Conhecendo a Natureza


O conhecimento da estrutura e funcionamento dos ecossistemas constitui aspecto que, mais e mais, vem interessando às ciências Econômicas e Sociais, pois que, através dos processos desenvolvidos em cadeia é que certos recursos naturais são formados, se mantêm e são renovados. Pela utilização dos recursos naturais, transformados em bens e serviços, o homem supre suas necessidades e melhora o seu bem estar.
Assim, o conhecimento dos recursos naturais e ecossistemas constitui base de manutenção e conservação do ambiente nos processos de análise econômica que objetiva o desenvolvimento regional e seu planejamento.
O meio ambiente é, geralmente, definido pelas condições existentes em determinada área da superfície terrestre, onde a vida pode desenvolver-se e onde o homem exerce suas atividades. No ambiente, as relações recíprocas entre os componentes físicos e as atividades humanas constituem a própria essência da Geografia.
Os estudos sobre o ambiente têm por objetivos gerais: o conhecimento dos componentes e processos desenvolvidos nos ecossistemas; a melhoria das condições de degradações e poluição que afetam o bem estar das populações; e a conservação do ambiente nos programas que visem usufruir maiores benefícios através de uma mudança.
Sobre os três aspectos mencionados, as pesquisas sobre o meio ambiente devem estar fundamentadas nos equilíbrios dos ecossistemas, de modo a reduzir a um mínimo o aspecto predatório da atividade econômica.
As ruturas de equilíbrio podem se processar com intensidades diversas, tanto em áreas rurais como em áreas urbanas, sendo traduzidas, ora na degradação do ambiente, ora em poluição, quando resíduos tóxicos são introduzidos no meio, modificando no todo, ou em parte, a atividade biológica, tal como, na poluição do ar por fumaças e partículas, na poluição das águas por detritos industriais e urbanos, na poluição por pesticidas, por problemas de fossas e esgotos não tratados etc.
Quaisquer que sejam as modalidades de degradação e poluição, as pesquisas científicas , sobre o ambiente, devem objetivar o conhecimento da complexidade das condições ambientais em seus recursos disponíveis e potenciais, visando reduzir ao mínimo o aspecto predatório na utilização do ambiente.
Sob esse enfoque, e sem excessivas preocupações deterministas sobre recursos não renováveis que são substituídos ou reciclados pela evolução das técnicas, a conservação da natureza vem a se constituir em instrumento de desenvolvimento, sobretudo nos países do terceiro mundo.
Sob estas condições, aos problemas de degradação e poluição se integram o desenvolvimento social e econômico, este orientado para utilização dos recursos naturais (apoiados na exportação de produtos primários), e aquele, na melhoria das condições sociais da população (implantação de melhorias de condições sanitárias, abastecimento de água e esgoto, controle da poluição, melhor distribuição da população e ocupação racional de território).
Em todos os casos, devem ser preferidos métodos integrados, que estudem o ambiente como um todo, em sua estrutura e funcionamento, pois, as técnicas e análises unilaterais, conduzem, geralmente, à apreciações errôneas e, ações desenvolvidas nas bases das mesmas podem resultar em fracassos e maiores desequilíbrios para o meio.
Em resumo, é imprescindível conhecer a Natureza, em primeiro lugar, para saber enquadrar seus recursos nas atividades que impliquem nas alterações dos ecossistemas, na saúde pública, nos aspectos sociais e econômicos e até na dimensão cênico-paisagística.

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