Comunicação para a Parceria Ambiental
Ninguém, por mais poderoso que
seja, tem o poder de salvar sozinho o Planeta. As pessoas e as instituições
sabem disso e cada vez mais buscam o diálogo e a parceria. Neste cenário, as
instituições e multiplicadores de opinião precisam de informação correta sobre
quem é quem, e o que ocorre no meio ambiente, a fim de manterem-se em dia com
os acontecimentos e ao mesmo tempo estabelecerem suas estratégias de ação e
escolher parceiros.
O problema é que, apesar de
existir uma grande quantidade de informações disponíveis sobre meio ambiente,
elas encontram-se dispersas e pouco sistematizadas e isso prejudica o
estabelecimento de parcerias e mesmo a mobilização da cidadania ambiental. Os
diferentes atores envolvidos na tarefa de democratizar a informação ambiental,
embora demonstrem grande disposição para troca de experiências, ainda têm pouco
conhecimento sobre as atividades de seus pares. Daí a grande importância de
ferramentas como a REBIA – Rede Brasileira de Informações Ambientais, proposta
pelo autor no site www.portaldomeioambiente.org.br para a construção de
“espaços” de diálogo e trocas presenciais e virtuais, mas que também criem
formas de sistematização e disponibilização dos conteúdos e informações
produzidas.
Entretanto, se o grande público
ainda vê a questão ambiental de forma meio romântica, com se fosse um tema mais
ligado às plantas e aos bichos, os multiplicadores e formadores de opinião, por
outro lado, absorveram o tema de forma muito mais profunda. O divisor de águas
foi a RIO 92. Antes, quem mais se dedicava ao tema ambiental eram os chamados
ambientalistas, vistos quase sempre como ‘eco-chatos’. Após a RIO 92, a questão
ambiental foi absorvida também mais intensamente por associações de moradores,
sindicatos, governos, empresas e o movimento ecológico deixou de ser uma voz
solitária a pregar num deserto.
Também cresceu a percepção de que
a solução dos problemas ambientais e a gestão ambiental, assim como a
implantação das Agendas 21 locais, os processos de licenciamentos ambientais
para atividades poluidoras e a definição dos limites e modelo de crescimento
locais, dependem fundamentalmente da capacidade de Governos, Empresas,
Universidades estabelecerem parcerias e diálogo entre si e com as instâncias
organizadas da Sociedade Civil, como as ONGs (Organizações Não-Governamentais),
tanto ambientalistas quanto comunitárias, sindicais, profissionais, etc. É
consenso entre todos de que só há diálogo e parcerias se houver também
informação de qualidade, transparente e, sobretudo, com fluxo permanente.
Este segmento da sociedade
brasileira interessada nas questões ambientais dispõem de alguns poucos e
heróicos veículos especializados em meio ambiente como o Jornal do Meio
Ambiente, editado pelo autor, a Folha do Meio Ambiente (DF), o Jornal Terramérica
(SP), as revistas JB Ecológico, Eco 21, Ecologia & Desenvolvimento,
Saneamento Ambiental, Meio Ambiente Industrial, Gerenciamento Ambiental, entre
outros, em sua maior parte distribuídos nacionalmente e por mala direta. Isso
demonstra que, apesar de não ser em número suficiente para interessar à Grande
Mídia, o público interessado nas questões ambientais no Brasil é
suficientemente numeroso para admitir segmentação por área de interesse.
Entretanto, se somarmos todas as
tiragens dos veículos impressos, os telespectadores e ouvintes e os internautas
da mídia ambiental brasileira, por mês essa mídia deve alcançar algo em torno
de 1 milhão de pessoas. Num país com 170 milhões de pessoas, não deixa de ser
um esforço ainda muito pequeno diante da enormidade da tarefa de democratizar a
informação ambiental no Brasil, uma tarefa que exige o esforço não só dos
veículos da mídia especializada como também dos veículos da Grande Mídia, o
esforço do mercado e também das ONGs e dos Governos já que sem informação não
há nem formação de cidadania muito menos sua mobilização na defesa dos seus
direitos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado como garante a
Constituição Brasileira. E, claro, outro setor que perde muito são as empresas
e os governos que precisam de veículos fortes para divulgarem suas novas
imagens ambientais.
Os principais veículos da mídia
especializada em meio ambiente no Brasil estão empreendendo um esforço para
criar a Ecomídias – Associação Brasileira de Mídias Ambientais, a fim de
enfrentar a enorme dificuldade que encontram para o financiamento de seus
veículos já que todas as verbas de publicidade dos órgãos do Governo e do
Mercado, costumam ser destinadas à Grande Mídia.
