumento na população de vetores como malária ou
dengue e a extinção de espécies endêmicas são alguns exemplos dos impactos da
mudança climática global sobre a biodiversidade do planeta.
•Desertificação: a
desertificação é principalmente causada pelas atividades humanas e alterações
climáticas. Estima-se que cerca de 135 milhões de pessoas estão sob o risco de
perder suas terras por desertificação. Segundo a Convenção das Nações Unidas
para o Combate à Desertificação, a África poderá perder cerca de 2/3 de suas
terras produtivas até 2025, enquanto a Ásia e a América do Sul poderão perder
1/3 e 1/5, respectivamente. Áreas inteiras podem se tornar inabitáveis, como
consequência dos crescentes efeitos do aquecimento global, da agricultura
predatória, queimadas, mananciais sobrecarregados e explosões demográficas.
•Interferências na agricultura:
nas regiões subtropicais e tropicais, mudanças nas condições climáticas e no
regime de chuvas poderão modificar significativamente a vocação agrícola de uma
região; na medida em que a temperatura mudar, algumas culturas e zonas
agrícolas terão que migrar para regiões com clima mais temperado, ou com maior
nível de umidade no solo e taxa de precipitação. Estudos mostram que para
aumentos da temperatura local média entre 1 a 3º C, prevê-se que a
produtividade das culturas aumentaria levemente nas latitudes médias a altas, e
diminuiria em outras regiões. Nas regiões tropicais, há previsão de que a
produtividade das culturas diminua até mesmo com aumentos leves da temperatura
local (1 a 2ºC). Com o aumento da vulnerabilidade da produção de alimentos às
mudanças climáticas, cresce também o risco da fome atingir um número muito
maior de pessoas no mundo. Isto ocorreria principalmente nos países pobres, os
quais são os mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global e os menos
preparados para enfrentar seus impactos.
•Impactos na saúde e bem-estar da população
humana: deverá haver aumento na frequência de doenças relacionadas
ao calor (por exemplo: insolação, stress térmico, etc.) e daquelas que são
transmitidas por mosquitos, tais como malária e dengue. Ainda há a
possibilidade de ocorrer o deslocamento da população humana em função das
alterações no clima. Acredita-se que a população mais empobrecida e vulnerável
dos países em desenvolvimento seria a mais afetada, uma vez que teriam recursos
limitados para se adaptar às mudanças climáticas.
•Desertificação: a
desertificação é principalmente causada pelas atividades humanas e alterações
climáticas. Estima-se que cerca de 135 milhões de pessoas estão sob o risco de
perder suas terras por desertificação. Segundo a Convenção das Nações Unidas
para o Combate à Desertificação, a África poderá perder cerca de 2/3 de suas
terras produtivas até 2025, enquanto a Ásia e a América do Sul poderão perder
1/3 e 1/5, respectivamente. Áreas inteiras podem se tornar inabitáveis, como
consequência dos crescentes efeitos do aquecimento global, da agricultura
predatória, queimadas, mananciais sobrecarregados e explosões demográficas.
•Interferências na agricultura:
nas regiões subtropicais e tropicais, mudanças nas condições climáticas e no
regime de chuvas poderão modificar significativamente a vocação agrícola de uma
região; na medida em que a temperatura mudar, algumas culturas e zonas
agrícolas terão que migrar para regiões com clima mais temperado, ou com maior
nível de umidade no solo e taxa de precipitação. Estudos mostram que para
aumentos da temperatura local média entre 1 a 3º C, prevê-se que a
produtividade das culturas aumentaria levemente nas latitudes médias a altas, e
diminuiria em outras regiões. Nas regiões tropicais, há previsão de que a
produtividade das culturas diminua até mesmo com aumentos leves da temperatura
local (1 a 2ºC). Com o aumento da vulnerabilidade da produção de alimentos às
mudanças climáticas, cresce também o risco da fome atingir um número muito maior
de pessoas no mundo. Isto ocorreria principalmente nos países pobres, os quais
são os mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global e os menos preparados
para enfrentar seus impactos.
•Impactos na saúde e bem-estar da população
humana: deverá haver aumento na frequência de doenças relacionadas
ao calor (por exemplo: insolação, stress térmico, etc.) e daquelas que são
transmitidas por mosquitos, tais como malária e dengue. Ainda há a
possibilidade de ocorrer o deslocamento da população humana em função das
alterações no clima. Acredita-se que a população mais empobrecida e vulnerável
dos países em desenvolvimento seria a mais afetada, uma vez que teriam recursos
limitados para se adaptar às mudanças climáticas.
Fonte: www.ipam.org.br
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