Agricultura e Meio Ambiente


Atualmente, o Programa Agricultura e Meio Ambiente está buscando magnificar as experiências de sucesso da relação com o setor produtivo da soja, para outras grandes culturas. O grande objetivo a longo prazo é a transformação da agropecuária convencional em uma agropecuária “ecosocial”, onde as estratégias socioambientais estejam inseridas no dia-a-dia do produtor. O trabalho deve focar não somente os grandes produtores, mas também pequenos e médios e ao mesmo tempo fomentar uma agricultura diferenciada, como agrofloresta, agricultura alternativa e/ou orgânica.
A importância da mata ciliar
Mata ciliar é a formação vegetal nas margens dos nos, córregos, lagos, represas e nascentes.
Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes.
Toda a vegetação natural presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A figura acima mostra as dimensões das faixas de mata ciliar a serem conservadas em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.
Integração Lavoura-Pecuária
A integração lavoura-pecuária é uma alternativa de aumento de produtividade para a agricultura e para a pecuária ao mesmo tempo em que ajuda a recuperação de áreas degradadas.
O sistema é semelhante ao de rotação de culturas. No verão, planta-se milho ou soja. Pelo sistema de integração lavoura-pecuária, o produtor concilia a pecuária bovina e a produção de grãos na mesma área de terra. No inverno, boi e vacas alimentam-se de forrageiras e pastagens. A rotação de culturas é feita por técnicas de plantio direto, que reduzem o risco dos sistemas tradicionais de produção nas propriedades.
Em 2005, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento adotou o estudo apioado pela rede WWF sobre integração lavoura-pecuária e está promovendo em diversas regiões como Mato Grosso do Sul e Bahia.
Organização territorial
Todos saem ganhando quando a comunidade organiza o território e faz um bom planejamento de como a terra será utilizada.
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) foi regulamentado pelo Decreto Federal 4.297, em julho de 2002. Segundo o decreto, o ZEE é um instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
O decreto também diz que o ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.
Melhor produção com conservação
A rotação de culturas implica em introduzir a adubação verde no inverno ou verão, intercalada com o plantio da cultura principal, visando formar palha ou cobertura morta, que é uma grande arma contra o desencadeamento da erosão e favorece a retenção de água no solo por mais tempo.
Uma cobertura espessa de palha (2-3 cm) também oferece auxílio no controle da infestação de plantas daninhas, através do impedimento da passagem da luz impossibilitando a germinação de sementes de plantas daninhas (ex. palha de aveia impede a germinação de picão-branco e serralha).
Os adubos verdes eficientes na formação de palha são, por exemplo, as gramíneas como aveia (Região Sul) e milheto (Região Centro-Oeste). Outra função do adubo verde é poder propiciar economia na adubação nitrogenada. Por exemplo, as leguminosas como tremoço (Região Sul) e crotalária (Região Centro-Oeste) antecedendo a principal cultura (ex. milho) podem proporcionar um melhor aproveitamento do nitrogênio pelo milho.
Conservar é lei
Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, que não seja a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
Ela varia de acordo com o bioma e o tamanho da propriedade e pode ser:
I – 80% da propriedade rural localizada na Amazônia Legal;
II – 35% da propriedade rural localizada no bioma cerrado dentro dos estados que compõem a Amazonia Legal
III- 20% nas propriedades rurais localizadas nas demais regiões do país.
Plantio Direto
O Plantio Direto é a técnica de semeadura na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora) usando semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
É importante frisar que no Plantio Direto não se usa os implementos denominados de arado e grade leve niveladora que são comuns na agricultura brasileira e no preparo do solo antes da semeadura. Uma vez adotado o Plantio Direto, a técnica não deve ser utilizada intercaladamente com arado, grade niveladora, grade aradora.
A manutenção de restos de culturas como trigo, milho, aveia e milheto na superfície do solo é fundamental para o sucesso do plantio direto, deixando grande parte coberta com palha. Com o auxílio de um trator passa-se um rolo-faca ou uma roçadeira para espalhar a palha seca.
Em seguida, com uma semeadora de Plantio Direto, o terreno é semeado "rasgando-se" em linha a palha que cobre o terreno e depositando a semente e adubo no pequeno sulco. Grande parte do terreno fica coberta de palha (cobertura morta ou “mulch”) e protegida da erosão, pois, se houver uma chuva forte, o impacto da gota da chuva será amortecido pela palha antes de atingir a superfície do solo. O sistema permite o cumprimento do calendário agrícola, validando as recomendações do zoneamento e sendo um atrativo para as seguradoras, viabilizando a atividade agrícola.
Meio Ambiente
O Plantio Direto é a mais importante ação ambiental brasileira em atendimento às recomendações da conferência da Organização das Nações Unidas (Eco-92) e da Agenda 21 brasileira, indo ao encontro do que foi acordado na assinatura do Protocolo Verde.
