Saneamento Básico, Saúde e Meio Ambiente
Desde a idade antiga o homem
aprendeu, através de suas experiências, que água contaminada, lixo e outros
resíduos eram possíveis transmissores de doenças, e que isto influia
diretamente na qualidade e expectativa de vida dos habitantes. Assim ele
começou a adotar medidas para tratar sua água e livrar-se dos resíduos sejam
sólidos ou líquidos.
O termo “sanear” vem do latim
“sanu” que é tornar saudável, tornar habitável, higienizar, limpar.
O saneamento básico é composto
por um conjunto de medidas que têm o objetivo de conservar ou melhorar o meio
ambiente de uma região, colaborando para manter as condições de higiene e saúde
da população. Entre os serviços que compõem esse conjunto, estão o tratamento
da água, a coleta e o descarte adequado de resíduos sólidos, a limpeza de vias
públicas e a canalização, afastamento e o tratamento de esgotos.
Com relação ao último, trata-se
de uma infraestrutura que faz a coleta, o transporte, o tratamento e a
disposição final do material coletado, dividida em três grupos: doméstico (com
origem nas residências), pluvial (formado por água da chuva) e industrial
(eliminado por fábricas). Antes de serem devolvidos ao meio ambiente, com
exceção do grupo pluvial, esses resíduos passam por um processo de limpeza em
Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Infelizmente no Brasil ainda não
existe uma política que trate os resíduos provenientes das galerias pluviais e
portanto, os rios e córregos brasileiros sofrem principalmente com o esgoto
clandestino que utiliza esse meio para chegar, sem nenhum tratamento, até as
águas.
As substâncias que compõem cada
tipo de resíduo são diferentes, por isso, exigem métodos específicos de
tratamento. Já a rede coletora costuma funcionar de maneira semelhante para
todos: a partir de canalizações instaladas ao lado de leitos de água que
encaminham os esgotos para uma ETE.
Esse procedimento é fundamental
para evitar a poluição dos recursos naturais, especialmente os cursos de água,
e a proliferação de doenças entre os cidadãos. As infecções mais comuns
transmitidas pela falta de tratamento de esgotos são a cólera, a hepatite
infecciosa, a febre tifoide, a leptospirose e também diarreias. Segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde), em dados atualizados de 2011, as doenças
relacionadas com a falta de saneamento básico, principalmente as diarreias
ainda são uma das principais causas de morte de indivíduos em países de baixa e
média renda, como o Brasil por exemplo.
Apesar de sua importância, os
dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 – divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 – mostram que somente 55%
dos municípios brasileiros estão conectados à rede geral de coleta de esgoto,
sendo que apenas um terço deles realiza o tratamento adequado, ou seja, o resto
vai direto para os rios.
Para finalizar, pense bem antes
de jogar um lixo na rua, ligar seu esgoto em uma galeria de água pluvial ou
jogá-lo diretamente em um curso d’água, saiba que isso influi diretamente na
saúde de sua comunidade. Uma população doente representa maior gasto público. É
dinheiro público jogado literalmente no esgoto.
E você, o que pensa do
saneamento básico, saúde e Meio Ambiente?
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