Bisfenol A – Perigo!!!


O QUE É BISFENOL A?
O bisfenol-A (BPA), cuja formula é (CH3)2C(C6H4OH)2, é um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. É o monômero mais comum entre os policarbonatos empregados em embalagens de alimentos. O BPA é também um dos componentes da resina epóxi (plástico termofixo que endurece quando misturado a um agente catalisador ou “endurecedor”), presente por exemplo no revestimento interno de latas para evitar a ferrugem.
Apesar do plástico ser considerado estável, já se sabe que as ligações químicas entre as moléculas do BPA são instáveis, permitindo que o químico se desprenda do plástico e contamine alimentos ou produtos embalados com policarbonato ou resina epóxi. No caso de aquecimento do plástico, a contaminação por BPA é ainda maior.
ONDE ENCONTRAMOS O BISFENOL-A?
Em grande parte das mamadeiras de plástico;
Em embalagens plásticas para acondicionar alimentos na geladeira, copos infantis, materiais médicos e dentários;
Nos enlatados, como revestimento interno;
Em garrafas reutilizáveis de água (squeeze), garrafões de 5L;
CONSEQUÊNCIAS DO BISFENOL A
O bisfenol-A está presente em produtos no mercado por mais de 120 anos. Estudos demonstram que o BPA não só é um composto onipresente nos seres humanos (alcançou 93% da voluntários em uma ampla pesquisa americana), mas também uma potente toxina mesmo em doses muito baixas. A maioria das pesquisas que afirma a seguridade do BPA foi patrocinada pela indústria que o produz.
Considerado um interferente endócrino, o químico age como alguns dos hormônios presentes no corpo humano e pode comprometer a saúde. Estudos sugerem que a parte mais afetada é o sistema reprodutivo, sendo fetos e bebês os mais vulneráveis à sua exposição.
Estudos realizados associaram o bisfenol-A a uma maior incidência de obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer na próstata e mama, puberdade precoce e tardia, abortos, anormalidades no fígado em adultos e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. O químico também foi associado a problemas sexuais em homens como a diminuição da qualidade e da quantidade de esperma.
A POLÊMICA DO BISFENOL A
Cientistas, fabricantes e órgãos reguladores concordam em quatro pontos:
  • Pessoas do mundo civilizado estão em constante exposição ao BPA.
  • Bebês são os mais vulneráveis à exposição, vinda principalmente das mamadeiras de policarbonato.
  • O BPA age como estrogênio.
  • Alguns estrogênios sintéticos causam câncer e infertilidade.
A polêmica envolve a metodologia de alguns estudos já publicados e a definição da quantidade segura para o consumo.
PODEMOS FALAR DE DOSE SEGURA?
Por muito tempo cientistas acreditaram que a solução para o uso de certas substâncias tóxicas era a definição de uma dose segura. Essa filosofia é bem descrita pela frase: a dose é o veneno (the dose is the poison – Paracelsus). O problema é que os químicos classificados como interferentes endócrinos, como por exemplo o BPA, ftalatos e dioxinas não se encaixam nessa definição. Vários estudos comprovaram que mesmo em doses abaixo da recomendada por órgãos reguladores eles causam algum dano à saúde.
O FDA montou um painel de discussão sobre o assunto. De mais de 100 estudos independentes, 90% comprovaram os efeitos negativos do bisfenol-A. Dos 14 estudos patrocinados por empresas químicas, nenhum atestou os efeitos prejudiciais da substância. Vale ressaltar que só nos Estados Unidos a venda do BPA gera cerca de US$ 6 bilhões ao ano. Não é a toa que as empresas produtoras investem nessa batalha.
Estados Unidos e Europa possuem abordagens diferentes em relação a químicos. Nos Estados Unidos para que a substância seja proibida é necessário que seja provado que oferece algum risco. Ou seja, é inocente até prova em contrário. Já na Europa, o princípio utilizado é o de precaução, onde é possível proibir o uso de substâncias se existir a suspeita de que são prejudiciais a saúde. Cabe à industria a prova de que são seguras. Essa foi a abordagem utilizada tanto pela Dinamarca como pela França para a proibição do químico. É importante salientar que ambos os países procuraram basear suas decisões em pesquisas científicas.