Em algumas regiões do Brasil o plantio direto é conhecido há muito tempo, desde o início dos anos 1970, quando chegou ao país pela Região Sul. Desde então, a adoção por parte dos agricultores tem sido cada vez mais crescente, chegando ao Cerrado. Hoje, a área agrícola sob Plantio Direto no Brasil é de aproximadamente 9 milhões de hectares.
Porém não é somente pelos benefícios ao meio ambiente que muitos agricultores que plantam milho, soja, trigo, feijão e arroz estão adotando o Plantio Direto. Há uma série de outras vantagens como:
• Melhor retenção de umidade havendo maiores rendimentos em anos secos.
• Não ocorrência de erosão e, portanto, não há necessidade de replantio, que implica em novo preparo de solo com conseqüente maior gasto de combustível, sementes e adubos. Isto levará a um aumento considerável nos custos de produção e não livrará o agricultor de fracasso na safra devido ao plantio fora de época.
• Mais tempo para semear (enquanto no Plantio Convencional é possível semear 3 a 6 dias após uma chuva forte, no Plantio Direto é possível semear 6 a 12 dias após uma chuva).
• Aproveitamento de melhores épocas de plantio e no plantio de maior área no mesmo espaço de tempo, principalmente quando ocorrem chuvas esparsas.
Custo 
 A curto prazo (quatro anos), o plantio direto tem maior custo porque o investimento em herbicidas pode superar a economia obtida pelo menor consumo de combustíveis e uso de horas-máquina.
Entretanto, grande parte dos estudos comparativos não consideram fatores que poderiam reverter esse quadro. Por exemplo, no Plantio Convencional, normalmente há operações de replantio em que são necessários novo preparo de solo, gastos com combustíveis, sementes, adubos, além da perda de produção devido ao plantio fora da época.
Com o passar dos anos, o Plantio Direto tende a diminuir o consumo de herbicida, principalmente se for combinado com a rotação de culturas. Já no Plantio Convencional, o consumo se mantém sempre o mesmo, exceto quando há replantio, que, nesse caso, pode aumentar o consumo.
Passo-a-passo
Confira como fazer o plantio direto.
1. Adquirir uma semeadeira de Plantio Direto e se informar sempre sobre o sistema que, por semear sem prévio revolvimento do solo, exigirá profundo conhecimento sobre o emprego de processos integrados de controle de plantas daninhas e manejo da palha. Há no Brasil diversas associações de Plantio Direto que podem auxiliar em muitas dúvidas.
2. Evitar implantar o Plantio Direto em toda a área da propriedade agrícola. O tamanho da área deve levar em conta a capacidade técnico-econômica do agricultor em adequar a fertilidade química e física do solo, além do manejo da palha e principalmente do controle integrado de plantas daninhas, que envolve não apenas o uso de herbicidas, mas também o próprio manejo da palha;
3. Evitar implantar em solos mal drenados;
4. Adequar fertilidade física do solo, ou seja:
• Verificar se há ausência de danos na estrutura do solo, como os ocasionados por colhedeiras ou caminhões carregados, operados em solos muito úmidos;
• Adequar solos cheios de sulcos ou valetas de erosão;
5. Adequar fertilidade química, ou seja:
• Fazer a correção da acidez do solo e a neutralização do alumínio trocável constatados pela análise do solo, por meio de uma incorporação, a mais profunda possível, de metade da quantidade necessária de calcário através da aração e outra metade através da gradagem;
6. Conhecer as espécies de plantas daninhas existentes na área e identificar as que podem oferecer maior dificuldade no controle;
7. Verificar se a colhedeira tem picador e distribuidor de palha;
8. Adotar rotação de culturas e apenas fazer sucessão de culturas no estilo soja-trigo.
9. Planejar bem o esquema de rotação de culturas considerando as características agroecológicas regionais e condições sócio-econômicas do agricultor. Deve-se combinar plantas de adubos verdes de diferentes famílias, como por exemplo, gramíneas e leguminosas, com a cultura para atender a três requisitos básicos:
• Favorecer o controle da erosão e o equilíbrio da fertilidade do solo;
• Favorecer a produtividade das lavouras pela interrupção do ciclo de pragas, doenças e plantas daninhas;
• Assegurar a manutenção do balanço e reciclagem de nutrientes.
Critérios Mínimos
Várias ONGs se uniram e discutiram quais deveriam ser os critérios mínimos para ter uma soja que não prejudicasse o meio ambiente e nem causasse danos sociais.
