Quantas pessoas podem viver no planeta Terra


Sobre este tema existem muitas controvérsias, gera-se uma grande polemica e muitos se revoltam quando seus governos limitar o numero natural de sua população. Não é de estranhar, pois em uma concepção geral todos tem direito a vida, mas que tipo de vida nós  queremos? Se olharmos bem ao nosso redor a tendência esta piorando a cada ano que passa e sendo assim a humanidade caminha de fato a um fim um tanto trágico. A Revolução Industrial, sem sombra de dúvidas, marcou uma nova etapa da relação do homem com a natureza. As inovações tecnológicas advindas deste processo deram maior comodidade e garantiram mais facilidades ao cotidiano das pessoas. Mas, será que valeu mesmo a pena? A busca pelo crescimento tecnológico e econômico determinou uma disputa acirrada com o meio ambiente, tornando incompatível a existência pacífica entre ambos. Resultado? O próprio apocalipse ambiental. O nosso planeta está a ficar pequeno para tanta gente. E pior: a cada dia os recursos naturais indispensáveis à sobrevivência de todos os seres humanos escasseiam.
O documentário "How many people can live on planet earth?" (2009), do naturalista David Attenborough, reflete sobre este tema. Vamos observar os pontos de vista levantados pelo autor.
DOCUMENTÁRIO
Crise é a palavra mais ouvida dos últimos tempos. O Mundo vive um grave período de recessão econômica que levou todos os governos a implantar severas medidas de contenção. Mas essas medidas deveriam também ter chegado aos problemas ambientais.
As estatísticas dizem que, hoje em dia, o número de nascimentos é inferior ao número de mortes em muitos países. O problema é que enquanto para uns essa verdade se traduz num aumento da esperança média de vida e na redução de número de filhos dos casais, para outros  a população continua a crescer descontroladamente.
Somos aproximadamente sete bilhões de habitantes na Terra. David Attenborough refere que, quando nasceu, a barreira não passava dos dois bilhões. Este gigantesco aumento deve-se ao fato de que a cada segundo, duas pessoas nascem. E cada uma delas vai naturalmente precisar de comida, água, roupa e energia para viver. O naturalista já produziu vários filmes e documentários sobre a natureza e a importância da sua conservação. Sem ela, torna-se impossível fornecer a cada ser vivo estas mesmas condições.
Quantos já não ouviram dizer que no tempo dos nossos avós é que a vida era boa? Pois bem, afinal isso não é verdade. Nos últimos 50 anos, as condições de vida registraram uma das mais significativas melhorias da história. O progresso da ciência, o acesso a novos equipamentos de saúde e a chegada de novas informações sobre cuidados de higiene resultaram numa redução de inúmeras doenças e, consequentemente, numa esperança média de vida alargada.
Ora, quanto mais pessoas vivem, mais procura de recursos existe. O problema é que, segundo Attenborough, essa procura está a atingir os limites do planeta. Se, por um lado, os países industrializados são responsáveis por um estilo de vida pouco recomendável, os países do terceiro mundo continuam a duplicar a sua população sem controlo. Se uns consomem mais do que necessitam, outros não têm o suficiente para abastecer a sua população.
A água e a sua (futura) escassez têm gerado várias discussões e planos de contenção. Cobre quase 70% da Terra, mas apenas uma pequena percentagem é viável para os humanos. Sem água, ninguém sobrevive. Sem água, não se cultiva. Sem água, não há agricultura, comida e roupa. Um dos funcionários da companhia de águas potáveis da capital mexicana, ao ser entrevistado para o documentário, adianta o que se espera nos próximos anos: uma batalha entre países e cidadãos pela posse de água. Afinal, esta vai mesmo ultrapassar a já atual luta por barris de petróleo.
Os seres "dominantes" do planeta usaram e abusaram dos seus sistemas naturais sem olhar os efeitos a longo prazo no meio ambiente. A Natureza não resiste, e as faturas vem sendo cobradas. Perante esta situação, será que a Terra está em condições de continuar a sustentar-nos a todos?
Num mundo ideal, os recursos seriam igualmente distribuídos. Mas a realidade é bem diferente. A sustentabilidade é definida em função do que se gasta e consome. David explica que hoje precisamos de um planeta e meio para suportar o atual estilo de vida. Se vivêssemos como os britânicos, seria pior: só cá podíamos estar 2,5 bilhões. E se todos fossemos como os americanos, seria a catástrofe: apenas 1,5 bilhões. O autor afirma que a solução para estas questões passa pela mudança gradual da forma como nos comportamos ambientalmente e pela obrigação de as famílias terem menos filhos.
Elogia a política do filho único implantada na China em 1979. Se assim não fosse, a China continuaria a crescer sem limites, provocando ainda mais danos ao planeta. Sublinha também a conquistada condição da mulher de decidir como quer o seu futuro. Se casara ou não, se terá ou não filhos. Está provado que as mulheres mais instruídas estão mais informadas sobre a contracepção e tendem a constituir família segundo as suas possibilidades.
Finalizando
Finalmente, o mundo da atualidade, convive com as diversas patologias criadas pela própria sociedade em geral. Essas questões são próprias de países que querem apenas crescimento econômico para se sobressaltar a outros, acabando assim com todas suas fontes naturais e buscando em outros lugares essa fonte. Também por conta de uma população desorganizada e desgovernada.
Enquanto o ser humano em cada país que habite esquecer a necessidade de cooperação e mutualidade, consegue com isso diminuir a cada dia sua estadia em nosso planeta. Desta feita, é preciso estudar cada vez mais a população, seu processo de crescimento e as condições de vida de cada povo e se adaptar a uma realidade de ser humano por igual de que seja preservado tanto o homem como toda a natureza. 

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