ECOBAGS
Não é de hoje que as sacolas
plásticas desempenham papel importante na vida das pessoas. As mais simples são
aproveitadas para colher o lixo doméstico e as mais sofisticadas para carregar
livros, casacos, guarda-chuvas e outros objetos extras do dia-a-dia, que não
cabem na bolsa.
Quando os sacos de plástico foram adotados, no
final da década de 1950, pelos supermercados, pareciam ser a solução definitiva
para o transporte de carne, frutas e alimentos em geral. A ideia era tão boa
que logo se espalhou para todo tipo de comércio. Hoje, é praticamente
impossível fazer qualquer compra numa farmácia, padaria, feira e até boutique,
sem trazer uma sacola de plástico para casa. Elas até seriam aprovadas com
mérito se não representassem um grande problema para o meio ambiente.
Essas sacolas são feitas de resinas sintéticas
derivadas do petróleo. Não são biodegradáveis, ou seja, levam séculos para se
decompor na natureza. Quando são abandonadas em vazadouros, impedem a passagem
da água, retardam a decomposição dos materiais biodegradáveis e dificultam a
compactação dos detritos.
Esses sacos ainda contribuem
intensamente para a formação de zonas mortas de até 70 mil quilômetros
quadrados no fundo dos oceanos. Nos mares, também podem matar animais como
tartarugas, que são vítimas frequentes, pois confundem o material com as
medusas, sua presa natural.
Ecobags
bonitinhas e nem tanto ecológica
Com o objetivo de criar
alternativas mais ecológicas para o problema do consumo excessivo de sacolas
plásticas, além de incentivar pessoas a adotar uma nova postura com relação ao
meio ambiente, foram criadas as ecobags.
Sacolas permanentes, as ecobags
são produzidas com algodão (uma das plantas com aproveitamento mais completo
por oferecer variados produtos de utilidade). Considera-se o algodão a mais
importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais. A fibra provém de uma
planta denominada algodoeiro.
Além de bonitas e reutilizáveis, as ecobags
são feitas de materiais que se decompõem em menos tempo, algumas em até dois
anos. Porém um estudo divulgado pela Agência do Meio Ambiente britânica revelou
que o PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas ecobags causa mais
impacto ambiental do que os utilizados na produção das sacolas plásticas.
De acordo com a análise - que tinha por
objetivo descobrir qual desses materiais tem o menor impacto ambiental -, as
sacolas de algodão são 200 vezes mais prejudiciais ao clima do que os sacos de
polietileno. O estudo sugere que para conseguir equilibrar o impacto de cada saquinho,
os consumidores teriam que usar a mesma sacola de algodão em todos os dias
úteis do ano, ou sacolas de papel, o que obviamente não acontece atualmente.
Uma bolsa a cada compra
A maioria das pessoas compra as
ecobags e não utiliza constantemente. Elas ficam esquecidas nos armários e em
alguns casos, o consumidor chega a comprar uma sacola por vez que vai às
compras, aumentando a demanda.
O relatório mostrou que os sacos de papel são
usados só uma vez. Já os de algodão vão ao supermercado 51 vezes antes de ser
descartados.
Que tipo
de saco usar
Todo saco causa impacto ao meio
ambiente, sendo assim, a melhor solução ainda é utilizar o carrinho de compras
ou boas sacolas de palha, daquelas que se encontram com a maior facilidade nas
feiras e mercados brasileiros. Outra opção é manter a antiga bolsa de pano ou
utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos.
Para
saber
Na Alemanha, quem não anda com
sua própria sacola a tiracolo é obrigado a pagar uma taxa extra pelos sacos. Na
Europa, vários países já evitam a entrega gratuita desse tipo de material. Na
Irlanda, desde 1997, paga-se imposto por cada saco plástico usado. A criação da
taxa estimulou os irlandeses a fazerem compras com suas próprias sacolas de
pano, de palha e mochilas.
Em algumas cidades americanas a utilização de
sacos plásticos foi proibida em supermercados e farmácias. Somente as sacolas
feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas.
Que tal seguir o exemplo? A natureza agradece.
Fonte: www.oieduca.com.br
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