O valor das boas práticas sociais e ambientais
Com o aumento crescente da
conscientização sobre sustentabilidade e desenvolvimento no mundo globalizado,
as lideranças políticas e empresariais têm reconhecido a necessidade de
investir em melhores práticas sociais e ambientais. A presença dos grandes líderes
mundiais na Conferência do Clima de Copenhagen (COP-15) em dezembro de 2009 foi
um claro sinal dessa tendência. Mas existem outros indicadores que apontam no
mesmo sentido. Em 2003, um conjunto de novas diretrizes sociais e ambientais
para o financiamento de projetos de infraestrutura, conhecido como Princípios
do Equador, foi adotado por um pequeno grupo de instituições financeiras
lideradas pela International Finance Corporation, membro do World BanK Group.
Hoje, cerca de 70 instituições financeiras assinam os Princípios, representando
a grande maioria das fontes internacionais de financiamento do setor privado.
Além disso, a maioria do crédito para exportação e agências multilaterais tem
adotado princípios semelhantes. Como consequência, mais de 85% dos
financiamentos de projetos, no mundo todo, estão agora submetidos a esses
Princípios. Muitas instituições financeiras estão começando a adotar um quadro
semelhante de risco social e ambiental para outros tipos de financiamento, como
crédito corporativo, comercial e participação por contrapartida. Novos fatores
de risco, tais como o efeito das emissões de carbono e os direitos humanos,
também estão sendo incorporados a esse quadro.
O principal motivo para a
aceitação desses princípios é o consenso de que atender os padrões de qualidade
sociais e ambientais contribui para a obtenção de resultados positivos e
sustentáveis e diminui o risco de impactos negativos para os projetos e,
indiretamente, para seus patrocinadores e financiadores. Tais princípios vão
além da obediência às leis e regulamentos locais. Eles incluem a exigência de
amplo debate e participação popular, e atenção adequada às questões das
comunidades, especialmente quando for necessário reassentamentos de antigos
moradores e populações indígenas.
A avaliação dos impactos sobre a
natureza, o monitoramento permanente e proteção do patrimônio arqueológico e
cultural, a notificação e implementação de atenuações e medidas de compensação
também fazem parte desses princípios. Consideração especial deve ser dada a
projetos localizados em áreas sensíveis, tais como parques nacionais e outros
habitats protegidos. A implementação desses padrões de qualidade pode levar
tempo e, às vezes, custar caro. Os benefícios, no entanto, superam os custos,
ao reduzir riscos e criar novas oportunidades para todos.
Um obstáculo para uma maior
aceitação desses princípios é a ideia de que uma melhor prática social e
ambiental são apenas itens de custo, sem retorno garantido. Essa visão,
entretanto, é desmentida por duas experiências recentes de projetos
desenvolvidos pela Odebrecht na América Latina. No projeto da hidrelétrica de
Santo Antonio, a escolha de um projeto do tipo run-of-the-river reduziu
drasticamente o tamanho do reservatório, diminuiu o impacto negativo sobre o
meio ambiente e as comunidades locais e contribuiu para a viabilidade do
projeto na Amazônia, uma área altamente sensível. Esse procedimento também
ajudou a diminuir os custos gerais do projeto e aumentou o acesso aos meios de
financiamentos. No caso do projeto da hidrelétrica de Palomino, na República
Dominicana, também localizada em uma área ambientalmente problemática, a
realização de estudos ambientais específicos relacionados a possíveis impactos
sobre a fauna e usuários da água facilitou o acesso a linhas de crédito, em
termos favoráveis, num total de US$ 150 milhões do Inter-American Development
Bank e da Euler Hermes, a agência alemã de crédito para exportação. Isso
ocorreu entre o final de 2008 e início de 2009, no auge da crise de crédito
quando a maioria das fontes de financiamento estava fechada. A adoção de
práticas corretas foi sem dúvida importante para ambos os projetos.
Em resumo, adotar melhores
práticas sociais e ambientais é, nos dias de hoje, uma pré-condição essencial
para financiar projetos. Além disso, ao interagir com as comunidades locais
diminuindo tensões e, portanto, reduzindo os transtornos, garante-se que os
benefícios atinjam um número maior de pessoas e assegurem o andamento tranquilo
dos projetos e a redução de riscos. Para a Organização Odebrecht, a adoção de
bons programas sociais e ambientais sempre esteve presente como um valor
essencial dentro de seus princípios empresariais. Hoje, as lideranças da
Odebrecht sabem que seu trabalho vai além da simples realização de projetos bem
sucedidos e inclui a geração de prosperidade sustentável nas regiões onde
atuam.
Fonte: www.odebrechtonline.com.br
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