Cascata Trófica e Teia Alimentar

A cascata trófica é um importante mecanismo na regulação em cadeias tróficas. Cascatas tróficas podem emergir a partir de efeitos diretos entre populações, no qual predadores consomem suas presas e, portanto, diminuem a abundância de presas que influenciam níveis tróficos inferiores. Porém, as cascatas tróficas também podem emergir a partir de efeitos comportamentais indiretos, nos quais as presas alteram seu comportamento de forrageamento ou seja é a busca e a exploração de recursos alimentares em resposta ao risco de predação.
Cascata Trófica
Propagação do efeito de uma perturbação em um determinado nível trófico para os demais níveis da cadeia alimentar. Este efeito pode aumentar ou diminuir o tamanho das populações.
A cascata trófica é dependente dos controles Top-Down e Bottow-Up.
O controle Top-Down é realizado por um predador de topo (superpredador) que mantém o tamanho e o equílibrio das demais populações de nível trófico inferior a partir de suas predação.
O controle Bottow-Up é realizado pela disponibilidade dos produtores, o tamanho das populações de produtores determinará o tamanho das populações de níveis tróficos superiores. A competição é a interação que redomina neste sistema.
Esses conceitos são importantes para a ecologia de conservação, pois precisam ser levados em conta na elaboração de estratégias de controle biológico que envolvam introdução ou remoção de predadores.
Os principais objetivos da biologia da conservação são:
- Entender os efeitos da atividade humana sobre as espécies, ecossistemas e comunidades.
- Desenvolver as abordagens práticas para prevenir a extinção de espécies e, se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema funcional.
Esse tipo de problema é especialmente importante em ecossistemas terrestres insulares, por causa do risco de extinção de espécies endêmicas. A erradicação de predadores invasores leva à liberação de mesopredadores, que pode levar à extinção de presas compartilhadas.
Mesopredadores são animais que, dentro de um ecossistema, desempenham simultaneamente os papéis de predador e presa, mantendo o equilíbrio das demais populações da cadeia trófica.
Cadeia Alimentar
As interações entre espécies e indivíduos não se limita a competição e predação. Existe uma teia complexa de interações entre predadores, parasitos, fontes alimentares e competidores que chamamos de teia alimentar. Para estudar teias alimentares é necessário identificar os grupos funcionais, ou seja, aqueles organismos que ocupam a mesma posição na cadeia trófica (p.ex. plantas são produtores; herbívoros; carnívoros; etc.).
Quando falamos em teia alimentar, estamos nos referindo a uma ramificação complexa de interações alimentares. No entanto, um sistema menos complexo de interações é conhecido como cadeia alimentar, que inicia com os produtores, que são à base energética do complexo sistema de interações, seguidos de consumidores e decompositores. Ao longo da ramificação de interações a energia é transferida para o próximo nível trófico, mas parte dela também é perdida para o ambiente. Isso significa que os níveis tróficos maiores, como por exemplo, os grandes carnívoros, terão acesso a uma menor quantidade de energia. Apenas 10% da energia de um nível trófico é transmitida para o próximo, o que restringe o número de níveis de uma cadeia alimentar, pois em determinado nível a energia disponível é insuficiente para permitir a subsistência.
A remoção de uma espécie desse complexo sistema de interações pode revelar o seu papel na teia alimentar. Geralmente espera-se que a remoção de um predador cause o aumento da abundância de sua presa, mas os efeitos podem ser inesperados, como o decréscimo da abundância de um competidor ou de sua presa, que podem refletir em outros níveis tróficos. A esse efeito indireto dentro de uma teia alimentar denominamos cascata trófica.
Algumas espécies apresentam uma ligação mais forte à teia alimentar e sua remoção produzem efeitos significantes (p.ex. extinção de outra espécie, alteração na densidade, etc.) sobre outras espécies e, consequentemente em toda a estrutura da comunidade. Estas espécies são chamadas de espécies-chave, que podem ocorrer em qualquer nível trófico.
Outra questão importante a respeito de teias alimentares é em qual direção elas são controladas (de cima para baixo, ou de baixo para cima). O controle de cima para baixo ocorre quando a estrutura da teia depende dos consumidores de níveis tróficos superiores (p.ex., herbívoros, carnívoros), ou seja, a interação predador-presa é a principal força deste sistema. Já o controle de baixo para cima dependerá da comunidade de produtores, ou seja, nessa teia alimentar a principal força que regula a comunidade é a competição.


Fonte: www.portaleducacao.com.br

Comentários

  1. nao está faltando um exemplo nesta explicação?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado professor Efraim... a ideia do BLOG e ajudar a informar e partilhar conhecimento, portanto fique a vontade se quiser complementar com o que esta faltando, postando como mensagem por aqui. Obrigado.

      Excluir
  2. Qual o nível trófico pode agir sob qualquer outro.nome

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas