Tipos de mananciais - Captação
A captação tem por finalidade
criar condições para que a água seja retirada do manancial abastecedor em
quantidade capaz de atender o consumo e em qualidade tal que dispense
tratamentos ou os reduza ao mínimo possível.
É, portanto, a unidade de
extremidade de montante do sistema.
Chama-se de manancial abastecedor
a fonte de onde se retira a água com condições sanitárias adequadas e vazão
suficiente para atender a demanda. No caso da existência de mais de um
manancial, a escolha é feita considerando-se não só a quantidade e a qualidade
mas, também, o aspecto econômico, pois nem sempre o que custa inicialmente
menos é o que convém, já que o custo maior pode implicar em custo de operação e
manutenção menor.
Na escolha de manancial, também
deve-se levar em consideração o consumo atual provável, bem como a previsão de
crescimento da comunidade e a capacidade ou não de o manancial satisfazer a
este consumo. Todo e qualquer sistema é projetado para servir, por certo espaço
de tempo, denominado período de projeto. Estes reservatórios podem dos
seguintes tipos: superficiais (rios e lagos), subterrâneos (fontes naturais,
galerias filtrantes, poços) e águas pluviais (superfícies preparadas). Embora,
como citado anteriormente, os mananciais de superfície pareçam de mais fácil
utilização, as águas subterrâneas são aproveitadas desde a antiguidade.
Egípcios e chineses já eram peritos na escavação do solo com a finalidade
exclusiva de obterem água, a mais de 2000 anos antes de Cristo. A própria
Bíblia Sagrada do Cristianismo revela fatos como o bíblico poço de José, no
Egito, com cerca de 90 metros de profundidade cavado na rocha, e o gesto de
Moisés criando uma fonte na rocha.
Captação
da água
O homem possui dois tipos de fontes
para seu abastecimento que são as águas superficiais (rios, lagos, canais,
etc.) e subterrâneas (lençóis subterrâneos).
Efetivamente essas fontes não
estão sempre separadas. Em seu deslocamento pela crosta terrestre a água que em
determinado local é superficial pode ser subterrânea em uma próxima etapa e até
voltar a ser superficial posteriormente.
As águas de superfície são as de
mais fácil captação e por isso havendo, pois, uma tendência a que sejam mais
utilizadas no consumo humano. No entanto temos que menos de 5% da água doce
existente no globo terrestre encontram-se disponíveis superficialmente, ficando
o restante armazenado em reservas subterrâneas.
Logicamente que nem toda água
armazenada no subsolo pode ser retirada em condições economicamente viáveis,
principalmente as localizadas em profundidades excessivas e confinadas entre
formações rochosas.
Quanto a sua dinâmica de
deslocamento as águas superficiais são frequentemente renovadas em sua massa
enquanto que as subterrâneas podem ter séculos de acumulação em seu aquífero,
pois sua renovação é muito mais lenta pelas dificuldades óbvias, principalmente
nas camadas mais profundas.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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