Nióbio: A riqueza desprezada pelo Brasil
Países ricos gostariam de tê-lo
extraído do seu solo, enquanto o Brasil dispensa pouca importância a esse
mineral com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações.
O nióbio, símbolo químico Nb, é
muito empregado na produção de ligas de aço destinadas ao fabrico de tubos para
condução de líquidos. Como curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega
Níobe que era filha de Tântalo que foi responsável pelo nome de outro elemento
químico, tântalo.
O nióbio é dotado de elasticidade
e flexibilidade que permitem ser moldável. Estas características oferecem
inúmeras aplicações em alguns tipos de aços inoxidáveis e ligas de metais não
ferrosos destinados à fabricação de tubulações para o transporte de água e
petróleo a longas distâncias por ser um poderoso agente anti-corrosivo,
resistente aos ácidos mais agressivos, como os naftênicos.
Inúmeras são as aplicações do
nióbio, indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à
produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria
aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e
equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas
as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em
supercondutor.
O elemento nióbio recebeu
inicialmente o nome de “colúmbio”, dado por seu descobridor Charles Hatchett,
em 1801. Não é encontrado livre no ambiente, mas, como niobita (columbita). O
Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor
mundial de nióbio, e o consumo mundial é de aproximadamente 37 mil toneladas
anuais do minério totalmente brasileiro.
As
pressões externas que subjugam o povo brasileiro
Ronaldo Schlichting,
administrador de empresas e membro da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente
artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a
atenção sobre a “Questão do Nióbio” e convoca todos os brasileiros para que
digam não à doutrina da subjugação nacional. Menciona que a história do Brasil
foi pautada pela escravidão das sucessivas gerações de cidadãos submetidos à
vergonhosa doutrina de servidão.
Schlichting, de forma
oportunista, desperta na consciência de todos que “qualquer tipo de riqueza
nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana,
industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte,
biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída,
passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus
‘testas de ferro’ locais”.
Identificam-se, nos dizeres do
membro da Liga de Defesa Nacional, as estratégias atualmente aplicadas contra o
Brasil nesta guerra dissimulada com ataques transversais, característicos dos
combates desfechados durante a assimetria de “4ª Geração”. Os brasileiros têm que ser convencidos de que
o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico. Os inimigos
são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem
do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há
inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo
ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas,
entreguistas, corruptos, lobistas e traidores. O povo na sua esmagadora maioria
desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum
tipo de reação. Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam
volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs,
religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as
instituições e autoridades nacionais para consequentemente solaparem a moral do
povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no
momento no Brasil.
As ações
objetivas efetuadas
A sobretaxação do álcool
brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não
aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União
Europeia (UE); a acusação do jornal inglês “The Guardian” de que a avicultura
brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a
internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi
(RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2,
em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e
incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas. Elas
deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração,
que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN),
lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.
É importante chamar a atenção dos
brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é
para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para
20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas,
muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas
indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2
abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.
Esta subserviência do Brasil vem
de longa data conforme pontifica Ronaldo Schlichting. Ela vem desde “o
Império”, sendo adotada já no alvorecer da “República” e pode ser exemplificada
por “ONGs, fundações, igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos,
fóruns, centro de estudos e outras arapucas”.
As
diversas aplicações do Nióbio
Entre os metais refratários, o
nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo
emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta
resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar
altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o
nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do
nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras,
cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de
trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos,
e óticos de precisão.
O descaso
nas negociações internacionais
A Companhia Brasileira de
Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira
Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de
Minas Gerais.
Segundo o artigo de Schlichting,
que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2003:
“Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles
e da multinacional Molycorp…” E, complementa que “uma ONG financiou projetos do
Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o ‘Fome
Zero’, que integra o programa de governo do presidente eleito”.
O Brasil como único exportador
mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase
100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto
que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar
de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 – $ 90,00 = $
138,57. Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é “sucesso
de enganação”. O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de
progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de
verdadeiro é a concretização de maus negócios.
Nas jazidas de Catalão e Araxá o
nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior,
refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação
comercial com total prejuízo para a população do país? É muito descaso com as
questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os
EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o
único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação
total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.
Deve ser frisada a grande
importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de
territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já
divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam a desmoralização das
instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado
nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às
universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais
são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país. Uma gama extensa
de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar
a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil
não tem mais jeito.
A questão do nióbio é tão
vergonhosa que na realidade o mundo todo consome 100% do nióbio brasileiro,
sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos
de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de
dólares anuais.
Ronaldo Schlichting, no seu
artigo publicado, ressalta que “no cassino das finanças internacionais o jogo
da moda é chamado de ‘mico preto’, cujo perdedor será aquele que ao fim do
carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar”. É, devido à
incompetência do governo brasileiro e do ministro da Fazenda, quem ficou com o
mico preto foi o povo brasileiro, o papel pintado, falso, sem valor, chamado de
dólar.
O que está ocorrendo é que o
Brasil está vendendo todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o
pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição
ao país e ao povo brasileiro.
Fonte: www.opiniaoenoticia.com.br
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