Os 7 desafios de se fazer educação ambiental


Se hoje a necessidade de preservar o meio ambiente é pauta da agenda internacional e discussão unânime dentro da sociedade, trata-se do fruto de um movimento de conscientização e de implementações de políticas públicas relativamente recente. Entretanto, apesar de difundida, a Educação Ambiental ainda enfrenta desafios.
Fazer Educação Ambiental - E.A - formal e não formal no Brasil não é tarefa tão simples como parece. Principalmente quando se tem publico alvo diversificado e necessita-se de resultados. A criatividade vira palavra de ordem! Trabalhar com crianças ou de maneira informal com publico diverso, pode não parecer, mas torna-se mais simples dada a dinâmica de ambos.
Trabalhar com adultos (leia-se jovens também) na vertente formal ou até mesmo não formal da E.A, exige do ministrante muito poder de persuasão e jogo de cintura dados alguns pontos desafiadores comuns:
•O publico é exigente! Prender a atenção de um jovem durante uma atividade e, por tempo suficiente para transmitir uma mensagem, exige envolvimento. Os primeiros minutos são decisivos para "ganhar" o ouvinte.  Ou seja, os primeiros minutos garantem o sucesso ou insucesso da sua dinâmica.
•O publico possui um pré conhecimento sobre o tema. Com a disseminação das informações sobre meio ambiente, as pessoas já apresentam uma ideia concebida na mente. Algumas vezes incipiente, distorcida, mas que pode ser uma aliada, junto a curiosidade, ou uma adversária, dado o desinteresse pelo assunto.
•O paradigma ambiental criado. Este é um dos grandes entraves: criou-se uma ideia ao longo dos anos de que meio ambiente se resume a agua, plantas, bichos, e ponto final. A questão ambiental para muitos ainda é engessada e vista como um apelo a preservação isolado.
•Educação ambiental não é transversal e holística. Para alguns técnicos e educadores ambientais, a E.A não envolve economia, cultura, política, religião, etc. O indivíduo é parte integrante do sistema, mas de modo tangencial ao meio ambiente. E como se somente suas atividades diárias como consumo de agua e geração de "lixo" afetassem o meio ambiente.
•As atividades e planos ambientais para atendimento à legislação necessitam ter sempre o mesmo padrão! São quase sempre as mesmas atividades, com as mesmas temáticas, da mesma forma...copia! Problemas diferentes necessitam de tratamentos diferentes.
•A equipe de E.A é pouco diversa. Costumo dizer que a educação nos permite algo magnifico, típico dos trabalhos ambientais, porém, mais abrangente: a multidisciplinaridade! Diria até cosmopoliticidade. Todos contribuem e participam igualmente o que a torna uma vertente extremamente dinâmica da educação. Pedagogos, geógrafos, economistas, filósofos, nutricionistas, psicólogos, todos tem vez na E.A e são sempre bem aproveitados.
•E, por fim, o tempo! A E.A não se faz exclusivamente dentro de um ambiente com carga horária programada, cronograma fixo, etc. Ela é vivida rotineiramente desde o palestrante ate o ouvinte. Ela não pode e não deve ser medida e sim, sentida. Não há quantidade, há qualidade quando se fala em educação!
Por fim, volto a afirmar que trabalhar com Educação Ambiental não é tarefa tão simples, é para os fortes! Para aqueles que tem disposição para mudar, e se reinventar, para quem não trabalha sozinho, para quem tem criatividade,e se mantém atualizado. É para aqueles que, de fato, querem educar pessoas para o meio onde se habita, seja ele construido ou não, macro ou micro social. Afinal como cita um filosofo: "A sustentabilidade é a ação que procura devolver o equilíbrio à Terra para que a Casa Comum possa continuar habitável e para que possamos salvar a vida humana e nossa civilização". 

Fonte:  Agrotech Sustentavel

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