HISTÓRICO
O Bisfenol foi sintetizado pela primeira vez em 1891. Foi pouco utilizado até a década de 30, quando cientistas descobriram que o BPA poderia ser empregado como um estrogênio artificial (Dodds 1938). Mais tarde outro novo composto sintético foi considerado mais efetivo, DES – dietilestilbestrol , no entanto sua utilização foi proibida pelo fato do DES ser associado ao câncer no sistema reprodutivo de recém-nascidas do sexo feminino cujas mães consumiram DES durante a gestação. Esse fato deveria ter servido de alerta para a possibilidade do Bisfenol também apresentar propriedades tóxicas, o que depois foi confirmado.
Em 1950 um outro emprego foi descoberto para o Bisfenol. Na produção de plástico sua adição torna o material mais maleável e menos propenso a rachaduras. Entre 1980 e 2000, a produção de Bisfenol nos Estados Unidos cresceu 500%. Hoje é um componente onipresente em plásticos produzidos a partir de policarbonato transparente e é um negócio altamente lucrativo.
Em 2010, a utilização do Bisfenol está sendo seriamente questionada em vários países após estudos o relacionarem a uma série de problemas de saúde.
RISCOS À SAÚDE
Câncer
A maior parte das pesquisas com bisfenol-A menciona sua relação com o câncer de próstata e de mama. Neste ano, o químico recebeu atenção especial no Relatório Anual de Combate ao Câncer nos Estados Unidos (President’s Cancer Panel).
Disfunções Sexuais
O químico está associado à disfunções sexuais como a diminuição da qualidade e quantidade de esperma em homens adultos, puberdade precoce e tardia em adolescentes. Transferido da mãe ao feto pela placenta, estudos já associaram a exposição ao BPA à certas mudanças epigenéticas em fetos e bebês comprometendo a reprodução. Devido ao metabolismo frágil, bebês estão muito mais vulneráveis aos tóxicos. Apesar do efeito concentrado em fetos e bebês, as doenças se revelam na puberdade ou na fase adulta.
Obs: No Brasil, a maior parte das mamadeiras plásticas e copos infantis feitos com policarbonato utilizam bisfenol-A. Os efeitos negativos do BPA são tão evidentes nas pesquisas feitas com crianças que os países que proibiram o químico, vetaram sumariamente o uso de policarbonato em mamadeiras e copos infantis.
Outras doenças associadas ao bisfenol-A
• Hiperatividade;
• Autismo em crianças e adolescentes;
• Problemas cardíacos;
• Diabetes.
Muitos estudos são realizados em animais de laboratórios e por isso refutados, já que os efeitos em humanos não são sempre os mesmos. Por outro lado é comum iniciar o estudo de substâncias químicas potencialmente tóxicas em animais e só depois expandí-los para humanos.
Foram realizados alguns estudos referentes a absorção do bisfenol-A e o tempo que o corpo leva para processar e expelir o químico. A permanência do bisfenol-A é bem maior do que se esperava, sugerindo que o alto nível de BPA presente nas pessoas não tem como fonte somente as embalagens plásticas relacionadas à alimentação.
BISFENOL A NO MUNDO
Nos Estados Unidos, quatro estados (Minnesota, Washington, Connecticut e Wisconsin) e algumas cidades, incluindo Chicago e Rockford, proibiram sua utilização em produtos infantis. Tanto o FDA quanto o EPA declararam o bisfenol-A preocupante e estão revisando sua posição em relação ao uso do BPA. Sucessivas pesquisas realizadas em universidades norte-americanas continuam divulgando conclusões sobre os malefícios que o químico pode causar à saúde.
Canadá, Costa Rica e Dinamarca já proibiram seu uso.
Recentemente, a União Europeia e a China também proibiram a fabricação e a comercialização de mamadeiras que contenham o bisfenol-A.
BPA – USA
No que concerne aos padrões de consumo estabelecidos pelo governo nos Estados Unidos, o FDA publicou uma nova análise em janeiro de 2010 onde manifesta preocupações sobre possíveis riscos à saúde provocados pelo bisfenol-A:
“Estudos utilizando testes de toxidade confirmaram que o nível baixo de exposição ao BPA não era prejudicial à saúde. No entanto, considerando testes recentes onde novas bordagens foram realizadas, levando em conta efeitos colaterais mais sutis, tanto o National Toxicology Program at the National Institutes of Health quanto o FDA demonstram preocupação sobre os possíveis efeitos do BPA no cérebro, no comportamento e na próstata de fetos, bebês e crianças”.
