Defensivos Agrícolas
Também chamados de agroquímicos,
pesticidas, agrotóxicos ou produtos fitossanitários, quando aplicados de
maneira correta, não fazem mal ao homem nem ao meio ambiente. Os agroquímicos
são diretamente responsáveis pela produtividade da safra brasileira dobrar na
ultima década mantendo a mesma área cultivada e, por causa deles, somos os
maiores produtores de soja e algodão do mundo.
Para se ter uma ideia da
importância dos agroquímicos na produção agrícola, somente na cultura do
algodão, por todo o planeta, 56 tipos diferentes de pragas, doenças e plantas
daninhas podem interferir no desenvolvimento dessa cultura e limitar sua
produtividade. É impossível, na atualidade, produzir soja, algodão e outras
culturas extensivas sem fazer uso dos agroquímicos no controle fitossanitário.
Levando-se em consideração as
perspectivas de que a expansão das áreas cultivadas fornecerá somente 20% da
necessidade de comida no ano de 2020, o defensivo agrícola aparece como a mais
imprescindível ferramenta de produção agrícola com condições reais para
reverter esse possível quadro catastrófico.
História
A história registra há cerca de
3.000 anos atrás o uso de produtos químicos, como o Cobre e o Enxofre, no
controle de doenças e pragas. Até antes da 2A Grande Guerra eram insignificantes
as quantidades desses produtos utilizadas no mundo todo e os equipamentos de
aplicação eram extremamente rústicos.
Durante a Segunda Guerra Mundial
começaram as pesquisas de desenvolvimento de armas químicas. Com o fim da
Segunda Guerra Mundial alguns países tomaram conhecimento de todo o
desenvolvimento dessa tecnologia, modificaram e utilizaram os produtos químicos
para o controle de doenças e plantas daninhas na proteção de culturas.
O grande desenvolvimento da
agricultura nos Estados Unidos, após o final da Segunda Guerra e a grande
quantidade de produtos químicos fabricados, favoreceu para que muitos pilotos
de aviões-caça desempregados tornarem-se pilotos agrícolas. Nessa época
aconteceu a explosão da aviação agrícola nos Estados Unidos. Os aviões de
treinamento e combate foram modificados para aviões pulverizadores. Rústicas
adaptações de tambores e mangueiras instaladas nos aviões eram os equipamentos
com que realizavam as pulverizações.
Durante a guerra do Vietnã os
agroquímicos foram bastante utilizados como herbicidas desfolhantes quando
foram aplicados nas florestas onde os inimigos se camuflavam. Esses
agroquímicos eram conhecidos como "Agente Laranja". Os herbicidas que
compunham o agente laranja eram o 2,4-D e o 2,4,5-T. O herbicida 2,4,5-T
acompanhado da dioxina, foi o mais ativo composto causador de deformações em
recém-nascidos que se conhece (tetranogênico).
Tecnologia de aplicação nessa
época praticamente não existia e os agroquímicos eram usados de maneira
indiscriminada. No Brasil, no final dos anos 40 o produto químico DDT começou a
ser substituído pelos inseticidas fosforados nas pulverizações.
Para se ter uma ideia sobre a
falta de informação sobre a periculosidade desses produtos, no processo de
preparo da calda do DDT era recomendado que se misturasse o produto com água em
um recipiente e mexesse a calda com o braço e com a mão aberta, para facilitar
a mistura da solução. Essa recomendação para o DDT somente iria causar
problemas na saúde do agricultor 20 ou 30 anos após o contato com a pele, pois
o DDT precisa ser bastante absorvido pelo organismo para causar mal à saúde
pelo fato do produto ter dose letal alta.
No caso dos inseticidas
fosforados, que possuem dose letal baixa, ou seja, precisa pouco produto para
fazer mal à saúde humana, quando o agricultor realizava o preparo da calda como
fazia antes com o DDT, caía morto instantaneamente, sem tempo para socorro
médico. Nos anos 70 aconteceu a explosão da aviação agrícola no Brasil e com o
desenvolvimento das aplicações aéreas os agroquímicos passaram a ser utilizados
como ferramentas mais técnicas e precisas para o controle fitossanitário.
Nos anos 80 e 90 a evolução dos
produtos químicos foi bastante rápida. Nessas duas décadas apareceram os
produtos de segunda geração como os Fosforados Sistêmicos, Carbamatos
Sistêmicos, Sulforados e Piretróides, os produtos de terceira geração como os
Microbianos Metharhizium, Bacillus e Baculovirus, os produtos de quarta e
quinta geração como os Hormônios Juvenis e Anti-Hormônios, respectivamente.
A evolução dos agroquímicos tem
sido constante, procurando sempre minimizar os riscos da contaminação dos seres
humanos e do meio ambiente. Se analisarmos a evolução das doses de recomendação
dos defensivos agrícolas atuais comparando com os defensivos utilizados nos
anos 60 e 70, podemos constatar uma redução das doses de aplicação em cerca de
80%.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
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