O consumo como fator de degradação ambiental

O pintor francês Pablo Picasso já citava no século passado que todo ato de criação é acompanhado de um ato de destruição. Essa mera citação pode fazer analogia com o processo de degradação ambiental, que teve suas origens com o decorrer das Revoluções Industriais abruptas nos últimos séculos. Hoje, portanto, o mundo continua a evoluir industrialmente, assim, a humanidade assume cada vez mais um caráter consumista sem questionar as consequências.

Hoje temos a necessidade de se reconhecer e procurar um acordo que limite os impactos do consumo humano, pois é um fator primordial na destruição do meio ambiente. Frente a isso, espera-se que o homem em seus processos industrialização possa criar alternativas que contenha tal problema.

Vale ressaltar que o mundo já esta adentro de uma crise ambiental. Tem-se a exemplo a crise hídrica enfrentada por algumas regiões brasileiras, no qual nas décadas anteriores era impossível de se imaginar, já que o país é uma potencia hídrica.

Ademais deve-se compreender que o consumo humano é o "motor" da economia mundial, e tentar mudar essa regra é uma ideia utópica. Todavia, é de se analisar que não apenas a indústria tem seus malefícios- como a poluição do água e do ar ( através de produtos químicos, liberação de gases, gasto de água e aumento de lixo sólidos e orgânicos) , mais também, a agricultura ao receber modificações biotecnológicas procurou expandir sua produção a base de agrotóxicos, modificações genéticas e gasto excessivo de água pelas formas de regadio.

Fica-se evidente, portanto, que o comportamento dos meios de produção e dos consumidores devem ser atualizados de modo que preserve o meio natural. Cabe aos governos mundiais se envolverem em conferências - como o protocolo de Kyoto - para buscar acordos e soluções que envolva novas formas de produzir. Assim, o objetivo é evitar que o consumo de água, a degradação de biomas e solos afim de proteger a biodiversidade para assegurar o bem estar humano posteriormente. Ademais, a conscientização do corpo social se faz necessária à medida que seja estimulada por campanhas entre a parceria da mídia com o governo. Portanto, só assim é possível o mundo criar uma nova forma de consumo consciente que evite a sua destruição.

Mundo Globalizado

Em uma sociedade capitalista, o consumo desenfreado é visto como necessidade e colabora com a poluição, devastação e degradação ambiental. Em um mundo globalizado, dominado pelo capitalismo, o consumo está diretamente interligado ao desenvolvimento da sociedade. Quanto mais se consome, maior o desenvolvimento e a estabilidade econômica de cada estado e região.

Para os pesquisadores, o consumo desenfreado é reflexo das diversas crises econômicas que o mundo já enfrentou e vem enfrentando. Estudos apontam que a sociedade atual reconhece que o consumo é sinônimo de felicidade e bem estar, e até mesmo de prestigio e de status.

O problema é que há uma relação estreita e forte entre o consumismo e o meio ambiente. Isso porque para atender a demanda da produção e do consumo é necessário retirar matérias primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer grande uso de energia elétrica e de água, entre outros. Tudo isso, gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente, a destruição de ecossistemas.

Essa relação entre consumo e sustentabilidade, no entanto, vai além da etapa de produção. Com a grande quantidade de opções e a alta tecnologia, cada vez mais os produtos tem menor tempo de vida útil e maior dificuldade de conserto, o que gera um enorme número de resíduo eletrônico.

Atualmente, o desenvolvimento sustentável é a principal solução contra a crise ambiental que o planeta enfrenta, já que é considerado o equilíbrio entre, sociedade, natureza e economia. Nesse sentido, com o aumento dos problemas ambientais, governo, empresas e organizações se unem para procurar maneiras de fazer com que o país se desenvolva de forma sustentável, a fim de garantir seu progresso sem comprometer o futuro.

Para isso, algumas estratégias e políticas foram instituídas para possibilitar mudanças nos padrões de consumo. Entre as ações está a instituição de produtos recicláveis e biodegradáveis, como as sacolas implantadas em supermercados.

Além disso, a educação ambiental é um importante passo para o desenvolvimento sustentável. Isso porque, é preciso conscientizar todos os setores da sociedade para que haja um movimento completo e eficiente em prol do meio ambiente. Por isso, grandes fabricantes colocam no seu dia a dia, ações que visam à sustentabilidade e a redução de gastos e emissões.

Linha do Tempo

Ao comparar a sociedade atual com a passada, nota-se uma diferença gritante no que diz respeito ao consumo. Atualmente as pessoas estão consumindo de forma desenfreada, o que é prejudicial ao planeta, principalmente em quesito ambiental.

O período que antecede à Revolução Industrial é marcado pela produção artesanal, a maioria da população européia, por exemplo, vivia no campo e produzia o que consumia. A produção dos bens de consumo obviamente era menor, contribuindo assim para um consumo mais consciente. Essa Revolução foi a responsável por uma mudança drástica na forma de produção e consumo no mundo, auxiliou tanto de forma positiva, quanto negativa ao analisar as consequências geradas ao meio ambiente e a população.

O consumo desenfreado tornou-se um vício para a geração atual, quanto mais se tem, mais se quer ter. Os impactos dessa atitude irresponsável afetam todo o planeta. Muitos dos problemas ambientais enfrentados atualmente são consequências da inconsciência de muitos, ao consumir de forma exagerada.

Entre tantas consequências, pode-se citar o esgotamento de matérias primas e de recursos não renováveis, como também o detrimento do meio ambiente, principalmente a poluição e o desmatamento.

Portanto, é notório que esse quadro precisa ser revertido. A população necessita principalmente de um consumo consciente. Diversas ações contribuem para a minimização desses impactos, como a reutilização, reciclagem e a redução. Práticas simples no dia-a-dia ajudam bastante na inversão da situação atual. Economizar água, energia elétrica, descartar corretamente resíduos, são algumas, entre tantas atitudes, que contribuem de forma positiva para a mudança necessária.  

Fonte: Pensamento Verde e Sua Redação