Seres Humanos nas Deficiências
Vivemos num dos maiores Países! O
terceiro em extensão territorial. É um País rico, detentor do maior
ecossistema, destacando-se em todo o cenário mundial por suas matas, flora e
fauna, além das riquezas minerais que o classifica entre os de maiores economias
do planeta. Somos hoje a terceira maior democracia do mundo.
É um País sem guerras, sem
vulcões, sem terremotos. Entretanto ainda se situa entre os de terceiro mundo.
Como todo País em
desenvolvimento, tem os seus problemas: com a educação, com a segurança, com a
saúde, e muitos outros. Entre esses, está a situação das pessoas com
deficiência, cuja noção está ligada ao problema geral da exclusão. Vítimas de
problemas congênitos, enfermidades ou causas traumatológicas, perfazem 14,5% de
todo o seu contingente, conforme o censo realizado no ano 2000.
Como toda minoria, essas pessoas
são relegadas a segundo plano, tendo em vista não existir consciência popular
valorativa sobre os seus potenciais, como se a cabeça estivesse na disfunção de
um membro locomotor ou no atrofiamento de um braço.
Ter um defeito físico, andar numa
cadeira de rodas, geralmente significa ser inválido, estar cerceado do sagrado
direito de sustentar-se com o fruto do próprio trabalho. É a chamada rotulagem
despreziva que tanto mal nos faz. Os órgãos estatais fecham as portas. E para
qualificar-se nem se fala, pois as barreiras arquitetônicas das escolas relegam
o aluno, logo no primeiro dia de aula, bem como o mobiliário das cidades e o
transporte coletivo, que não são planejados para esses “imperfeitos seres”.
A discriminação, também, por
parte da própria família, que tem por tradição esconder os seus deficientes, é
a mais crucial, numa mostra, sem dúvida, de preconceito e desumanidade. É o
retrato de um País que não encara os seus problemas, não sabe transformá-los,
aceitando, apenas, os fortes, perfeitos e vencedores.
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