Pensar globalmente, Agir localmente


Em outras palavras, a frase acima questiona basicamente o seguinte: O que o ser humano tem procurado consumir é apenas o suficiente para o dia-a-dia?
No princípio o homem se preocupava apenas com o seu bem estar, como se os recursos naturais fossem infinito. Com o passar dos tempos, a paisagem de um planeta natural, totalmente recoberto por árvores, rios limpos, solo perfeito foi desaparecendo, sendo substituído por um ecossistema artificial. O resultado é esse: Hoje vivemos uma sucessão de catástrofes naturais estranhas e inusitadas como nunca antes foram vistas em nosso planeta.
Sustentabilidade é a palavra da vez, entretanto é muito mais do que uma palavra da moda, significa muito mais do que mostrar para as pessoas que o “ser sustentável” é uma forma de vida e a única maneira de permitir que nosso planeta se recupere para que possamos viver em paz e por muito tempo ainda com os recursos naturais que ele tem para nos fornecer. Com os problemas provocados pelas mudanças climáticas aumentando em toda parte do planeta, as pessoas começaram a se interessar mais e mais pelo assunto.
Segundo a matéria da Revista Veja, para retornarmos à sustentabilidade do Planeta existente em 1976, teríamos de reduzir o consumo em 33%, nos próximos 20 anos. Isso exigiria uma verdadeira revolução comportamental, no tocante ao uso dos recursos, interações com o ambiente e, principalmente, quanto aos hábitos de consumo.
Nossa diversidade de fauna e flora está completamente ameaçada. Se o assunto é Floresta Amazônica, temos o desmatamento ilegal e predatório. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Um relatório divulgado pela WWF (ONG dedicada ao meio ambiente) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500. A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Com isso, está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as gerações atual e futuras.
Diminuir a quantidade de partículas poluentes emitidas no ar aumenta a expectativa de vida, como constata um novo estudo publicado no "New England Journal of Medicine". Os pesquisadores avaliaram dados populacionais de 51 áreas metropolitanas dos EUA de 1978 a 1982 e de 1997 a 2001. Eles constataram que o decréscimo de dez microgramas por metro cúbico de partículas poluentes finas (que causam os danos mais sérios ao organismo) estava associado a um aumento médio de sete meses na expectativa de vida. E concluíram que a redução da polução influenciou em 15% a melhora total da expectativa de vida nessas localidades que teve aumento de cerca de três anos durante o período avaliado. "Este é o estudo mais importante já feito sobre poluição atmosférica. No sentido contrário da pesquisa, ele diz que resultados preliminares de um estudo desenvolvido no instituto, ainda não divulgado, mostram que os poluentes emitidos pelos veículos na cidade de São Paulo diminuem em um ano a expectativa de vida dos paulistanos. "Podemos dizer que ocorrem 19 mortes por dia decorrentes da poluição. Constatamos na pesquisa que as perdas causadas por essas mortes chegam a R$ 1 bilhão por ano."
Sabemos que a atividade humana fatalmente produz muitos resíduos, principalmente lixo proveniente de atividades domésticas, industriais e da construção civil. A indústria de papel e plásticos produz muitos dejetos agressores de corpos d'água e da atmosfera, causando um déficit ambiental grave. A pergunta é: O que devemos fazer com isso? A resposta a essa pergunta atinge um caráter de urgência quando percebemos claramente os sinais de degradação e constatamos que o planeta sente, como nunca, o impacto das ações predatórias longamente praticadas pelo ser humano.  
Cidadania possui estreita ligação com meio ambiente a partir do momento em que decidimos aplicar sustentabilidade em sua própria casa. Como? Na verdade é simples; você pode promover o ensino da cultura sustentável entre familiares, amigos e vizinho. Pode trabalhar de uma forma mais sustentável desde a construção ou da reforma de sua própria casa economizando recursos como água e energia e utilizando-se de material de construção certificado e oriundo de empresas que tenham uma postura sustentável também. Trate seu esgoto corretamente. Não queime lixo ou outros detritos. Caso seja uma boa opção; capte a água da chuva e utilize-a para a limpeza; para descarga em vasos sanitários e para coisas onde o uso da água potável represente um desperdício. Use produtos de limpeza menos agressivos e totalmente biodegradáveis. Jamais jogue lixo nas ruas ou em locais impróprios. Desligue as luzes ao sair do ambiente iluminado. Não escove os dentes, barbeie-se ou lave roupas com a torneira aberta nos momentos em que a água não é necessária. Use menos ar condicionado e abra a geladeira apenas quando souber o que vai apanhar em seu interior.
Pensar globalmente, Agir localmente
O conceito que contribui para mudar o comportamento educacional do cidadão é introduzirmos a noção que cada um dos bilhões de seres humanos que habitam o planeta deve fazer a sua parte. Preservar o meio ambiente é preservar a própria pele, e fragilizar o meio ambiente, é fragilizar a economia, o emprego, a saúde etc. O certo é que não existe saída se não houver uma alteração nos costumes predatórios. É imprescindível que cada vez mais os cidadãos tomem conhecimento do seu papel enquanto agentes de conscientização e responsabilidade ambiental, optando decididamente pelos produtos de empresas comprometidas com o meio ambiente e a qualidade de vida da sociedade. Podemos sim visualizar uma “luz no fim do túnel” conforme cada um despertar para a urgência do agora.
Nossa casa não é exclusivamente a residência onde moramos, nossa casa é o planeta. É urgente fazer com que nossas populações questionem o seu modo de vida e fazê-las entender que se os recursos do planeta não tiverem “a oportunidade” de renovarem-se e de sustentarem-se sob a pressão de uma demanda constante de consumo exacerbado, a vida no planeta como a conhecemos acabará de forma dramática e somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. Não estamos falando do futuro, mas sim do presente, não adianta olhar para trás e chorar as águas poluídas e as árvores derrubadas. Nosso planeta já esta com uma população superior à sua capacidade natural, porém não tem mais volta. O segredo está em unirmos nossas forças e trabalharmos em prol de um desenvolvimento sustentável.

Comentários

Postagens mais visitadas