O FDA está dando os primeiros passos para reduzir a exposição ao BPA em produtos alimentares. Esse passos incluem:
  • Apoiar ações de indústrias para interromper a produção de mamadeiras e copos infantis, para o mercado americano, que possuam BPA em sua composição;
  • Incentivar o desenvolvimento de alternativas ao BPA para a parte interna de latas de leite destinadas a bebês;
  • Apoiar tentativas de substituição ou diminuição dos níveis de BPA em outros tipos de latas.
  • Apoiar uma mudança mais severa na regulamentação do BPA;
  • Buscar a participação da população e também opiniões externas nas pesquisas sobre o BPA;
  • Apoiar as recomendações do Department of Health and Human Services no que diz respeito à alimentação de bebês e a preparação de comida para a redução da exposição ao BPA.
  • O FDA não está recomendando que famílias deixem de usar leite ou alimentos para bebês pois os benefícios de uma nutrição balanceada ultrapassam o risco potencial da exposição ao BPA.
    A cidade de
    Chicago, em maio de 2009, e Rockford, em março de 2010, proibiu a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Também esse ano, os estados de Washington, Minnesota, Wisconsin e Connecticut também proibiram a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Em abril de 2010, o EPA (Environmental Protection Agency) também divulgou que está reavaliando o uso do bisfenol A. O jornal Journal Sentinel de Milwakee (Wisconsin) mantém uma seção discutindo o assunto.
1998 - Governo canadense declara o bisfenol A uma substância tóxica.

BPA – CANADÁ
Março, 2010 O país decide proibir a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com bisfenol A. Há 12 anos as lojas do Walmart no país não vendem produtos para alimentação infantil que contenham BPA. Outras empresas do ramo seguiram a mesma iniciativa.
O movimento no Canadá contra o bisfenol A impulsionou o debate ao redor do mundo e se transformou em um case de sucesso na luta a favor de melhor regulamentação de químicos.
FRANÇA
Junho, 2009 A AFFSA (Anvisa francesa) é instruída para reexaminar a aprovação do BPA. Na Dinamarca, em maio de 2009, o parlamento já tinha aprovado uma resolução pedindo a proibição do BPA em mamadeiras.
Março, 2010 Senado francês aprova lei proibindo o uso do BPA em embalagens alimentícias, principalmente em mamadeiras. Os políticos afirmam que a publicação de inúmeros estudos alertando sobre os problemas de saúde causados pela presença do policarbonato foi o que os incentivou a fazer a proposta.
Abril, 2010 A AFFSA conclama a indústria alimentícia a divulgar no rótulo a presença do bisfenol A. No mesmo mês, o BPA foi proibido na Dinamarca.
Na Inglaterra a polêmica ganha força com artigos muito críticos ao bisfenol A do jornal Independent.
BPA – EUROPA
Junho, 2008 Comissão Européia publica um relatório atualizado da União Européia sobre o levantamento de risco do bisfenol A. O documento conclui que produtos com BPA – como o plástico de policarbonato e resinas epóxi – são seguros para o consumo e para o meio ambiente quando utilizados corretamente.
Outubro, 2008 A EFSA (European Food Safety Authority) declara que após a publicação dos resultados da pesquisa de Lang – Associação da concentração de bisfenol-A com problemas de saúde e anormalidades em laboratório em adultos – não havia motivos para a revisão da dose diária tolerável (TDI – Tolerable Daily Intake) para o BPA de 0.05 mg/kg de peso corporal.
2009 - Estudo científico critica os processos do relatório de risco da exposição à disruptores endócrinos, incluindo o BPA.
Dezembro, 2009 O Ministério do Meio Ambiente da União Européia publica um relatório expressando preocupação com os resultados de pesquisas recentes que demonstraram efeitos nocivos da exposição a disruptores endócrinos. O documento incentiva novas pesquisas sobre o tema.
Novembro, 2010 A União Europeia anuncia a proibição do químico bisfenol-A em mamadeiras plásticas.
