Transhumanismo
Mais inteligente, mais saudável,
mais feliz transcender-se para frente, nos experimentos, na novidade!
O movimento transhumanista
defende o uso da ciência e tecnologia para aumentar a inteligência, a
longevidade e o bem-estar dos seres humanos, bem como para eliminar o
sofrimento, tanto quanto possível, de todos os seres. Transhumanistas
consideram certos aspectos tais como as deficiências físicas e mentais, o
sofrimento, a doença, o envelhecimento e a morte involuntária, como
desnecessários e indesejáveis. Eles se voltam para a biotecnologia e
tecnologias emergentes para estes propósitos.
Ele é
simbolizado por >H ou H+
Ao invés de façanhas memoráveis,
literatura ou esportes, para os transhumanistas, este anseio é
instrumentalizado pela ciência e assumidamente objetiva transformar a condição
humana, aprimorando-a. Com as faculdades físicas e cognitivas melhoradas, os
transhumanistas aspiram aumentar o bem-estar dos seres senscientes e explorar
os confins do Cosmo.
Assim como os humanistas, os
Transhumanistas enaltecem a razão, o processo, o método científico e o
bem-estar humano. Todavia, os transhumanistas declaram os limites humanos
através da ciência e da tecnologia, vislumbrando, na humanidade, um estágio
transitório no desenvolvimento evolucionário da inteligência do físico Freeman
Dyson ” a humanidade parece-me como um começo magnífico, mas não a última
palavra.”
HISTÓRIA
Os objetivos transhumanistas são
tão antigos quanto a humanidade, para ficar entre os exemplos mais evidentes
basta lembrar-mos dos egípicios, na antiguidade, e dos alquimistas na idade
média. Da mesma forma, um estado de felicidade suprema e imortalidade da alma (
isto é, uma forma de controlar a morte ) é a promessa fundamental por trás de
todas as religiões.
Os transhumanistas compartilham
objetivos como a imortalidade, perseguida pelos egípcios na antiguidade e pelos
alquimistas na idade média, dentre tantos outros que remontam à aurora da
civilização.
A conquista do ideal da beleza e
da perfeição, semideuses ciumentos com poderes supra-humanos, criaturas
estranhas e superinteligentes como os centauros: o futuro da humanidade
lembrará em algum aspecto o passado mitológico?
O movimento intelectual que
advoga o emprego da ciência moderna (que conta com apenas 400 anos) para
alcançar estes objetivos, todavia, é bastante recente. O termo transhumanismo
foi criado pelo biólogo Julian Huxley em 1957, que o definiu como a doutrina do
“homem continuando homem, mas transcendendo, ao perceber novas possibilidades
de e para sua natureza humana”. A concepção atual do termo, no entanto, difere
significativamente da definição de Huxley.
Em 1966, FM-2030 (antes F.M.
Esfandiary), um futurista estadunidense da New School University, começou a
identificar como “transumano” (uma referência a “humano transitório”) — ”pessoas que adaptavam tecnologias, estilos
de vida, e visões de mundo transicionais a uma pós-humanidade.” Embora bastante
próxima da concepção atual, a definição de FM-2030 era ainda mais ampla que a
atual.
FM-2030, um dos precursores do
movimento transhumanista, definia-se como “uma pessoa do século XXI
acidentalmente lançado no século XX, tendo uma profunda nostalgia do futuro.”
Nascido em 1930 e falecido em 2000, FM-2030 encontra-se em congelado (suspensão
criônica) na Alcor Life Extension).
A atual
O uso do termo transhumanismo no
sentido atual é creditado a Max Moore, significando a filosofia que diz que
podemos e devemos nos desenvolver a níveis maiores, seja fisicamente,
mentalmente ou socialmente, usando a tecnologia.
Alguns dos objetivos comuns aos
transhumanistas são a eliminação da pobreza e sofrimento humanos, a cura das
deficiências físicas e mentais, o aumento da inteligência humana, o
prolongamento indefinido do tempo de vida do ser humano, visando a
imortalidade, a criação de inteligência artificial e a exploração espacial.
Transhumanistas compartilham o
entendimento de que a evolução dos seres humanos não deve continuar entregue (a
não ser por aqueles que assim o desejarem) a um processo randômico de mutações.
Ao contrário: os próprios humanos devem interferir, buscando o melhor caminho
possível, na sua própria evolução.
Transhumanistas auto-declarados
encontram-se espalhados pelo mundo, representando, segundo Michael Anissimov,
um grupo de cerca de 10.000 pessoas, com uma rede social de aproximadamente
US$3bilhões.
O país com o maior número de
adeptos são os EUA, com destaque para a Califórnia, estado símbolo da riqueza e
bem-estar norte-americano, concentrando empresas e instuições de pesquisa que
se encontram na fronteira da ciência. Foi na Universidade da Califórnia em Los
Angeles, na década de 80, onde se reuniram as primeiras pessoas auto-declaradas
transhumanistas. Na mesma Califórnia, em 2009, foi fundada a Singularity
University.
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