O Desequilíbrio Ecológico e suas consequências
O planeta
em Equilíbrio
Os elementos da natureza formam
um conjunto, onde todos se relacionam e “um completa o outro. Nenhum ser vivo
sobrevive sem sol, ar, água e solo.
Os animais dependem da matéria
orgânica produzida pelas plantas. As plantas só produzem essa matéria orgânica
quando recebem luz, água e ar, de onde retiram as substâncias necessárias.
Os animais dependem das plantas,
porém existem animais que precisam de outros animais para obter a matéria
orgânica produzida pelas plantas. Alguns comem plantas; outros comem os que
comeram as plantas.
O que é o
Desequilíbrio Ecológico
Foram necessários milhões de anos
para que a mãe natureza colocasse ordem na casa e equilibrasse os ecossistemas.
O problema é que pequenas mudanças podem provocar o desequilíbrio ecológico. Em
condições naturais, essas alterações costumam ser pequenas e são rapidamente
neutralizadas pela a natureza.
O desequilíbrio ecológico ocorre
quando algum elemento (animal ou vegetal) de um ecossistema é reduzido em
quantidade, adicionado ou subtraído. Esta mudança pode originar reações em
cadeia e repercutir diretamente no funcionamento do ecossistema.
Causas
A ação do homem é a principal
causa de desequilíbrio ecológico na atualidade. Muitas atividades humanas
causam mudanças tão intensas e tão rápidas, que os mecanismos naturais não
conseguem neutralizar a tempo seus efeitos nocivos.
Entre estas ações, podemos citar o
desmatamento, a caça e a pesca sem controle e a urbanização em áreas de matas e
florestas.
Temos visto muito a “invasão” de
espécies animais silvestres para o ambiente urbano. O homem, com o crescimento
das cidades, avança sobre o habitat dos animais, insetos e os deixam sem
opções, ou estes se extinguem, ou buscam uma nova forma de sobrevivência. Hoje
em dia é muito comum ver, periquitos, araras, tucanos, abelhas, entre outros
bichos voando nos grandes centros urbanos. É bonito, mas é triste, pois as
matas que estes animais habitavam estão sendo destruídas.
É bem complicado nos dias de hoje
plantar alguma cultura como tomate sem o uso de elementos de controle, um
descuido e sua plantação é invadidade por fungos, besouros, lagartas, vespas,
etc. O homem, na tentativa de evitar a perda de sua produção, apela para
agrotóxicos que no final das contas provocam mais desequilibrio ainda.
Muitas espécies não eram
consideradas pragas, mas a diminuição da oferta de alimentos fez com que seus
hábitos alimentares mudassem e estas, para sobreviver, passaram a atacar outras
especies animais ou vegetais. É comum ver periquitos comendo manga verde, algo
que não se via antigamente.
A introdução de novas espécies
para conter o avanço de outras também é o início de um problema muito maior.
Existem vários exemplos de experiências mal sucedidas no mundo. Alguns exemplos
famosos são a introdução do caramujo africano, confundido com o Escargot para
culinária, o bagre africano, espécie altamente predadora que já causou enormes
prejuízos para a fauna aquática brasileira, a introdução de sapos cururu na
Austrália que tem provocado uma tragédia para outras espécies de sapos ou de
predadores naturais que se envenenam devido a alta toxidade dessa espécie.
Outro problema causado pelo
desequilibrio, gerado pelo avanço do desmatamento é a mudança na hidrografia de
uma região, rios e córregos se tornam assoreados, erosões invadem suas margens
e até o leito do manancial muda, quando este não chega a secar. Muitas espécies
de peixes somem, outras mais fortes dominam e alguns casos, nenhuma sobrevive.
Até uma barragem pode provocar um completo desequilibrio de espécies, pois um
rio de água rápidas, passa até aguas lentas, alterando algumas características
físicas do ambiente.
O homem, na tentativa de se adaptar a um
ambiente, constrói, destrói, altera, não se importando com as outras espécies
presentes no local, porque para ele, o importante é a sua sobrevivência,
enquanto a de plantas e animais é mera consequência.
Exemplo e
consequências
Homens começam a caçar cobras
numa determinada área ecologicamente equilibrada. Com a diminuição no número de
cobras aumenta consideravelmente o número de sapos (alimento destas cobras).
Com isso, a quantidade de insetos começa a reduzir significativamente, podendo
faltar para outras espécies que também se alimentam de insetos. Isso pode até
provocar a extinção de certas espécies, caso elas sejam encontradas apenas
naquela área. Com a diminuição das cobras, pode também aumentar o número de roedores
(ratos, por exemplo) que podem invadir áreas residenciais próximas em busca de
alimentos.
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