Março, 2011 Entra em vigor a proibição do uso de bisfenol-A na fabricação de mamadeiras plásticas produzidas em território europeu.
Junho, 2011 Entra em vigor a proibição de importação e comercialização de mamadeiras que contenham o bisfenol-A.
CHINA
Em junho de 2011, o Ministério da Saúde da China, juntamente com cinco outras entidades governamentais, anuncia a proibição imediata do uso de bisfenol-A na produção de mamadeiras. Além disso, anuncia para setembro que também será proibida a importação e a venda de mamadeiras que contenham o químico dentro do país. Quem infringir a lei estará sujeito à condenação da pena de morte.
Representantes governamentais chineses também pediram mais rigidez por parte das agencias de alimentos na fiscalização dos fabricantes de mamadeiras para garantir que se adaptem à medida.
BISFENOL – BRASIL
A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008) e baseia-se em lei da Comunidade Européia de 2004 (Comission Directive 2004/19/EC).
Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico.
Em junho de 2011, a Câmara Municipal de Piracicaba, importante cidade localizada no interior de São Paulo a 160 quilômetros da capital, aprovou a lei que proíbe a comercialização de mamadeiras, chupetas, alimentos e bebidas que contenham o químico bisfenol-A. A lei aguarda apenas a sanção do prefeito.
Duas semanas depois, a Câmara Municipal de Americana, no interior de São Paulo, também apresentou projeto semelhante para ser votado na Casa.
Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA).
PRODUTOS QUE PODEM CONTER BISFENOL
Plástico de policarbonato (65%)
- Revestimento resistente ao impacto (vidros)
- Componentes de eletrodomésticos
- Componentes de artefatos elétricos e eletrônicos
- CDs
- Componentes automotivos
- Garrafas Reutilizáveis
- Recipientes para alimentos e bebidas
- Óculos escuros
- Prateleiras de geladeiras
- Utensílios alimentares
Resina Epóxi (30%)
- Revestimentos
- Revestimento para recipientes de alimentos e bebidas
- Laminados Elétricos para placas de circuito impresso
- Composites
- Adesivos
- Tintas
- Esmalte de unha
Outros (5% )
- Pesticidas
- Antioxidantes
- Materiais não inflamáveis
- Fluído de freio
-Estabilizador de borracha e PVC
-Canos
-Selador dental
-Aditivo de papel térmico
-Filtros de água
-Canos reforçados
-Pisos
-Isolante elétrico
A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008) e baseia-se em lei da Comunidade Européia de 2004 (Comission Directive 2004/19/EC).
Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico.
No momento, o Projeto de Lei do deputado Beto Faro (PT-PA), que está sendo analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, tramita em caráter conclusivo.
O Projeto proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactantes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição o bisfenol-A.
Você Sabia
O que é bisfenol-A (BPA)?
O bisfenol-A é um produto químico usado na fabricação de plásticos. O BPA também é utilizado no revestimento interno de quase todas as latas de alimentos e bebidas, inclusive em latas de fórmula para bebês.
Por que o bisfenol A é usado em recipientes de comidas e bebidas?
Porque ele é transparente, forte, leve e duradouro e torna o plástico mais resistente a rachaduras. O revestimento de BPA usado no interior de latas de comida e bebida evita que as latas enferrujem.
Como estamos expostos ao bisfenol A?
Bebês e crianças:
O BPA pode ser transmitido para criança através do consumo de alimentos ou bebidas acondicionadas em plástico, como mamadeiras, copinhos, pratinhos e talheres. É importante salientar que o aquecimento da mamadeira leva a um maior desprendimento do bisfenol-A, no entanto, em mamadeiras de plástico a migração vai acontecer independe dela ser aquecida ou não.
É cientificamente comprovado que o bisfenol-A passa pela placenta e a contaminação do feto ocorre sempre que a mãe ingerir um produto que esteve em contato com o químico.
Adultos:
Pela ingestão de alimentos ou bebidas provenientes de latas, recipientes plásticos usados para guardar alimentos na geladeira, garrafas (squeezes) e garrafões.
Reduza a exposição ao BPA
1 - Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês.
2 - Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no micro ondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 - Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens.
4 - Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
5 - Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças.  



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