Questões Ambientais
Desde que o Ser Humano surgiu na
face da terra, há milhares de anos, Ele vem provocando modificações no espaço
geográfico. Durante Séculos, os impactos sobre o meio ambiente foram muito
reduzidos, devido à pequena concentração populacional, e principalmente, a
limitação técnica, que restringia as possibilidades de transformação da
natureza.
A partir das revoluções
industriais dos séculos XVIII e XIX, aumentaram os impactos das atividades
humanas sobre o meio ambiente, pois, alem do crescimento populacional, houve
avanço nas técnicas de produção e circulação de mercadorias, elevando a
capacidade do ser humano de transforma à natureza.
Com o crescimento da
industrialização e da urbanização, resultando em crescente consumo de
combustíveis (carvão petróleo) e outros recursos naturais (madeira, minério,
água, etc.),a intensidade e a abrangência territorial dos impactos foram
aumentando , ate atingir a escala global.
Os
impactos na escala local
O aumento da concentração de
poluentes atmosféricos nas cidades causa uma serie de problemas, entre eles a
elevação da temperatura nas zonas mais edificadas, conhecidas como “ilhas de
calor”, além de provocar doenças respiratórias e desconforto nas pessoas,
especialmente quando há inversão térmica.
As
queimadas das florestas e seus impactos
A queimada de uma floresta
inicialmente também provoca impactos locais, como devastação da fauna e da
flora, poluição do ar, erosão, etc. O acumulo de vários focos de poluição local
pode causar impactos em escala regional, como a chuva acida resultantes da
emissão de dióxido de enxofre na atmosfera, e em escala global, como o aumento
do efeito estufa e a destruição da camada de ozônio.
Efeito
Estufa
O interessante e pensar que se
este fenômeno não ocorresse, a vida na terra como nos a conhecemos não
existiria, o problema esta no aumento exagerado da temperatura media do
planeta, devido ao aumento da concentração de gases estufa na atmosfera,
especialmente o gás carbônico.
A crescente concentração de gases
estufa na atmosfera, resultantes da queima de combustíveis fosseis e da queima
de florestas, provoca um aumento da retenção de calor irradiado pela Terra,
elevando a temperatura media do planeta. Os raios ultravioletas (UV)
provenientes do sol passam pela atmosfera, porém o calor irradiado pela Terra
não, ocorrendo à elevação da temperatura.
Como vai
a temperatura do planeta Terra
A elevação da temperatura media
do planeta poderia causar alterações na circulação das massas de ar em escala
global, provocando mais chuvas e enchentes em algumas áreas e secas em outras,
com graves prejuízos a agricultura. Poderia ainda favorecer a ocorrência de
doenças transmitidas por insetos, como a malaria, a dengue, a febre amarela,
entre outras.
Protocolo
de Kyoto
Esse Protocolo tem como objetivo
firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas
de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte
dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira
menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento.
Diante da efetivação do Protocolo
de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2%
entre os anos de 2008 e 2012.
O Protocolo de Kyoto foi
implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu
origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir
ao protocolo e o assinaram dessa forma se comprometeram a implantar medidas com
intuito de diminuir a emissão de gases.
As metas de redução de gases não
são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução
para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição
da emissão de gases dos países que compõe a União Européia em 8%, já os Estados
Unidos em 7% e Japão em 6%.
Países em franco desenvolvimento
como Brasil, México, Argentina, Índia e principalmente a China, não receberam
metas de redução, pelo menos momentaneamente.
O Protocolo de Kyoto não apenas
discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e
estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por
outros que provocam menos impacto.
Diante das metas estabelecidas o
maior emissor de gases do mundo, Estados Unidos, se desligou em 2001 do
protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico
do país.
As etapas
do Protocolo de Kyoto
Em 1988 ocorreram na cidade
canadense de Toronto a primeira reunião com líderes de países e classe
científica para discutir sobre as mudanças climáticas, na reunião foi dito que
as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma guerra nuclear. A partir
dessa data foram sucessivos anos com elevadas temperaturas, jamais atingidas
desde que iniciou o registro.
Em 1990, surgiu o IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudança Climática), primeiro mecanismo de caráter
científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta,
além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente
provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis
fósseis.
Em 1992, as discussões foram
realizadas na Eco-92, que contou com a participação de mais de 160 líderes de
Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas.
Na reunião, metas para que os
países industrializados permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de
emissão do ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto as discussões
levaram à conclusão de que todos os países, independentemente de seu tamanho,
devem ter sua responsabilidade de conservação e preservação das condições
climáticas.
Em 1995, foi divulgado o segundo
informe do IPCC declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros,
isso proveniente das ações antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram
diretamente os grupos de atividades petrolíferas, esses rebateram a classe
científica alegando que eles estavam precipitados e que não havia motivo para
maiores preocupações nessa questão.