A Articulação Soja – Brasil realizou um debate nacional entre ONGs e movimentos ambientais e sociais para determinar critérios que devam ser atendidos na produção de soja. Seu resultado define a pauta proposta para negociações entre nossas organizações e as do agronegócio para adoção de critérios de compra em suas cadeias de fornecimento, de modo a colocar essa produção em uma trajetória de menores impactos negativos ambientais e sociais. Um pressuposto básico dessa proposta é que o agronegócio irá assumir suas Responsabilidades Sociais Empresariais.
O principal objetivo desse processo, no curto prazo, é de reduzir o ímpeto do desmatamento que ora se verifica no bioma Cerrado, e na sua faixa de transição para a Amazônia e Caatinga, bem como em algumas áreas da própria Amazônia. Para isso, propõe-se que os compradores só aceitem fornecedores que plantem em áreas legalmente abertas antes de dezembro de 2003 (ou, para a Amazônia, antes de outubro de 1999) e que áreas já desmatadas e abandonadas, ou com pastos degradados, sejam reconvertidas à produção.
Critérios de médio e longo prazos são indicados e necessitarão de maiores estudos e debates para sua definição. Para isso, e também para implantar um sistema de monitoramento que dê segurança aos compradores, propõe-se a criação de um fundo composto por um pequeno percentual da comercialização internacional da soja, a ser gerido de forma paritária.
Responsabilidade para comprar
Os critérios Basel de Produção Responsável de Soja foram desenvolvidos pela COOP e a iniciativa foi apoiada pela Rede WWF.
Atualmente a rede suíça de supermercados Coop utiliza estes critérios para comprar soja e derivados. Os mesmos critérios são utilizados pela certificadora CertId, que atua no Brasil.
Segundo o documento, os critérios poderão ser usados com dois objetivos:
- Como uma ferramenta de gestão interna para os produtores de soja, que desejarem avaliar sua gestão atual em comparação aos critérios, como um meio de confirmar ou melhorar seu desempenho econômico, ambiental e social.
- Como um mecanismo para garantir aos compradores que os produtos de soja são originários de uma fonte de gestão responsável. Quando usado deste modo, os critérios deverão ser aplicados à produção de soja de uma fazenda em sua totalidade, e não apenas em alguns campos ou lotes individuais em uma mesma fazenda.
Controlando pragas e cuidando do meio ambiente
O manejo integrado de pragas e doenças é uma estratégia de controle múltiplo de infestações que se fundamenta no controle ecológico e nos fatores de mortalidade naturais procurando desenvolver táticas de controle que interfiram minimamente com esses fatores com o objetivo de diminuir as chances dos insetos ou doenças de se adaptarem a alguma prática defensiva em especial.
Quando bem empregada, a técnica do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP) limita os efeitos potenciais prejudiciais dos pesticidas químicos à saúde pública e ao ambiente natural.
O objetivo dessa estratégia não é o de eliminar os agentes, mas reduzir sua população de modo a permitir que seus inimigos naturais permaneçam na plantação agindo sobre suas presas favorecendo a volta do equilíbrio natural desfeito pela plantação e pelo uso de defensivos agrícolas. Dessa forma, requer o entendimento do sistema da plantação como um todo e o conhecimento das interelações ecológicas entre os insetos agressores, seus inimigos naturais e o ambiente onde está a plantação está inserida.
A decisão de tomada de uma ação contra a infestação de insetos e outros agressores ou doenças requer o entendimento do nível de tolerância da plantação sem refletir em perda econômica substancial. Para tanto, é necessário o acompanhamento e a pesquisa na plantação para estimar o grau de abundância e severidade da infestação. As táticas usuais recomendadas do Manejo Integrado de Pragas são:
(i) Uso de sementes resistentes – Algumas variedades de plantas desenvolveram mecanismos de defesa e se tornaram resistentes ou tolerantes, repelem ou se tornam menos preferidas pelas infestações. As vantagens desta tática incluem a facilidade de uso, compatibilidade com outras táticas de controle de pragas, baixo custo e impacto cumulativo sobre a praga com mínimo impacto ambiental negativo. Por outro lado, o desenvolvimento de variedades de soja tolerantes a pragas requer tempo e investimentos consideráveis, e nem sempre as resistências obtidas se tornam permanentes.
(ii) Controle através de práticas agrícolas - A adoção de certas práticas agrícolas torna o plantio menos favorável às infestações. Exemplos incluem a rotação de culturas, seleção de áreas de plantio, plantio de culturas-armadilhas, e ajuste do plantio e colheita na época menos favorável às infestações.
(iii) Controle físico e mecânico - O uso de barreiras físicas, como valas e coberturas plásticas, dificulta a locomoção dos insetos para a plantação. Outras técnicas apropriadas incluem o uso de armadilhas plásticas, fitas adesivas, dentre outras.
