Oxigênio um presente dos mares
O maior
produtor de oxigênio são os oceanos e mares em virtude das algas serem grandes
produtoras de oxigênio
Se a Amazônia não é o pulmão do
mundo, qual é então? Afinal, o que produziu o oxigênio da atmosfera da Terra e
ainda mantém os seus níveis praticamente constantes? A maior parte da teorias
afirma que o oxigênio foi originalmente levado à atmosfera pelo processo da
fotossíntese. Portanto, segundo essa hipótese, foram os vegetais primitivos, as
algas e o fitoplâncton - pequenos organismos que vivem, aos milhões, suspensos
na água do mar - os responsáveis pela produção e acúmulo do gás na atmosfera
terrestre.
Os oceanos sempre ocuparam e
continuam ocupando um lugar central na vida do planeta e no seu equilíbrio
ambiental. Os mares e oceanos foram e ainda são o berço da vida e representam
sistemas imprescindíveis para a sua manutenção. Os oceanos são a principal
fonte de água, essencial para todas as formas de vida terrestre. As nuvens se
originam através da evaporação das águas dos oceanos. Levadas pelos ventos,
essas nuvens irrigam as áreas continentais. Os oceanos são ainda os maiores
produtores de oxigênio e consumidores de CO2, ou gás carbônico, do planeta.
São, eles sim, o verdadeiro “pulmão do mundo”, ao contrário do que se propaga
sobre a Amazônia. O mecanismo de absorção do CO2 faz com que o gás carbônico
(um dos principais agentes do efeito estufa) absorvido pelo fitoplâncton
existente na superfície do mar se precipite para as grandes profundidades,
demorando séculos para retornar à atmosfera. Assim, as massas oceânicas exercem
um mecanismo fundamental no controle de um processo que, se alterado drasticamente,
pode representar o maior desastre ambiental da história da humanidade. As
estimativas são de que os oceanos e mares contenham mais de 20 vezes a
quantidade de CO2 em comparação com todas as florestas e outras biomassas
terrestres.
Uma das barreiras ao
desenvolvimento da vida no planeta há cerca de 1 bilhão de anos, era a
intensidade das radiações ultravioleta da luz solar. Nessa época, o
fitoplâncton e as algas somente conseguiam sobreviver a grandes profundidades.
Quando, graças à atividade fotossintética, o oxigênio atmosférico chegou a 1
por cento de seu nível atual, há aproximadamente 800 milhões de anos, foi
possível a formação de moléculas de ozônio (O3) em número suficiente para
filtrar os raios ultravioleta. Isso permitiu que o fitoplâncton migrasse para
as camadas superiores dos mares, mais iluminadas pelo Sol. O resultado foi um
aumento exponencial da fotossíntese nos oceanos, levando à rápida formação do
oxigênio.
Outras teorias sustentam que o
oxigênio, ou pelo menos a maior parte dele, teve origem inorgânica, a partir da
fotodissociação da molécula de água. A fotodissociação consiste na separação de
um átomo de oxigênio da molécula H2O, devido às radiações ultravioleta. Embora
essa hipótese tenha seus defensores, as evidências fósseis e geológicas indicam
que o oxigênio teve mesmo origem nos oceanos, confirmando a vocação da água
como a grande fonte de vida na Terra.
Fonte: www.super.abril.com.br
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