Importância Da Educação Ambiental Para A Sociedade Sustentável
A educação é um processo contínuo
e duradouro, o processo de aprendizagem é um fator relevante na formação do
sujeito e da cidadania, pois o processo de aprendizagem tem início quando o
indivíduo nasce e só termina quando a vida cessa, pois a aprendizagem acontece
de modo permanente durante a vida doméstica, escolar e social. Permanecendo
durante todo o tempo em que a mente se mantenha ativa.
A escola depois do advento dos
PCN`s Parâmetros Curriculares Nacionais têm a função de formar um cidadão
critico e atuante. Sendo assim, a cidadania é fator relevante, mas educar para
a cidadania não é um processo fácil que acontece de um tempo para outro, pois
envolve muitos fatores ambientais, sociais e educacionais. A educação ambiental
é importante na sociedade de risco que se tem atualmente, a crise ambiental, o
aquecimento global, o aumento da população mundial e outros fatores intrínsecos
a sociedade contemporânea.
Educar para a sustentabilidade e
a cidadania planetária é o novo desafio da educação, a sociedade atual se ver
forçada a pensar sobre a sua existência e os impactos que causa ao ambiente e,
sobretudo, suas consequências se faz necessário discutir a educação sustentável
a partir da educação para o consumo consciente, esse é o primeiro passo a
sustentabilidade da sociedade como um todo.
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE
Educação Ambiental é um novo
conceito de educação voltada para a sustentabilidade do ambiente e da sociedade
que se ver as voltas com problemas ambientais que podem ser revertidos, bem
como outros que não podem mais ser modificados. Neste contexto, a mudança de
hábitos e paradigmas tem a escola como principal meio de difusão para a
melhoria da qualidade de vida das pessoas em geral.
Ainda existe muita confusão com
relação aos conceitos básicos da ecologia, por isso é preciso mostrar que ser
ecológico ou estudar ecologia não precisa slogans do tipo, “salve o planeta”,
“não preciso do meio ambiente quero ele interiro”.
Com relação a educação ambiental
no Brasil ainda é preciso orientações sobre a prática da educação ambiental,
pois a mesma deve ser voltada para a mudança de postura, hábitos e paradigmas
para a sustentabilidade ser uma realidade. Em outras palavras é preciso que uma
diretriz que seja voltada para o exercício da educação ambiental na formação da
cidadania.
Uma possibilidade é assumir a transformação
individual como meio para a sociedade brasileira atingir, ao longo de um certo
tempo, uma conduta ambientalmente responsável (transformar-se para
transformar). Um outro direcionamento, ao contrário do anterior, considera a
transformação individual como decorrente do engajamento do sujeito num projeto
coletivo para construção de práticas sociais ambientalmente saudáveis
(transformar-se transformando).
Durante milhares de anos o homem
fez uso dos recursos naturais de forma irresponsável, tinha-se a falsa ideia de
que todos os recursos incluindo a água eram renovável e inesgotável, porém a
realidade tem mostrado outras realidades muitas delas não promissora.
Mas a partir da revolução
industrial ocorrida no final do séc. XIX houve uma grande transformação na
quantidade e na composição dos resíduos gerados pela sociedade. É possível
lembrar que a destruição da natureza ou da base material da produção
caracteriza a crise ecológica como uma crise de civilização.
A problemática do lixo é uma
questão urgente e essencial para a qualidade de vida no planeta. O crescimento
desordenado das grandes cidades provocado pela expansão da atividade industrial
ocasiona impactos ambientais serissimos, prejudicando as condições de saúde da
população urbana. Os problemas causados
pelo lixo quando descartado em local inapropriado é um fator que pode causar
problemas de saúde a uma população inteira, partindo do principio que até mesmo
os recursos naturais são contaminados e que o homem está localizado no topo da
cadeia alimentar, isso implica que o homem é o principal agente contaminante e
o principal agente sofredor das consequências da sua imprudência.
Entende-se por consumo
sustentável o consumo de bens e serviços promovido com respeito aos recursos
ambientais, que se dá de forma que garanta o atendimento das necessidades das
presentes gerações, sem comprometer o atendimento das necessidades das futuras
gerações. A promoção do consumo sustentável depende da conscientização dos
indivíduos da importância de tornarem-se consumidores responsáveis. Depende
ainda de um trabalho voltado para a formação de um “consumidor cidadão.
Esse trabalho educativo é
essencialmente político, pois implica a tomada de consciência do consumidor do
seu papel de ator de transformação do modelo econômico em vigor em prol de um
novo sistema, de uma presença mais equilibrada do ser humano na Terra. O
consumidor é ator de transformação, já que tem em suas mãos o poder de exigir
um padrão de desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado.
A contextualização é a forma de
integrar a educação ambiental no contexto da comunidade do local onde será
aplicada. Este contexto é cultural, social, laboral, religioso, técnico e
científico.
Há novas denominações para
conceituar Educação ambiental cunhadas a partir do final da década de 80 e
início da de 90. Entre essas: alfabetização ecológica, educação para o
desenvolvimento sustentável, educação para a sustentabilidade, ecopedagogia e
educação no processo de educação ambiental.
Entendemos que a Educação
Ambiental decorre de uma percepção renovada de mundo; uma forma integral de ler
a realidade e de atuar sobre ela. Nesse novo paradigma, a proposta educativa
envolve a visão de mundo como um todo e não pode ser reduzida a apenas um
departamento, uma disciplina ou programa específico. Ela deve estar inserida na
vida e no cotidiano de todos os indivíduos.
