Criado o primeiro mapa-mundi de águas subterrâneas
Com a crescente demanda global
por água – especialmente tendo em vista as mudanças climáticas – este estudo
fornece informações importantes para os gestores de recursos hídricos e
desenvolvedores de políticas, bem como para pesquisas de campo, na hidrologia,
ciência atmosférica, geoquímica e oceanografia.
A equipe, liderada por Tom
Gleeson, da Universidade de Vitória, no Canadá, usou vários conjuntos de dados
(incluindo dados de perto de um milhão de bacias hidrográficas) e mais de
40.000 modelos de águas subterrâneas para compor o mapa-múndi das águas subterrâneas.
O mapa ilustra o qual seria a
profundidade, se pegássemos toda a água subterrânea moderna e a colocássemos
por cima do continente.
Os cálculos estimam um volume
total de cerca de 23 milhões de quilômetros cúbicos de água subterrânea.
Para comparação, se fosse
possível retirar essa água e depositá-la sobre a parte seca da Terra, ela
poderia produzir um dilúvio que cobriria todos os continentes com uma
profundidade de 180 metros – ou poderia elevar os níveis do mar em 52 metros se
fosse espalhada sobre o globo inteiro.
Idade das
águas
Do total das águas subterrâneas
da Terra, apenas cerca de 0,35 milhão de quilômetros cúbicos é mais jovem do
que 50 anos de idade.
Essa fração de “água jovem”
recarrega-se através das chuvas e dos cursos d’água em uma escala temporal de
algumas décadas, representando assim a parte potencialmente renovável das águas
subterrâneas. Segundo Gleeson, as águas mais profundas são salgadas demais,
isoladas e estagnadas, e deveriam ser vistas como recursos não-renováveis.
O volume da água subterrânea
moderna supera todos os outros componentes do ciclo hidrológico ativo e é um
recurso renovável. Contudo, como está mais perto das águas de superfície e se
move mais rapidamente do que as águas subterrâneas antigas, ela é também mais
vulnerável às alterações climáticas e à contaminação por atividades humanas.
Fonte: Inovação Tecnologica e Geologypage
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