(iv) Biocontrole – Por biocontrole ou controle biológico entende-se o uso de produtos químicos que ocorrem naturalmente ou de organismos benéficos para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de pragas e doenças nas plantações, inclusive ervas daninhas. No caso dos organismos busca-se atrair ou introduzir na plantação inimigos naturais da praga ou doença; podem ser usados insetos, vírus, protozoários, fungos ou bactérias como predadores, parasitas, agentes patogênicos; ou introduzir machos da espécie daninha esterilizados. Algumas vantagens estão relacionadas com a redução de acidentes ambientais e segurança pública provocados pelo uso de agrotóxicos, como alternativa econômica para certos inseticidas, na prevenção de perdas econômicas de plantações, menor impacto ambiental e na qualidade da água. Por outro lado, as principais desvantagens estão relacionadas com a necessidade de melhor planejamento e gestão intensiva da cultura, toma mais tempo, às vezes os custos são superiores ao uso de defensivos agrícolas, requer paciência e sistema de acompanhamento e registros, e educação e treinamento.
(v) Controle químico – Sob a ótica do MIP, somente quando as táticas anteriores se mostraram ineficazes para controlar a infestação na plantação então o uso de defensivos agrícolas se torna justificável. Em muitas plantações, principalmente a soja, inseticidas e herbicidas ainda são os principais meios de controle de pragas e apresentam suas vantagens: são relativamente baratos e fáceis de aplicar, transportar e são versáteis, pois podem ser apresentados em diferentes formas, tais como, pós, aerossóis, líquidos, granulados, iscas, e de liberação lenta. Inseticidas são classificados por diferentes modos, mas prevalece o método do ingrediente ativo, por exemplo, os organofosforados, os piretroides e outros. Há, também, as categorias convencional e bioracional – na primeira, o espectro de ação do pesticida é bastante amplo enquanto que na segunda prevalece a especialização da ação, seja ela nos hábitos de alimentação como nos estágios de vida da infestação. Em termos, a categoria de defensivos bioracionais é menos agressiva. Novas tecnologias de aplicação nas chamadas agriculturas de precisão, aliam a aplicação de defensivos e insumos necessários com alta tecnologia de sensoriamento remoto e uso de GIS (Geographic Information System).
Sem agrotóxicos, sem poluição dos rios
O termo orgânico se refere à maneira como produtores cultivam e processam produtos agrícolas, tais como frutas, verduras, cereais, laticínios e carnes.
As técnicas de produção orgânica são destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição. Os agricultores que produzem alimentos convencionais utilizam os métodos comuns para fertilizar, controlar pragas ou prevenir doenças.
A agricultura orgânica é um sistema integrado de manejo que promove a manutenção da agrobiodiversidade e dos ciclos biológicos, visando à sustentabilidade social, ambiental e econômica da unidade de produção. O princípio básico desse sistema é a conservação dos recursos naturais, sem o uso de fertilizantes sintéticos de alta solubilidade, agrotóxicos, antibióticos e hormônios.
Ao se implantar um sistema orgânico de produção, devem ser observadas práticas que vão desde o manejo adequado do solo até a integração da produção vegetal e animal, passando pelo manejo correto da biodiversidade e respeito aos ciclos naturais. O produtor que segue estas práticas, além de contribuir para a conservação do meio ambiente, garante a obtenção do selo de certificação necessário para comercializar seus produtos nos mercados interno e externo.
Técnicas unem agricultura e conservação
Agrofloresta ou Sistema Agroflorestal (SAF) é um conjunto de técnicas que reúne agricultura e preservação ou recomposição ecológica.
O sistema usa a dinâmica de sucessão de espécies da flora nativa para trazer as espécies que agregam benefícios para o terreno assim como produtos para o agricultor.
A agrofloresta recupera antigas técnicas de povos tradicionais de várias partes do mundo, unindo a elas o conhecimento científico acumulado sobre a ecofisiologia das espécies vegetais, e sua interação com a fauna nativa.
Agricultura e extrativismo caminhando juntos
O agroextrativismo ocorre quando atividades como a agricultura, cultivo de árvores frutíferas, pesca etc., combinam-se com atividades extrativistas gerando o que se chama de conjunto de sistemas complexos de produção agroextrativista.
Porém, a viabilidade econômica dessas atividades depende muito das oportunidades de comercialização que variam de acordo com cada cultura.
As políticas mais importantes para isto são as de apoio (sobretudo assistência técnica, crédito para investimento, beneficiamento e comercialização), a pesquisa de tecnologias de produção e industrialização, ampliação da infra-estrutura e organização dos produtores.
Uma maneira de melhorar os sistemas agroextrativistas é adicionando valor por meio do processamento local de produtos como o óleo de copaíba, o açaí e buriti, a castanha-do-brasil etc. 

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