Potencial Ecoturístico Brasileiro
O Brasil tem uma superfície de
8.511.596,3 Km2. No âmbito dessa extensão continental abrange desde regiões
equatoriais ao norte até áreas extratropicais ao sul, diferenciadas climática e
geomorfologicamente, com uma extraordinária diversidade ecológica.
Incluído dentre os países de mega
diversidade, detém um número entre 10% e 20% do total de espécies do planeta.
Esta riqueza conhecida corresponde a 22% da flora, 10% do anfíbios e mamíferos
e 17% das aves do mundo.
A superfície territorial
brasileira abriga diferentes ecossistemas, destacando-se:
Floresta Amazônica - A Amazônia
Central abriga o maior complexo hídrico-fluvial da Terra, com cerca de 7
milhões de km2, sendo uma região de dimensões continentais. A hiléia brasileira
com cerca de 3,3 milhões de km2 sobrepõe-se, em grande parte à área da bacia
hidrográfica do Rio Amazonas e caracteriza-se por abrigar grande riqueza
biológica, com enorme diversidade de flora e fauna. É considerada uma das
últimas reservas florestais do planeta.
Floresta Atlântica - Engloba um
diversificado mosaico de ecossistemas florestais com estruturas e composições
florísticas bastante diferenciadas, acompanhando a diversidade de solos,
relevos e características climáticas da vasta região onde ocorre. Estes
ecossistemas são caracterizados por uma grande diversidade biológica e altos
graus de endemismo da flora e da fauna.
Cerrado - É o segundo maior
bioma do Brasil e da América do Sul, ocupando mais de 2 milhões de km2 e abriga
um rico patrimônio de recursos naturais renováveis, adaptados às duras
condições climáticas edáficas e hídricas, que determinam sua própria
existência.
Pantanal - O Pantanal é a maior
área de terras inundáveis da América do Sul, compreendendo a totalidade da
bacia do Alto Paraguai, uma área de 496.000 km2, dos quais 393 estão
localizados no Brasil. A porção brasileira da Bacia abrange dois ecossistemas
independentes: a parte baixa da Bacia - planícies de inundação - e a parte alta
da Bacia - ou margem/borda, onde vivem inúmeras espécies, desde endêmicas até
migratórias.
Caatinga ou Semi-árido - A
Caatinga cobre aproximadamente 825.143 km2 do Nordeste e parte do Vale do
Jequitinhonha, em Minas Gerais, apresentando planícies e chapadas baixas. A
vegetação é composta de vegetais lenhosos, misturados com grande número de
cactos e bromélias. A secura ambiental, pelo clima semi-árido, e sol inclemente
impôe hábitos noturnos ou subterrâneos. Répteis e roedores predominam na
região. Entre as mais belas aves estão a arara-azul e o acauã, um gavião
predador de serpentes.
Florestas com Araucárias - A
Floresta com Araucárias, também conhecida como "Complexo dos
Pinhais", pela predominância do pinheiro-do-paraná (Araucaria
angustifolia), constitui uma formação vegetal heterogênea: mata de araucárias,
campos e paredões rochosos vegetados formando escarpas de até 300m de queda
livre.
Campos Sulinos - Os campos da
Região Sul do Brasil são denominados "pampas", termo de origem
indígena para "região plana". Esta denominação, no entanto,
corresponde somente a um dos tipos de campo. Outros tipos, conhecidos como
campos do alto da serra, são encontrados em áreas de transição com a Floresta
com Araucárias. Em outras áreas encontra-se, também, um campo de fisionomia
semelhante à savana. Merecem destaque os campos inundáveis, como é o exemplo o
"Banhado do Taim". Esses campos são importantes reservas naturais da
vida selvagem.
Manguezal - O Manguezal ou
mangue é um tipo de vegetação litorânea que constitui um dos mais típicos
ecossistemas tropicai de grande importância ecológica e geológica. A fauna, em
especial as aves e invertebrados, ocupa nichos ecológicos importantes e
diversificados.
Zonas Costeiras - O litoral
brasileiro tem uma extensão de 7.367 km, apresentando uma imensa gama de
ecossistemas: campos de dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías,
estuários, brejos, falésias e baixios.
Áreas
Protegidas
Um dos principais mecanismos de
proteção da excepcional diversidade biológica, dos endemismos, das estruturas
geológicas de relevante significado e da considerável riqueza paisagística do
Brasil é o sistema de áreas protegidas.
Cerca de 3,9% do território
nacional estão sob a proteção federal na forma de diferentes categorias,
distribuídas em 35 Parques Nacionais, 23 Reservas Biológicas, 21 Estações
Ecológicas, 16 Áreas de Proteção Ambiental (APAs), 9 Reservas Extrativistas e
39 Florestas Nacionais.
Há, ainda, as Reservas
Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs), que são áreas de conservação em
propriedades privadas, para as quais existe uma legislação federal específica.
A intenção da lei é a criação de
uma rede particular de unidades de conservação onde o proprietário, por sua
livre iniciativa, grava de perpetuidade parcela representativa de sua
propriedade como Reserva Particular de Patrimônio Natural.
Concebido pelo IBAMA, este
programa já conta com mais de 100 reservas particulares, bastante expressivas
do ponto de vista ecológico e paisagístico, e seus proprietários recebem o
incentivo de isenção do Imposto Territorial Rural (ITR).
À primeira vista pode parecer que
este universo de unidades de conservação é suficiente para proteger não só
amostras significativas dos ecossistemas brasileiros como para garantir a
perenidade de sua biodiversidade.
Entretanto, existem áreas de
enorme importância que não estão protegidas apesar de já terem sido propostas e
indicadas para proteção. Há que se ampliar esta rede de unidades de conservação
levando-se em conta a sua fragilidade, o grau de ameaça de destruição e sua
importância para a conservação de espécies raras ou ameaçadas de extinção.
Ao lado da insuficiência do
número de áreas protegidas há também o grande problema de implantação das já
existentes e criadas legalmente.
A deficiência de pessoal em
número e qualificação, a falta de regularização fundiária das áreas de uso
indireto e inadequada infra estrutura exigem do poder público uma ação imediata
para proteger adequadamente estas áreas e fazê-las cumprir seu importante papel
ecológico e social.
E é justamente em algumas dessas
áreas protegidas, em especial nos Parques Nacionais, Estaduais e Municipais,
nas Florestas Nacionais, nas Áreas de Proteção Ambiental onde opera-se o
Ecoturismo. São elas o primeiro destino ecoturístico procurado pelos fluxos
nacionais e internacionais.
É importante assinalar que em
algumas áreas protegidas, como as Reservas Biológicas e Estações Ecológicas,
não se opera o Ecoturismo devido à fragilidade destes ecossistemas onde a
visitação é imcompatível com os objetivos de manejo preconizados para estas
Unidades de Conservação.
O conjunto de Unidades de
Conservação sob jurisdição federal, à exceção das reservas biológicas e estações
ecológicas, somado às áreas protegidas estaduais e municipais e às propriedades
particulares adaptadas para fins turísticos, oferecem, juntamente com a rica
diversidade cultural, condições excepcionais para o desenvolvimento do
Ecoturismo no Brasil.
Fonte: www.embratur.gov.br
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