GERAÇÃO Z: Sustentáveis, exigentes e seus futuros clientes
Sua
empresa está preparada
Termos como “produtos
ecologicamente corretos”, “sustentabilidade” e “meio ambiente” permeiam a
mídia, a política, os encontros empresariais, o mundo. Mas, a sustentabilidade
ainda não é hábito no cotidiano da atual geração consumidora. Este é um período
de transição na educação ambiental da população e, apesar das empresas já
estarem agindo, precisam firmar a tomada de iniciativas que visam o futuro.
Ainda são poucos os frutos de propostas e mesmo ações no presente, quando o
consumidor ainda não está preparado e nem aprova completamente o produto ou a
intenção, mas a questão é a futura geração de consumidores.
Conhecidos como geração Z, são
críticos, dinâmicos, tecnológicos e tendem a transformar as intenções
ecologicamente corretas de agora em hábito, preferência e ações. Nascidos a
partir de meados dos anos 90, esses ainda meninos e meninas lêem atenciosamente
os rótulos, se preocupam efetivamente com o meio ambiente, são ensinados desde
a escola da importância da natureza e, principalmente, já incluem no cotidiano
os costumes de uma vida sustentável. E como preparar sua empresa para esses
futuros clientes? As ações estratégicas com foco no futuro são suficientes para
conquistar essa nova geração de compradores? E quando, além de projeções,
também são necessários resultados imediatos?
A mudança necessária para atender
às necessidades e vontades dos “consumidores sustentáveis” exige planejamento e
paciência. Mas, acima de tudo, exige ação a partir do presente. É preciso um
trabalho de educação ambiental dos consumidores atuais, porém, só a
disseminação da importância da preservação do meio ambiente pode não ser
suficiente para a real conscientização. Exemplos dentro das empresas, como as
que vendem produtos sustentáveis, mas não fazem ao menos coleta seletiva dentro
da própria linha de produção ou escritórios, mantêm as intenções nas ideias e
longe dos costumes.
Alguns empreendimentos, por
exemplo, lançaram versões mais ecológicas e baratas de produtos, como o sabão
em pó Ariel Ecomax, que produz menos espuma e reduz o número de enxágues, ou o
papel higiênico Neve Naturali, feito a partir de aparas selecionadas e
compactado, economizando embalagem. Mesmo com esse cuidado com o meio ambiente,
esses produtos ainda são menos vendidos que suas versões tradicionais. A
maioria dos clientes prefere manter-se fiel aos produtos de sempre.
Outro ponto a se pensar é a
dificuldade em encontrar esses produtos, visto que muitos deles são vendidos
apenas em lojas especializadas. Os poucos encontrados nos supermercados são, em
sua grande maioria, mais caros que os convencionais, ou seja, produtos
ecologicamente corretos ainda não estão ao alcance de todos.
Para suprir as necessidades dessa
nova geração, o empresário precisa arriscar na criação de diferentes conceitos.
Mas lembre-se, atingir os consumidores e se preparar para as exigências dos
futuros clientes não significa esquecer as características que fizeram com que
esses consumidores se tornassem leais à sua marca. Inovação pode ser a grande
diferença entre perdurar ou não no mercado, ainda mais com esses pequenos
futuros consumidores, que aprovam e querem consumir o novo e o sustentável.
Algumas empresas já iniciaram
campanhas focadas especialmente nestes novos clientes. Um exemplo de ações para
o futuro é o “Danoninho para Plantar”. Cada bandeja do produto da Danone traz
consigo um sache com sementes de flores e hortaliças que contém instruções para
se plantar no próprio potinho, além de um código que permite a criança plantar
uma “árvore virtual” na Floresta do Dino, no site da empresa. Cada “árvore
virtual” plantada ajuda no reflorestamento da Mata Atlântica. Esse é um exemplo
de como investir em consumidores do futuro, ao mesmo tempo em que se cria ações
ecológicas no presente.
Assim como não se pode deixar de
disseminar a importância da preservação do meio ambiente e agir em prol disso,
é preciso se preparar para essa nova geração consumidora. Os futuros
compradores querem, além de planejamento, mudanças reais nos produtos,
princípios e atitudes das empresas. Preparar-se para essa nova fase é difundir
informação e renovar os hábitos em benefício do planeta, e transformar a
sustentabilidade tão exigida por esses novos clientes de discurso para ações
concretas.
Fonte: www.qualidadebrasil.com.br
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