No ano de 1997, foi assinado na
cidade japonesa o Protocolo de Kyoto, essa convenção serviu para firmar o
compromisso, por parte dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a
emissão de gases. No entanto, não são concretos os meios pelos quais serão
colocadas em prática as medidas de redução e se realmente todos envolvidos irão
aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunião na
Argentina que fez aumentar a pressão para que se estabelecessem metas de
redução na emissão de gases por parte dos países em desenvolvimento até 2012.
O ano que marcou o início efetivo
do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro.
Com a entrada em vigor do
Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda de
troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que
assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono.
Na verdade o comércio de carbono
já existe há algum tempo, a bolsa de Chicago, por exemplo, já negociava os
créditos de carbono ao valor de 1,8 dólares por tonelada, já os programas com
consentimento do Protocolo de Kyoto conseguem comercializar carbono com valores
de 5 a 6 dólares a tonelada.
O Buraco
na Camada de Ozônio
A camada de ozônio é uma capa
desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo
que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de
câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial,
passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás
que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3),
causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a
incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando
as chances de contração de câncer.
Nos últimos anos tentou-se evitar
ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio
continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes
tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se
substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, provavelmente vêm
fazendo com que o buraco continue aumentando, prejudicando cada vez mais a
humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de
CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA
produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em
1988.
Em compensação, a produção de CFC
em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil
em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida
quotidianas. É muito difícil encontrar uma solução para o problema.
O buraco
A região mais afetada pela
destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no
mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente
sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área
de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15%
da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada
de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi
destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam
um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos
para esse problema.
Os raios ultravioletas e sua ação
nos ecossistemas Os raios ultravioletas também são perigosos para os animais e
o plâncton marinho, porque interferem em seus mecanismos de reprodução, e para
as plantas, porque provocam a redução da velocidade do processo de
fotossíntese. Os gases CFC são os principais responsáveis pela destruição da
camada de ozônio.
Recursos
Hídricos
Em termos de recursos hídricos a
terra apresenta três quartos de sua superfície cobertos de água. Essa
abundancia induz muitos a pensar que a água é um recurso inesgotável, no
entanto, isso não é verdade.
A crescente poluição das fontes
de água doce pelas atividades urbanas e rurais,assim como o aumento continuo do
consumo,como consequência do aumento da população e da expansão das atividades
econômicas, estão fazendo com que em muitas regiões do globo esse precioso
liquida seja cada vez mais escasso.
A
sociedade urbano-industrial e o consumismo
As temáticas ambientais precisam
ser permanentemente discutidas, tendo como finalidade à formação de uma
consciência ecológica e consequente a efetivação de uma nova postura em termos
de responsabilidade de cada um de nos na solução de problemas ambientais.
Esta nova é fundamental em razão
do excessivo aumento dos impactos ambientais a partir do final do século XVIII,
como consequência das revoluções industriais e do avanço das técnicas de
exploração e transformação da natureza. Além disso, houve um crescimento
exponencial da população do planeta, composta de pobres em sua maioria. No
entanto, o consumismo da minoria rica é o que mais colabora para a deterioração
do meio ambiente.
As
empresas e a tecnologia limpa
Atualmente, algumas empresas já
estão conseguindo certificados da serie ISSO-14000, que regula a administração
e o controle dos impactos ambientais gerados pela atividade econômica. Esses
certificados são emitidos por organismos em vários países, protocolados pela
Organização Internacional de Normalização. As empresas que obtém esses
certificados seguem normas de produção que não causam agressão ao meio
ambiente, economizam energia, previnem a poluição e os acidentes de trabalho,
entre outras atitudes favoráveis ao meio ambiente e as pessoas.
Quem polui
mais o ambiente
Os impactos ambientais são
provocados em maior escala pelos países desenvolvidos, que concentram os
principais parques industriais e as maiores sociedades de consumo. Eles
representam apenas 14,7 pro cento da população mundial, no entanto, são
responsáveis pelo consumo de 48,8 por cento, quase metade da energia utilizada
no mundo. São os maiores fabricantes e consumidores de bens industrializados,
como automóveis, eletrodomésticos, papeis, plásticos, metais, borrachas, etc.
provocando grande dilapidação dos recursos naturais não apenas em seus
territórios, mas no mundo inteiro, pois compram matérias-primas extraídas em
vários lugares.
Além disso, são também os
principais poluidores mundiais, responsáveis pela emissão de 43,8 por cento do
dióxido de carbono mundial, portanto, principais responsáveis pelo efeito
estufa.
A partir desses dados, pode-se
concluir que os países desenvolvidos, com seu elevado padrão de consumo, são
responsáveis pelos principais impactos ambientais, como o efeito estufa e o
buraco na camada de ozônio, muito mais do que o excesso de população, típico
dos países subdesenvolvidos.Os EUA , com 4,7 por cento da população mundial,
respondem por 23,2 por cento da energia consumida no mundo e 22,2 por cento do
dióxido de carbono emitido.
Ótimo!!!!!!
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