Os jornalistas especializados em
meio ambiente, por sua vez, criaram a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental
que reúne cerca de 250 profissionais. São jornalistas que produzem diariamente
informações para os seus veículos seja da chamada Grande Mídia, seja da Mídia
especializada, seja nas assessorias de comunicação em empresas, órgãos de
governo e organizações do Terceiro Setor.
Também é importante ressaltar o
papel da chamada mídia institucional, como os boletins e jornais de ONGs,
empresas, governos, associações, com tiragem limitada e circulação interna
junto ao seu público alvo e outros interessados. São mídias importantes para
garantir uma regularidade de informações junto aos associados e público-alvo
sobre suas atividades, campanhas, etc já que as mídias especializadas em meio
ambiente não conseguem priorizar as ações das instituições em todas as suas
pautas como elas gostariam.
Cada veículo novo que surge na
área ambiental, cumpre uma importante função social. Não só significa aumento
de postos de trabalho para profissionais especializados, como também se constitui
num fator a mais de favorecimento do diálogo entre os diferentes setores da
sociedade que precisam estabelecer parcerias entre si em direção a um
desenvolvimento sustentável. Sem informação, não há diálogo, muito menos,
parcerias.
Os países membros da ONU
aprovaram durante a RIO 92 a Agenda 21, como um roteiro a ser seguido em
direção ao desenvolvimento sustentável. Em seu capítulo 40, sobre Informação
Para a Tomada de Decisões, os signatários recomendam que "sempre que
existam impedimentos econômicos ou de outro tipo que dificultem a oferta de
informação e o acesso a ela, particularmente nos países em desenvolvimento,
deve-se considerar a criação de esquemas inovadores para subsidiar o acesso a
essa informação ou para eliminar os impedimentos não econômicos."
Os representantes dos países
signatários justificam essa medida ao reconhecer que "em muitos países, a
informação não é gerenciada adequadamente devido à falta de recursos
financeiros e pessoal treinado, desconhecimento de seu valor e de sua disponibilidade
e a outros problemas imediatos ou prementes, especialmente nos países em
desenvolvimento. Mesmo em lugares em que a informação está disponível, ela pode
não ser de fácil acesso devido à falta de tecnologia para um acesso eficaz ou
aos custos associados, sobretudo no caso da informação que se encontra fora do
país e que está disponível comercialmente."
O que os países da ONU, inclusive
o Brasil, perceberam claramente é que sem democratização da informação
ambiental dificilmente haverá pleno desenvolvimento da cidadania ambiental,
prejudicando o diálogo e o estabelecimento de parcerias entre os diferentes
setores da sociedade brasileira envolvidos com a questão ambiental.
Querido Técnico Henrique,
ResponderExcluirAmado me sinto muito feliz por sua visita ao meu blog "Rei dos Reis", grato. Estou aqui te visitando e fico desclumbrado com a beleza escrita e do seu blog, a intenção, sua boa vontade o zelo enfim também a belisa do seu blog.
Amigo luto muito pelos Direitos Humanos aqui em Brasília, apesar de morar no Rio de Janeiro, mas vamos indo e, fazendo o que é bom! Aproveito e lhe solicíto autorização para transcrever em meu blog este primeiro texto seu, acreditanto sua aprovação postarei, caso cotrário é só me comunicar atarvés do meu e-mail que retiro se for preciso.OK.
FICO GRATO E FELICIDAES
Diác. Rilvan Stutz
rilvantz@gmail.com (pessoal)
www.reierei.blogspot.com
Querido Técnico Henrique,
ResponderExcluirAmado me sinto muito feliz por sua visita ao meu blog "Rei dos Reis", grato. Estou aqui te visitando e fico desclumbrado com a beleza escrita e do seu blog, a intenção, sua boa vontade o zelo enfim também a belisa do seu blog.
Amigo luto muito pelos Direitos Humanos aqui em Brasília, apesar de morar no Rio de Janeiro, mas vamos indo e, fazendo o que é bom! Aproveito e lhe solicíto autorização para transcrever em meu blog este primeiro texto seu, acreditanto sua aprovação postarei, caso cotrário é só me comunicar atarvés do meu e-mail que retiro se for preciso.OK.
FICO GRATO E FELICIDAES
Diác. Rilvan Stutz
rilvantz@gmail.com (pessoal)
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