Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos
estabelece que os municípios que dispuserem lixo a céu aberto após agosto de
2014 passarão a responder por crime ambiental. É uma das melhores leis que nós
temos no Brasil, mas precisamos efetivá-la. Os municípios brasileiros -
grandes, médios ou pequenos - necessitam de apoio, seja do governo federal,
seja dos governos estaduais, que, aliás, têm ficado parados. Como os lixões não
têm tratamento ambiental, a decomposição dos resíduos sólidos contamina o solo
e, consequentemente, lençóis subterrâneos de água. Além do vazamento do
chorume, o lixo produz gases poluentes e facilita a reprodução de insetos
transmissores de doenças.
O fim,
não apenas o começo
Os municípios brasileiros,
responsáveis pela prestação dos serviços de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos tem um importante desafio: melhorar sua capacidade
institucional e operacional para a gestão dos serviços e atender as novas
responsabilidades estabelecidas na Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº
11.445/2007) e na Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei nº
12.305/2010).
Com base nesse novo marco legal,
os municípios são responsáveis por alcançar a universalização dos serviços de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, que devem ser prestados com
eficiência para evitar danos à saúde pública e proteger o meio ambiente,
considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções progressivas,
articuladas, planejadas, reguladas e fiscalizadas, com a participação e
controle social.
De acordo com a PNRS, os
municípios tem até agosto de 2014 para eliminar os lixões e implantar aterros
sanitários, que receberão apenas rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou
reutilizado); até agosto de 2012, para elaborar seus Planos de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos e continuar a ter acesso aos recursos do Governo Federal; devem
implantar programas de coleta seletiva e campanhas de educação ambiental para
que estes objetivos sejam atendidos.
A Lei impõe novas obrigações e
formas de cooperação entre o poder público e o setor privado, e define a
responsabilidade compartilhada, que abrange fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes e consumidores, fazendo com que também o poder público municipal seja
responsável, mas não o único.
O desafio é grande. Muitos
municípios ainda tem dificuldades para manejar os resíduos sólidos e fazem a
destinação em lixões a céu aberto, por não disporem de recursos suficientes e
terem pouca capacidade técnica para a gestão adequada dos serviços, a fim de garantir
sua sustentabilidade e a racionalidade da aplicação dos recursos técnicos,
humanos e financeiros.
Fonte: www.mma.gov.br
Comentários
Postar um comentário