Brasil é o segundo em produção de lixo eletrônico nas Américas


País gerou 1,4 milhão de toneladas de resíduos, mostra estudo da GSMA. Região é responsável por 3,9 milhões de toneladas de lixo eletrônico. O relatório Global E-waste Monitor 2017, divulgado no final do ano passado, mostra que o Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico das Américas, ficando atrás somente dos EUA. O e-Lixo, como também é chamado, é composto por tecnologias que usamos e casa e no trabalho, como celulares, computadores, impressoras, telefone e outros.
Pensando nisso, a iniciativa de descarte inteligente de e-Lixo da empresa Microcity, especializada em terceirização de hardwares de TI, como computadores e notebooks, para empresas de todos os tamanhos, e que em 2015 ultrapassou a marca de 4 toneladas de lixo eletrônico corporativo (mouses, cabos, máquinas, etc.). O programa, oferecido gratuitamente e viabilizado pela parceria com companhias especializadas e certificadas com o ISO 14001, em tratamento de resíduos tecnológicos, atende todo o território brasileiro.
A América Latina gerou 9% dos resíduos eletrônicos do mundo em 2014, a maioria no Brasil (36,16%), enquanto Chile e Uruguai foram os maiores produtores per capita desse tipo lixo na região, segundo um relatório divulgado em janeiro 2018.
Um estudo da Associação de Empresas da Indústria Móvel (GSMA) e da Universidade das Nações Unidas advertiu hoje que a quantidade destes resíduos, ou "e-waste", está crescendo no mundo, onde superou as 40 milhões de toneladas em 2014, e que nos próximos quatro anos subirá entre 5% e 7% por ano na América Latina.
Na mesma linha, o documento "E-Waste na América Latina: Análise estatística e recomendações de política pública" ressalta que 9% do lixo eletrônico produzido na região corresponde a 3,9 milhões de toneladas e se prevê que esse número chegue a 4,8 milhões de toneladas até 2018.
A maior parte desses resíduos, que abrangem desde pequenos eletrodomésticos, monitores de televisão e telefones celulares, foi gerada no Brasil, que em 2014 produziu 1,4 milhão de toneladas, o que é atribuído à "grande quantidade de moradores".
O Brasil é seguido de longe na lista por México (958 mil toneladas), Argentina (292), Colômbia (252), Venezuela (233), Chile (176) e Peru (147), segundo o relatório da GSMA e do Instituto para o Estudo Avançado da Sustentabilidade da Universidade das Nações Unidas.
Por outro lado, abaixo das 75 mil toneladas, aparecem Equador (73), República Dominicana (57), Guatemala (55) Bolívia (45), Costa Rica (36), Paraguai (34), Uruguai (32) e Panamá (31).
Em termos per capita, Chile e Uruguai são os países que mais "e-waste" produzem por pessoa, com 9,9 e 9,5 quilos, respectivamente, enquanto a média na América Latina é de 6,6 quilos, dos quais, segundo o estudo, 29 gramas correspondeu a telefones celulares.
"Os resíduos eletrônicos gerados por telefones celulares representa menos de 0,5% do peso total do e-waste no mundo e a mesma proporção se repete na América Latina", indica o relatório.
Nessa supressão, das 3,9 milhões de toneladas de resíduos totais produzidos nesta região, 1,1 milhão de toneladas eram de equipamentos pequenos, que incluem aspiradores e eletrodomésticos; 991 mil de equipamentos grandes, como lavadoras, fogões e máquinas de lavar pratos.
Além disso, 585 mil correspondiam a artefatos de troca de temperatura, como refrigeradores, congeladores e aparelhos de ar condicionado; 499 mil eram de telas e monitores; 585 mil de dispositivos de telecomunicações, que incluem os telefones celulares; e 69 mil de lâmpadas.
"Embora os dispositivos móveis só contribuam em uma porcentagem pequena ao total dos resíduos eletrônicos na América Latina, elogiamos que os operadores móveis da região continuem seus esforços voluntários de gestão de 'e-waste'", afirmou em comunicado Sebastián Cabello, diretor da GSMA para a América Latina.
"É importante que a indústria trabalhe em estreita colaboração com os reguladores para desenvolver um marco legislativo que leve em conta a responsabilidade dos diferentes atores da indústria", acrescentou.
Nesse sentido, o relatório aponta que "poucos países da América Latina têm projetos de lei específicos sobre a gestão dos resíduos eletrônicos e, na maioria dos casos, a gestão dos resíduos eletrônicos está regulada na legislação geral de resíduos perigosos".
Por isso, o estudo pede o desenvolvimento de políticas públicas de resíduos eletrônicos, que abordem de maneira específica a coleta e o tratamento de telefones celulares.
Segundo relatório apresentado em abril passado pela Universidade das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos continuam sendo o país que mais gera lixo eletrônico no mundo, seguido por China, Japão, Alemanha e Índia. Apenas EUA e China geram de forma conjunta quase um terço (32%) do lixo eletrônico do mundo. 

Fonte: G1 e Envolverde

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