Bolsa Verde


Gestores e coordenadores regionais de unidades de conservação (UC) de todo o País vão iniciar a partir de setembro o cadastramento das famílias que têm direito a receber os benefícios do Programa de Apoio à Conservação Ambiental (Bolsa Verde), criado pelo Governo Federal para atender pessoas em situação de extrema pobreza e que trabalham na proteção ambiental das áreas protegidas.
A meta é conseguir a adesão de mais de 14 mil famílias neste ano. Elas receberão R$ 300, a cada três meses, pelos serviços ambientais prestados nas unidades de conservação de uso sustentável e nos assentamentos de reforma agrária diferenciados. Em 2014, deverão ser atendidas 76 mil.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Bolsa Verde é um incentivo à conservação dos ecossistemas brasileiros. O Programa promove a cidadania e melhoria da qualidade de vida de quem vive na floresta.
Famílias receberão pagamento por preservação florestal
Tirar a população da situação de extrema pobreza e proteger o meio ambiente. É isso que o Governo  Federal vai fazer com a criação do Programa de Apoio à Conservação Ambiental (Bolsa Verde), iniciativa que vai pagar R$ 300, a cada trimestre, pelos serviços de proteção do meio ambiente. A meta é atender mais de 76 mil famílias, em 2014.
O Bolsa Verde faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, lançado nesta quinta-feira (02/06), pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, com transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica e inclusão produtiva.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Bolsa Verde é o incentivo à conservação dos ecossistemas brasileiros. Além disso, o programa promove a cidadania de quem vive na floresta e melhora a condição de vida dessas famílias que vivem em situação de extrema pobreza.  O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.
Atividades sustentáveis
De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Roberto Vizentin do MMA, o Bolsa Verde pretende conciliar a manutenção da floresta em pé com a renda das famílias que protegem o meio ambiente.
"Essa população depende mais da manutenção dos recursos naturais para as necessidades básicas e prover renda. A atividade ilegal resolve temporariamente mas depois acaba e essas pessoas não terão de onde tirar renda. Por isso, é preciso evitar que se acabe com o bem natural", explicou.
Proteção de Áreas de Preservação Permanente, extrativismo com base em boas práticas e pesca com manejo adequado são algumas das atividades de preservação ambiental que serão contempladas pelo Bolsa Verde. O Governo Federal vai definir ainda este mês os serviços ambientais que receberão pagamento do programa.
"O programa é um incentivo para a preservação. Isso não impede de se fazer o roçado, plantar mandioca, milho, desde que seja sustentável", disse Vizentin.
As atividades de proteção ambiental podem ser desenvolvidas em florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, além de projetos de assentamento florestal, de desenvolvimento sustentável e de assentamentos extrativistas do Incra.
Para participar do Bolsa Verde, é preciso que o responsável pela família beneficiada se cadastre no Programa de Apoio à Conservação Ambiental, mantido pelo Ministério do Meio Ambiente. O Governo Federal vai até as famílias para incluí-las nos programas de erradicação da pobreza extrema.
O comitê do Bolsa Verde terá a participação de membros das três esferas de governo, de movimentos sociais e extrativistas, com a coordenação do MMA. Ainda neste mês, serão criados o cadastro da população que se enquadra no programa e a regulamentação das atividades de proteção ambiental.
Para Vizentin, as experiências do MMA mostram que a participação de movimentos sociais é importante para que o Bolsa Verde chegue ao público do programa.
Os serviços ambientais prestados pelas famílias que vivem na floresta são inúmeros e atinge toda a população. A criação e manutenção de unidades de conservação impediu a emissão de 2,8 bilhões de toneladas de carbono, 9% da água captada de consumo humano são de Unidade de Conservação.
Brasil Sem Miséria
O Brasil Sem Miséria é direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa. Do público alvo, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural. Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Os números do Brasil sem Miséria
Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza.
Renda familiar de até R$ 70 por pessoa.
59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural.
Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos.
Capacitar e fortalecer a participação na coleta seletiva de 60 mil catadores até 2014.
Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar 100 redes de comercialização.
Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores.
Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos.
253 mil famílias receberão sementes e insumos.
600 mil famílias terão cisternas para produção.
257 mil receberão energia elétrica.
Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio.
Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias.
Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental.
Bolsa Família incluirá 800 mil.
Mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa Família.
 

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