Ciclo Hidrológico
No Planeta Terra, dois terços da
superfície, ou 71% são cobertos por água. De toda a água existente na Terra,
apenas 2,5% é doce, sendo que 70% estão nas geleiras polares assim restando
0,75% para dividir entre 7 bilhões de humanos.
De acordo com a Organização das
Nações Unidas, no último meio século, a disponibilidade de água por ser humano
diminuiu 60%, enquanto que a população aumentou 50%. No Brasil 58% dos
municípios não tem água tratada. Cada pessoa vive bem usando cerca de 40 litros
diários de água. Só no Brasil a cota média utilizada é de 200 litros diários. O
destino da água em casa (200 litros diários): 33% descarga de banheiro; 27%
consumo (cozinhar, beber água); 25% higiene (banho, escovar os dentes); 12%
lavagem de roupa; 3% outros (lavagem de carro). O que mostra que, quanto mais
rico em água é um país, maior é a falta de consciência de que este recurso pode
um dia estar escasso.
Teoricamente, o Brasil não
deveria se preocupar com a falta de água. O problema é a má distribuição
geográfica. Infelizmente, 78% da água do país se concentra na região norte, a
mais desabitada. Não há como sair dessa situação, a não ser a conscientização
de poupar hoje para não faltar depois.
As instituições governamentais
ignoram que quase 70% da água que não chegam às torneiras são decorrentes dos
vazamentos. Por causa da seca que o país vem enfrentando, é necessário
economizar luz elétrica. O Ministério de Minas e Energia determinou o
racionamento de energia elétrica, uma vez que os reservatórios de água estão
muito abaixo de suas capacidades normais.
Desde que a vida surgiu na Terra,
há pouco mais de 3,5 bilhões de anos, a água foi fundamental como base da
alimentação dos organismos e como meio de desenvolvimento de plantas e animais.
A água é tão bem aproveitada que, ao longo de milhões de anos, o mesmo estoque
original em movimento alimenta rios, lagos e aquíferos, no chamado ciclo
hidrológico.
Ciclo Hidrológico é o movimento
da água entre os continentes, oceanos e a atmosfera. Na atmosfera, o vapor da
água em forma de nuvens pode ser transformado em chuva, neve ou granizo,
dependendo das condições do clima. Essa transformação provoca o que se chama de
precipitação.
Pode definir-se ciclo hidrológico
como a sequência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo
terrestre para a atmosfera, na fase de vapor, e regressa àquele, nas fases
líquida e sólida. A transferência de água da superfície do Globo para a
atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se por evaporação direta, por transpiração
das plantas e dos animais e por sublimação (passagem direta da água da fase
sólida para a de vapor).
A energia solar é a fonte da
energia térmica necessária para a passagem da água das fases líquida e sólida
para a fase do vapor; é também a origem das circulações atmosféricas que
transportam vapor de água e deslocam as nuvens.
A precipitação ocorre sobre a
superfície do planeta, tanto nos continentes como nos oceanos. Nos continentes,
uma parte das precipitações é devolvida para a atmosfera, graças à evaporação,
outra parte acaba desaguando nos oceanos depois de percorrer os caminhos
recortados pelos rios.
Os oceanos, portanto recebem água
de duas fontes: das precipitações e do desaguamento dos rios, e perdem pela
evaporação. Na atmosfera, o excesso de vapor sobre os oceanos são transportadas
para os continentes, em sentido inverso ao desaguamento.
A precipitação é alta na zona
equatorial, especialmente sobre as florestas tropicais e no Oceano Pacífico.
Nas regiões sob a influência das altas subtropicais, a precipitação é baixa; já
na zona temperada, existem regiões de precipitação relativamente alta, onde
predominam os sistemas frontais. Na zona polar, as precipitações são baixas.
A evaporação é alta nos oceanos
que estão sob a influência das altas subtropicais. Nos oceanos equatoriais,
onde a precipitação é abundante, a evaporação é menos intensa. Nos continentes,
a evaporação máxima ocorre na zona equatorial. Lembramos que, na contabilidade
global, chove mais nos continentes que nos oceanos, e os oceanos evaporam mais
que os continentes. Nos continentes, os locais onde a precipitação é abundante
possuem florestas e onde há escassez de precipitação, estão os desertos.
Explorar a relação entre as características climáticas, tais como precipitação,
temperatura e altitude, com os tipos de vegetação, faz parte da Biogeografia.
As fontes de vapor são as regiões
que "exportam" vapor; os sumidouros, que "importam".
Podemos notar que: as principais fontes de vapor estão localizadas nos oceanos
subtropicais; os sumidouros de vapor estão na zona equatorial e em regiões da
zona temperada; o transporte de vapor ocorre das fontes para os sumidouros.
Quando certa quantidade de vapor é submetida a baixas temperaturas ela passa
para a forma líquida, assim é que nascem as nuvens. As gotículas de água
formam-se quando o vapor condensa sobre a superfície de partículas muito
pequenas, chamadas de núcleos de condensação. Após certo tempo as gotículas
tornam-se grandes, formando uma gotícula de nuvem.
Coalescência - as gotículas maiores, tendo maior velocidade de
queda em relação às outras, colidem com as menores que estão em seu caminho. Em
linguagem informal, as gotículas maiores "atropelam", as menores,
ocorrendo o que se pode chamar de coalescência. As gotículas de nuvem, através
do processo de colisão e coalescência, crescem até atingir o tamanho de gotas.
Ao deixar a base da nuvem, essas gotas são chamadas de gotas de chuva e iniciam
sua queda em direção à superfície.
Mas para que o ciclo hidrológico
não se altere, é preciso preservar as florestas, nas quais os mananciais ficam
protegidos, e os oceanos, de onde evapora boa parte da água que abastece, mais
tarde, rios, lagos, e mananciais. Com isto, gera um grande problema, o homem
gasta à toa, suja, envenena e não preserva os ecossistemas que poderiam
alimentar os organismos aquáticos. Se continuar assim, vai ter de disputar as
últimas gotas a peso de ouro.
* CASO QUEIRAM VER A FOTO MAIOR CLIQUEM NELA
Fonte: Ambiente Brasil
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