Mundo Doido...alguém pode explicar
Enchente, seca, deslizamento,
tornado... alguém pode explicar?
Chuvas que alagam São Paulo,
enchentes em Minas Gerais, deslizamento de terra no Rio de Janeiro, estiagem no
Rio Grande do Sul, vez ou outra um tornado em Santa Catarina. Sem falar em
tsunami, vulcões e terremotos pelo globo.
O que está acontecendo? O mundo
ficou maluco?
Até parece que sim, não é? Por
isso procuramos sete especialistas para nos explicar por que acontecem esses
fenômenos. Eles contaram que isso ocorre desde sempre e faz parte do equilíbrio
da Terra. Mas também nos disseram que alguns têm piorado e as consequências têm
sido mais graves. Até por causa da ação do homem no meio ambiente.
Especula-se que, por conta de
mudanças no clima, eventos extremos tendem a ocorrer com uma frequência maior,
diz Otto Correa Rotunno Filho, professor de engenharia civil da Coppe/UFRJ.
Veja ao lado os porquês e o que você pode fazer.
Tornado
É o pior tipo de tempestade: uma
coluna de ar que gira violentamente, geralmente em forma de cone, e é bem
perigosa. Na ponta mais fina, o tornado toca o solo e fica rodeado por uma
nuvem de pó e partículas. Na outra, toca uma nuvem cumulonimbus (com formato de
couve-flor) ou uma cumulus. Destrói tudo por onde passa. Acredita-se que surge
por mudanças bruscas de temperatura.
Está ficando mais comum no
Brasil. Na década de 90, se registrava 1 tornado por ano. Hoje, são de 4 a 5.
Há tornados em todos os
continentes, menos na Antártida. A maioria acontece na Alameda dos Tornados
(Tornado Alley), nos Estados Unidos.
Enchente
É um processo natural que
acontece em todos os rios e que é provocada pelo excesso de chuvas, por vários
dias. No Brasil, de setembro a março isso é comum. O soto não absorve tanta
água, o nível do rio sobe e extravasa. O problema é que, nas grandes cidades,
muitas casas são feitas onde ele costumava encher. E pior: muitos rios foram
canalizados ou retificados (tornado retos), a vegetação retirada, e o asfalto e
as construções impermeabilizaram o solo, o que agrava as enchentes.
O lixo que se joga nas ruas piora
tudo, sabia? Com o vento ou a chuva, ele se deposita em bueiros e bocas de
Lobo, entupindo-os. Sem ter para onde correr, a água se acumula e alaga tudo. O
Lixo pode chegar ao rio, aumentando os sedimentos no fundo.
O alagamento pode acontecer Longe
do rio. Quando chove muito em pouco tempo, em Locais com bastante asfalto e
concreto, a água se acumula, alaga. Ela escoa em poucas horas, diferente da
enchente, que demora.
Já viu pneus e até sofás nos
rios? Imagine que esse material todo, mais o barro e outros detritos provocam o
assoreamento do rio. Ou seja, se acumulam no fundo e diminuem o espaço para a
água.
Sua parte
Não jogue Lixo em ruas e rios. Se
tiver quintal, por que não deixar uma área gramada ou com plantinhas?
Estiagem
A falta de chuva pode provocar a
estiagem, que é como a seca, mas por um período de tempo limitado. Isso
acontece por vários motivos. Um deles é a La Nina que está atuando este ano.
Ela é um fenômeno que causa o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que
mexe com o clima de boa parte do mundo. No Brasil, ela tende a trazer mais
estiagem no Sul e mais chuvas no Nordeste. Além disso, à medida que as cidades
crescem ou que a vegetação é retirada para virar área de plantação ou criação
de gado, o solo fica desprotegido e isso é um risco, especialmente se acontece
em área de nascente de rios.
No campo
Com menos chuva, o equilíbrio de
calor entre o solo e a atmosfera se perde. A temperatura no ar e no solo
aumenta, o que diminui a capacidade da terra dar frutos. Assim, Legumes,
verduras e frutas ficam mais caros no mercado.
Desertificação
Os produtores começam a irrigar
artificialmente a plantação. Às vezes, exageram e “lavam” o solo, ou seja,
tiram os nutrientes dele. Com isso, acontece a perda de qualidade da terra,
podendo transformar tudo num deserto. É o que ocorre no sudoeste do Rio Grande
do Sul.
Nas
cidades grandes
A estiagem diminui os
reservatórios de água e piora a poluição. Com isso, temos de adotar rodízio de
abastecimento de água e também respiramos pior, pois a chuva Limpa o ar,
retirando parte dos poluentes.
O que
fazer?
Se puder, plante árvores ou tenha
plantinhas em casa, que reduzem a sensação de calor.
Deslizamento
de Terra
É quando o solo ou rocha perde a
estabilidade e se movimenta. Faz parte da dinâmica da Terra, como os vulcões.
No Brasil, a chuva é a grande responsável pelos deslizamentos. Mas, para isso,
é preciso que o volume de água seja grande, o Local seja bem inclinado
(montanhas), o solo seja arenoso ou as rochas mais fraturadas, ou ainda que a
camada de terra entre a rocha e a superfície seja rala, e que as raízes das
árvores não sejam profundas o bastante para ajudar a segurar o solo.
No Brasil, os deslizamentos são
comuns em Locais como a Serra do Mar (que vai de Santa Catarina ao Rio de
Janeiro). Não há como evitá-Los. O que pode ser evitado são as vitimas. Por
isso, é importante não construir casas nos morros e áreas de risco.
Como
acontece?
As rochas têm poros por onde a
água infiltra e é armazenada. Se chover muito e o solo ficar “encharcado”, ele
perde o equilíbrio. É como uma esponja: quanto mais molhada, mais mole e sem
forma.
Raios
As nuvens de tempestade têm vapor
de água e partículas de gelo, que se chocam e ficam carregadas eletricamente.
Cargas positivas escapam e se encontram com as negativas. Isso dá origem a uma
faísca, que dá início ao raio.
Quando há um raio, a luz aquece o
ar, que se expande e produz som. o trovão. Embora os dois aconteçam quase
juntos, vemos primeiro a luz pois esta viaja numa velocidade muito mais rápida.
Ela vai a 300 mil quilômetros por segundo e o som a 300 metros por segundo.
Quanta diferença!
Quer
saber a que distância o raio caiu de você?
Assim que avistá-lo, conte os
segundos até ouvir o trovão. Então, multiplique por 300 e você terá a distância
em metros.
Por exemplo: 5 segundos x 300 = 1.500 m
Sabia que o Estado de São Paulo
teve 109.680 raios só em janeiro? E que no ano passado a capital registrou
recorde de raios num só dia? Foi em 16 de fevereiro: 2.264 relâmpagos!
Fonte: www.estadao.com.br
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