Japão defende a caça de baleias na Justiça
O Japão segue firme em sua
decisão de continuar a caçar baleias. Contrariando os apelos dos
ambientalistas, o ministro das Relações Exteriores japonês, ainda essa semana,
deve defender a atividade para fins científicos.
Em fevereiro deste ano (2014), o
ministro da Pesca e Agricultura, já havia afirmado que o país não estava
disposto a abandonar a pesca de baleias. Além de alegar que era uma questão de
segurança alimentar, o ministro ainda disse que era cultural, com longa
tradição.
Agora, o ministro de relações
exteriores quer assumir sua posição. Ele defenderá que a caça seja ajustada às
leis internacionais no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça). Segundo
ele, a atividade é parte de pesquisas cientificas, que se realizam de maneira
legal, seguindo o Artigo 9 da Convenção Internacional para a Regulação da
Atividade Baleeira.
Para a Austrália, parceiro
comercial do país nipônico, a captura de cetáceos na Antártida é realizada para
fins comerciais, o que viola a Convenção.
A caça é realizada desde 1987 e a
carne é vendida nos restaurantes. Entretanto, o consumo caiu bastante nos
últimos anos. Se em 2009 eram consumidas 4.200 toneladas, em 1962 eram apenas
230 mil. Essa questão, somada a intervenção de associações conservacionistas,
fizeram com que, neste ano (2014), fosse registrado o menor índice histórico de
captura. O total foi de 103 baleias.
Japão
(quer ou vai) retomar a caça as baleias em 2015
Mesmo diante de tantos
questionamentos e pressão, o Japão anunciou que colocará seu programa de caça
às baleias na Antártida de volta à ativa no ano que vem. A decisão foi
criticada pela Comissão Internacional de Baleias (IWC), entidade internacional
formada em 1946 por diversos países para firmar compromissos de preservação das
baleias.
A Comissão havia decidido,
através de uma resolução, que a caça japonesa não tem propósitos de pesquisa, e
portanto, não é justificável.
“O Japão vai continuar a
trabalhar em sintonia com a decisão do Tribunal Internacional de Justiça, para
propor um novo programa científico com baleias na Antártida, que poderá ser
implementado a partir de 2015″, disse o Secretário de Gabinete do Japão,
Yoshihide Suga.
“Nossas ações estão baseadas na
lei internacional, em fatos científicos e no tratado internacional de caça às
baleias”, reiterou o secretário do governo japonês.
A caça às baleias para fins
comerciais é proibida pela Comissão desde 1986, mas o Japão tinha um acordo de
exceção que o permitia caçar para objetivos científicos. Em março deste ano,
porém, o Tribunal de Justiça da ONU considerou que o que os japoneses estavam
fazendo não tinha fins científicos. Isso fez com que o Japão tivesse que
abandonar o programa de caça às baleias na Antártida neste ano. O país
continuou apenas o programa menor que tem no Pacífico Norte. Segundo o Tribunal
de Justiça da ONU, desde 2005, o Japão já capturou cerca de 3.600 baleias
minke.
O governo japonês enfrentou uma
revolta global e recebeu reclamações inclusive de Estados Unidos e Austrália,
dizendo que o programa é uma “fachada para a caça comercial”.
Triste
Realidade essa história de tradição
Muitos países usam de artifícios
ou argumentos ilógicos para condenarem animais a morte, pelo simples fato ou
prazer de usar o termo TRADIÇÃO. Vejam o caso abaixo:
MINAMIBOSO, JAPÃO - Para marcar
o início da temporada de caça às baleias no Japão, os trabalhadores da cidade
costeira de Minamiboso exibiram carcaças de animais capturados a estudantes e
moradores, nesta quinta-feira. A demonstração ainda contou com a distribuição
de amostras grátis de carne do mamífero frita.
O evento acontece anualmente na
villa de Wada. Esta edição foi realizada a uma semana do começo oficial da
primeira temporada de caça costeira no Japão, desde que o Tribunal
Internacional de Justiça interrompeu a ação de um navio baleeiro japonês na
Antártida, em março deste ano (2014). Embora ambientalistas condenem a prática,
o Japão alega que a carne do animal faz parte de seu patrimônio alimentar.
Wada se orgulha das suas
tradições seculares e se esforça para ensinar sua cultura local e história às
novas gerações. Apesar disso, 38 estudantes da escola primária da cidade não se
mostraram necessariamente confortáveis ao assistir às cenas de corte das
carcaças.
"Esta parte é a gordura. Se
você está com medo, feche os olhos", disse Yoshinori Shoji, presidente da
companhia baleeira Gaibo Hogei, enquanto um dos trabalhadores serrava a pele e
a gordura da baleia, expondo a carne escura e as entranhas.
"Eles são tão hábeis",
disse um dos estudantes, ao passo que outros demonstravam reprovar a situação. "Pare! Isso é tão lamentável",
protestou um aluno.
Na semana passada, a empresa de
Shoji já matou seis baleias. A empresa planeja pegar mais 24 antes do fim da
temporada de caça a esses mamíferos, que termina no final de agosto (2014).
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Baleia é uma raridade na maioria
das mesas japonesas, mas os moradores Wada chegam a comê-la regularmente em
casa e na merenda escolar. Em Wada, lojas de souvenirs, restaurantes e
supermercados estão por todos os lados, vendendo produtos de carne de baleia e
servindo pratos que vão de sushi de baleia a carne de baleia frita.
"Aqui em Wada comemos
baleias. Cada família come baleia, pelo menos, uma vez durante a temporada de
caça às baleias verão", disse o professor do alunos que assistiram ao
corte das carnes, Michiyo Masuda. "Se as comemos, temos a responsabilidade
de ver e aprender como são preparadas." Na escola de Michiyo, estudantes
do ensino fundamental estudam biologia das baleias, a história da caça a esses
animais e como cozinhar a carne.
O Programa Baleeiro Internacional
do Japão sofreu um golpe quando o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ)
ordenou a suspensão de seu programa de "caça científica" na
Antártida, em março. Mas o país sustenta a ideia de que muitas espécies de baleias
não sejam ameaçadas. Além disso, desde 1987, começou a promover o que chama de
caça científica a estes animais.
Nota
A carne de baleia é
tradicionalmente apreciada no Japão, mas a pequena boa notícia é que a procura
tem diminuído no país. Infelizmente não só o Japão mas muitos países tem esta
cruel tradição de matar seres vivos ou se preferirem "animais". É
muito triste saber que em um mundo tão evoluído ou desenvolvido ainda existam
pessoas que fazem isso ou que apoiem estas atitudes criminosas, só não
estranhem que logo usem como argumento que fazem isso por conta de que o
estomago dói de fome.
Fonte: www.marsemfim.com.br
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