Conurbação


Conurbação é a junção entre o espaço urbano de duas cidades distintas. Entende-se por conurbação quando duas ou mais cidades se “encontram” e formam um mesmo espaço geográfico.
É produto do crescimento horizontal, sobretudo pela ampliação das periferias das grandes cidades. Geralmente, a conurbação ocorre entre uma metrópole e outras cidades menores, formando um único espaço urbano com duas ou mais cidades.
A partir da formação de um aglomerado de cidades conurbadas, que passam a integrar um único espaço urbano que não pode ser dividido a partir da observação direta, surgem as áreas metropolitanas ou regiões metropolitanas. Existem casos da formação de regiões metropolitanas de cidades que não se conurbaram, mas que devem se encontrar em um período de tempo relativamente curto. Isso ocorre quando o crescimento dessas cidades é elevado e as suas respectivas malhas urbanas integram-se, tornando-se um único meio urbano.
As regiões metropolitanas são áreas geralmente com mais de 1 milhão de habitantes e, graças à conexão e interdependência entre as várias cidades que as compõem, necessitam de uma administração central ou de uma integração entre as respectivas prefeituras.
Ao compreender o que é e como se estrutura a conurbação, podemos notar a diferença entre cidade e espaço urbano. No caso de municípios conurbados, observamos um exemplo em que várias cidades diferentes formam um mesmo espaço urbano integrado econômica, social e estruturalmente, com um intenso fluxo de capitais, mercadorias e, principalmente, de pessoas.
A conurbação não é o único, mas, com certeza, o principal elemento constitutivo das Regiões Metropolitanas. Isso porque esse fenômeno costuma ocorrer a partir de grandes cidades e sua junção com as chamadas “áreas de entorno” ou “cidades-satélites”. Assim, forma-se uma região metropolitana que, obviamente, estrutura-se a partir da metrópole que se expande em direção às cidades vizinhas. Essas cidades, em muitos casos, são apelidadas de “cidades-dormitórios”, uma vez que a maior parte de seus moradores trabalha, estuda ou exerce a maioria de suas atividades (incluindo lazer, consultas médicas e negócios) nas metrópoles. Registra-se, então, uma grande atuação das chamadas migrações pendulares nesses espaços. Apesar disso, algumas dessas cidades-satélites conseguem uma relativa autonomia, que se configura na medida em que conseguem dinamizar suas economias, com a instalação de indústrias, ampliação do comércio, serviços e geração de empregos.
A necessidade de tal integração se faz em virtude de as diferentes cidades de uma área metropolitana apresentarem problemas que só podem ser solucionados se for promovido um combate por todas elas. Exemplos: problemas de déficit habitacional, segregação urbana, violência, carência no transporte público etc.
No Brasil, o processo de conurbação das cidades é considerado recente, uma vez que estamos falando de um país com industrialização e urbanização tardias. Assim, as primeiras cidades conurbadas (Rio de Janeiro e São Paulo) surgiram na década de 1950 e 1970. Alguns exemplos de cidades brasileiras que passaram pelo processo de conurbação são Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba (na verdade, praticamente todas as capitais do país são conurbadas com outras cidades), além de Londrina (PR), Campinas (SP) e muitas outras. 

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