Educação Ambiental é uma proposta
de filosofia de vida que resgata valores éticos, estéticos, democráticos e
humanistas. Seu objetivo é assegurar a maneira de viver mais coerente com os
ideais de uma sociedade sustentável e democrática. Conduz a repensar velhas
fórmulas e a propor ações concretas para transformar a casa, a rua, o bairro,
as comunidades. Parte de um princípio de respeito à diversidade natural e
cultural, que inclui a especificidade de classe, de etnia e de gênero, a
educação deve ser o portal para o desenvolvimento sustentável e essa
sustentabilidade é o novo paradigma do desenvolvimento econômico e social.
A "urgência da proteção à natureza
e da relação necessária e imediata da ecologia com o desenvolvimento sócio econômico".
Desde então, inicia-se uma corrida na "tentativa de se reduzir as relações
conflituais entre natureza/meio ambiente e desenvolvimento sócio econômico".
A causa fundamental do problema
do lixo situa-se na existência de padrões de produção e consumo não
sustentáveis, o que leva ao aumento, em um ritmo sem precedentes, da quantidade
e da variedade dos resíduos persistentes no meio ambiente. Essa tendência,
segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), pode triplicar ou
quadruplicar a quantidade de resíduos sólidos gerados até 2025, necessitando de
uma abordagem preventiva centrada na transformação do estilo de vida e dos
padrões de produção e consumo, o que ofereceria maiores possibilidades de
inverter o sentido das tendências atuais. (Agenda 21)
A problemática do lixo é uma
questão urgente e essencial para a qualidade de vida no planeta. O crescimento
desordenado das grandes cidades provocado pela expansão da atividade industrial
ocasiona impactos ambientais seríssimos, prejudicando as condições de saúde da
população urbana.
O capitalismo que é o regime de
governo adotado pela grande maioria dos país em todo o mundo é a principal
fonte da produção de impactos ambientais, hoje se corre sérios riscos devido a
produção e o consumo de recursos naturais de modo desordenado, os pais em
desenvolvimento acabam pagando com as suas riquezas naturais o luxo dos países
desenvolvidos, esse sistema é feroz e hostil.
EDUCAÇÃO
E A CRISE CAPITALISTA
A educação é um elemento
fundamental para o desenvolvimento de uma nação, no Brasil a carta magna afirma
que a educação é um direito de todos e um dever do estado, mas o que se percebe
pé que existe uma disparidade entre o ensino de qualidade pago, e o ensino
público oferecido pelo governo.
A exclusão é a principal
característica desse sistema, pois impõe barreiras para entre os pobres e
ricos, uma vez que o ensino de qualidade não é uma regra, mas está intimamente
relacionado com o poder aquisitivo, gerando assim um ciclo vicioso, pois quem
pode ter a educação de qualidade implica em ficar com os melhores empregos e
renda, logo, a educação no Brasil consiste na preparação para mão de obra,
gerando um desconforto e um abismo dentro da sociedade, entre os cidadãos.
Essa ideia de preparação de mão de
obra, obviamente, está voltada muito mais ao campo técnico do que propriamente
humano. A preocupação com que o trabalhador aprenda a ler, escrever e contar
não tem nada de edificante ou humanitário, muito menos filantrópico. Para
citarmos alguns exemplos, o aprendizado da leitura pode ser para poder manusear
qualquer manual de instruções; escrever, para poder emitir um relatório de
produção, e contar para não colocar uma unidade a mais do produto na embalagem.
Esta mentalidade é o supra sumo da exploração capitalista.
Portanto, desde o início o papel
da educação é de importância vital para romper com a tradição predominante nas
escolhas políticas do estado e da burguesia que seu interesse de classe, pois
também esta contra consciência exige a participação concisa da sociedade, que
vai muito além da luta econômica pela sobrevivência.
FINALIZANDO
Concluímos então que a
necessidade de ter uma educação voltada para a cidadania e a sustentabilidade,
a necessidade urgente de mudar hábitos milenares e a construção de novos
paradigmas educacionais são, fatores relevantes para a formação do cidadão
critico e atuante a qual a escola tem a pretensão de formar. O planeta passou
por mudanças significativas devido ao impacto causado pela ação antrópica e
esses impactos são sinais de que o homem não tem tratado o ambiente com o
devido respeito.
A transversalidade, a
interdisciplinaridade e a sustentabilidade devem ser sempre incluídas nos
currículos escolares e trabalhados de modo a reverter o quadro que se tem de
cidadania. O consumo responsável deve ser instigado, não que precise parar de
consumir, mas consumir de modo responsável é fundamental para uma população que
cresce vertiginosamente.
Neste contexto a educação
ambiental tem papel relevante e deve está incluso de modo mais abrangente, hoje
é preciso mudar individualmente para se mudar a coletividade, ou seja, é
preciso agir localmente e pensar globalmente, pois a coletividade o principal
eixo das grandes mudanças seja elas, sociais, intelectuais e educacionais, o
homem precisa aprender a dividir, a sociabilizar principalmente o conhecimento.
O papel do educador é trabalhar
pequenas mudanças diárias que podem fazer a diferença na sociedade capitalista
que se tem atualmente.
Fonte: www.artigonal.com
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