Economias Ecologicamente Sustentáveis


A sustentabilidade tem sido uma palavra chave nos últimos anos e parece que não sai das principais rodas de conversa de pessoas preocupadas com o futuro do planeta. Porém, será que é possível chegar a uma economia ecologicamente sustentável sem comprometer o desenvolvimento das nações?
Afinal como seriam as economias ecologicamente sustentáveis? Para responder essas e outras questões que surgem a partir desse tema leia o artigo logo abaixo que apresenta os fundamentos dessa economia que para muitos não passa de uma utopia e para outros pode ser uma realidade com um pouco de esforço.
Os Padrões de Produção e a Economia Sustentável
Antes de qualquer coisa é importante ter bem claro o conceito de Sustentabilidade, trata-se do termo utilizado para definir as ações e atividades humanas que tem como objetivo suprir as necessidades do momento atual dos seres humanos sem que haja um comprometimento do futuro e das próximas gerações.
Desse conceito podemos concluir que é muito importante encontrar um nível de produção que permita existir uma renovação das matérias primas e constância nos meios de produção. Os padrões de produção são a chave para se ter uma economia sustentável, é necessário conseguir atender as demandas sem comprometer o meio ambiente e nem mesmo a existência dos elementos utilizados na produção dos bens.
Podemos dizer que se os padrões de produção do mundo como um todo não forem alterados agora não será possível fazer a construção de economias ecologicamente sustentáveis. Uma mudança significativa diz respeito a uma conversão dos temas pertinentes a ecologia para as mesas de discussão de economia.
Quando ecologia e economia passam a fazer parte da mesma pauta o planeta ganha e novos meios de produção e principalmente novos padrões surgem. O problema está na produção em massa e no consumismo que se tornou parte das sociedades atuais.
O Consumismo e a Sustentabilidade
Um dos principais vilões do chamado “ecologicamente correto” é o consumismo que tomou conta do planeta. Para entender melhor a questão é importante conceituar o que é o consumismo para a sociedade atual.
Esse termo diz respeito a um conjunto de atitudes e comportamentos que tem como principal característica um consumo impulsivo, algo fora de controle e não é feito de forma responsável. Na maior parte das vezes esse consumo se mostra completamente irracional.
O atual modelo de sociedade consumista é que tem contribuído para a construção desse novo padrão de consumidores. Ou seja, as constantes tentações de compra fazem com que muitas pessoas comprem muito mais do que precisam. Essa constante compra de produtos novos gera uma demanda de lixo enorme.
Isso porque quando compramos algo novo a tendência é jogarmos os produtos mais velhos fora, mesmo que eles não estejam realmente sem condições de uso. As consequências são terríveis no que diz respeito aos impactos sociais, econômicos, culturais e principalmente ambientais.
Por isso dizemos que o consumismo é um dos principais problemas que fazem frente a um conceito sólido e verdadeiro de Sustentabilidade. É necessário diminuir a quantidade de produtos consumidos para poder chegar perto de uma economia sustentável.
Teoria dos Sistemas Vivos
Quando se une as palavras economia e sustentabilidade numa mesma frase se está pensando de acordo com a Teoria dos Sistemas Vivos. Uma teoria moderna que visa explicar como a vida dos seres vivos pode ser melhor quando esta está amparada nos quatro conceitos básicos que são: criação, manutenção, renovação e diversificação.
Essa teoria define que existe sustentabilidade num sistema quando esses 4 preceitos são atendidos. Dessa forma se uma economia consegue trabalhar esses 4 conceitos chave pode ser considerada sustentável. Porém, dificilmente encontramos esse panorama nas economias modernas.
Os grandes problemas estão na renovação e manutenção das matérias primas, pois em grande parte as principais economias do mundo utilizam recursos não renováveis para criar grande parte de seus produtos.
Dessa forma para se chegar a um status de economia ecologicamente sustentável seria necessário mudar as fontes de matérias primas. Ao invés de explorar recursos que não se renovam as nações deveriam criar novas alternativas, ou seja, utilizar matérias primas que possam ser renovadas.
Atendendo a esse primeiro conceito facilmente se chega aos demais da corrente como a manutenção, renovação e por fim a diversificação. Mas, quando tentamos aplicar esse conceito nas economias atuais percebemos que são conceitos que não se encaixam.
A Economia e o Conceito de Reuso
Outro prisma muito interessante de observar quando estamos pensando em economia sustentável é como os preceitos mais antigos (e que ainda permanecem atuais de certa forma) sobre a economia não fazem nenhuma alusão ao reuso, ou a nossa conhecida reciclagem.
A pedra fundamental da construção de um sistema ecologicamente sustentável prevê o reuso de muitas matérias primas, pois isso ajuda a diminuir a produção de lixo que estará circulando pelo planeta. Porém, observe abaixo os principais conceitos da economia.
Essa é a linha mestra do processo produtivo da economia:
Entrada – Exploração de matérias primas (aqui até entra de forma tímida ainda um conceito de reciclagem).
Processamento – Nesse estágio acontece a transformação da matéria prima em produtos intermediários e finais.
Saída – O consumo e a geração de resíduos (sem uma previsão de como se livrar desses resíduos).
Feed Back – A renda que esses produtos trazem para as empresas que o conceberam. Vale destacar que a literatura especializada em economia nunca tinha pensado a sério no conceito de reuso ou reciclagem para a linha de produção de insumos.
O Que Precisa Ser Revisto
Depois desse panorama chegamos a conclusão que do jeito como estão sendo conduzidas as principais economias do mundo elas não podem ser classificadas como sustentáveis. Muitos países como os Estados Unidos, por exemplo, ainda não sabem como substituir o petróleo, um insumo não renovável.
Dessa forma é muito importante que se repense os conceitos gerais de economia incluindo neles a reciclagem (para dar uma destinação e um fim para os principais resíduos gerados pela indústria) e também a questão do freio no consumismo. A obsolescência programada (produtos que são feitos com datas para estragar) precisa ser refreada na busca por um equilíbrio sustentável entre produção, consumo e descarte. 

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