Amianto Crisotila
O amianto do tipo crisotila, o
também conhecido amianto branco é o menos perigoso, não oferecendo risco
mensurável à saúde humana em níveis de exposição inferiores a 1 fibra / cm³ de
ar (Segundo uma revisão publicada sobre riscos à saúde associados com tipo de
fibra de amianto, de Jacques Dunnigan - PHD – Canadá – janeiro/99). A estrutura
fibrosa do crisotila é flexível, fina e sedosa sendo rapidamente eliminada pelo
sistema respiratório. Geralmente ocorre associado a rochas ultramórficas
(dunito, periododito, serpentinito) e podem formar jazidas de grande porte, com
reservas da ordem de milhões de toneladas.
Em temperaturas acima de 800ºC o
amianto crisotila sofre decomposição térmica, transformando-se em forsterita.
Esse fenômeno tem grande importância, pois a forsterita não é fibrosa, sendo
inócua à saúde humana. Estudos de biopersistência do amianto crisotila (tempo
de permanência da fibra nos pulmões) evidenciam o fato do produto ter baixo
potencial de toxicidade porque o núcleo de sua molécula é composto de magnésio,
o que a torna biossolúvel. Esses dados foram confirmados pelo renomado médico
toxicologista suíço, Dr. David Bernstein. Em seus estudos, o pesquisador
demonstrou que a biopersistência média do crisotila brasileiro é de 1,3 a 2,4
dias no tecido pulmonar, muito inferior à biopersistência de outras fibras
industriais, que podem chegar a permanecer nos alvéolos pulmonares por
aproximados 300 dias, conforme avaliado pela OMS em um Workshop realizado em
2005, em Lyon, na frança, para avaliar a carcinogenicidade (potencial para
causar câncer) de fibras ditas substitutas ao amianto crisotila (John C. Wagner
publicou em 1989 (Wagner, J.C. et al. 1989 - IARC Sci. Pub. No. 90, p. 448
Lyon), Summary Consensus Report - WHO Workshop on Mechanisms of Fibre Carcinogenesis
and Assessment of Chrysotile Asbestos Substitutes 8-12 November 2005, Lyon,
France.
No Brasil, que é o terceiro maior
produtor mundial do crisotila, cuja cadeia produtiva – estratégica para a
solução do déficit habitacional – abrange mais de 170 mil empregos diretos e
indiretos, com faturamento superior a R$ 2,6 bilhões/ano.Como já citado, não
existe comprovação científica de que o crisotila possa provocar doenças, a não
ser que suas fibras sejam inaladas por longos períodos e elevadas concentrações,
isto é, em altas doses, o que está diretamente relacionado a ambientes
ocupacionais. Não existe relato na literatura médica mundial de que a população
tenha sofrido problemas respiratórios porque utiliza produtos de fibrocimento
com esse mineral. A humanidade convive com inúmeros materiais que sob
determinadas condições de uso podem ser nocivos à saúde, como cobre, sílica,
combustíveis, carvão, álcool e gás, além de alimentos, como açúcar, sal e
gorduras. Todos são essenciais à sociedade, porém só o desenvolvimento do
controle de riscos permite a manutenção de seu uso e o aproveitamento de seus
benefícios.
E em razão de o amianto crisotila
já estar sendo utilizado de forma controlada, não só no Brasil como em outros
países há mais de 25 anos, o período de latência que sempre foi reconhecido
pelos cientistas como de 15 anos, está sendo aumentado para 20, 25 ou 30 anos,
porque as doenças não estão aparecendo após esse tempo de exposição. Todas as
empresas associadas ao Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) cumprem a Lei
9.055/95 e acompanham a saúde dos trabalhadores, além de manterem registros dos
trabalhadores normais de 30 anos. Portanto, o amianto crisotila pode ser usado
sem risco indevido, ou seja, com segurança, em materiais de construção, produtos
de fricção, tubulações e outras aplicações industriais, desde que fabricado e
manuseado com cuidado, e também porque nestas aplicações, as fibras são
envoltas por cimento ou resina, o que impede que se dispersem no meio ambiente.
Peritos no Canadá e em outros países, bem como a Organização Internacional do
Trabalho e a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento concluíram
que os conhecimentos e as tecnologias modernas atuais podem controlar com êxito
o potencial para risco à saúde e ao meio ambiente que o amianto crisotila
representa. E se for utilizado de forma adequada, o amianto crisotila contribui
de forma segura e econômica para a viabilização da moradia e do abastecimento
de água para milhões de pessoas em todo o mundo.
Os maiores beneficiários do
crisotila no Brasil são as famílias de baixa renda, uma vez que cerca de 50%
das residências do País são cobertas com telhas de fibrocimento à base de
amianto. Devemos lembrar que mais de 130 países usam o amianto crisotila, entre
eles Estados Unidos e Canadá.
De todo o amianto consumido hoje
no Brasil, 99% destina-se à produção de fibrocimento, uma cadeia com controle
completo da saúde ocupacional. Caso a proibição do uso do amianto crisotila se
concretize, o mercado conviverá com produtos mais caros, de menor durabilidade
e também muitos estudos também deverão ser feitos sobre os substitutos para
comprovar que também não são prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. Além
disso, haverá desabastecimento imediato do mercado da construção civil atual.
Fonte: www.crisotilabrasil.org.br
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