Ações protegem aves limícolas migratórias
O Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou portaria no Diário Oficial da
União (DOU 2016), atualizando o Plano de Ação Nacional para a Conservação das
Aves Limícolas Migratórias (PAN Aves Limícolas Migratórias).
Limícolas são um grande grupo de
aves que se alimentam normalmente perto de água e que têm adaptações especiais
como as pernas mais altas e bicos mais compridos para se alimentarem de
pequenos seres que se enterram na areia ou estão na superfície da água. Neste
grupo, encontramos aves com bicos com formas e tamanhos muito diversos para uso
de diferentes técnicas de alimentação. Temos aves especializadas em filtrar o
plânton (filtradoras), e outras que se alimentam de insetos, minhocas,
moluscos, crustáceos, pequenos peixes e às vezes até matéria vegetal. A grande
maioria das espécies de limícolas são migradores de grandes distâncias e muitas
vezes desafiantes quando se trata de conseguir identificá-las.
Limícolas são aves, geralmente,
associadas a zonas úmidas costeiras, como estuários e lagunas.
De acordo com a portaria, o PAN
Aves Limícolas Migratórias tem o objetivo geral de ampliar e assegurar a
proteção efetiva dos habitats críticos para as aves limícolas até 2018, com a
perspectiva futura de ter os habitats recuperados, protegidos e integrados às
alternativas de desenvolvimento social e econômico da sociedade até 2043.
Estratégias - O plano estabelece estratégias prioritárias de
conservação para cinco táxons (unidades de classificação) de aves consideradas
ameaçadas de extinção, constantes da Lista Nacional (Portaria MMA nº 444/2014),
sendo dois classificados na categoria CR (Criticamente em Perigo) – Calidris
canutus e Limnodromus griseus; um na categoria EN (Em Perigo) – Calidris
pusilla; e dois na categoria VU (Vulnerável) – Charadrius wilsonia e Calidris
subruficollis.
São beneficiados ainda outros 23
táxons, sendo dois categorizados nacionalmente como NT (Quase Ameaçado) –
Arenaria interpres e Haematopus palliatus; três na categoria DD (Dados
Insuficientes) – Calidris minutilla, Phalaropus tricolor e Pluvialis dominica;
16 (dezesseis) na categoria LC (Menos Preocupante) – Actitis macularius,
Bartramia longicauda, Calidris alba, Calidris fuscicollis, Calidris himantopus,
Calidris melanotos, Charadrius falklandicus, Charadrius modestus, Charadrius
semipalmatus, Limosa haemastica, Oreopholus ruficollis, Pluvialis squatarola,
Tringa flavipes, Tringa melanoleuca, Tringa semipalmata e Tringa solitaria; e
dois na categoria NA (Não Aplicável) Calidris bairdii e Numenius phaeopus.
Ações -
Para atingir o objetivo geral, foram definidas 27 ações distribuídas em
cinco objetivos específicos – prevenir e reduzir os impactos resultantes da
implementação de infraestrutura e das atividades de exploração de recursos
naturais para fins comerciais e de subsistência; diminuir as alterações de
habitat e impactos provocados pelo turismo desordenado e avanço de
empreendimentos imobiliários; reduzir a caça e coleta de ovos de aves
limícolas; reduzir o impacto de animais domésticos nas áreas de ocorrência das
aves limícolas; e desenvolver pesquisas que subsidiem a conservação das aves
limícolas.
Ainda de acordo com a portaria,
caberá ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres
(Cemave), do ICMBio, a coordenação do PAN Aves Limícolas Migratórias, com
supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação da Diretoria de
Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (CGESP/DIBIO). O PAN será
monitorado anualmente, para revisão e ajuste das ações, com uma avaliação intermediária
prevista para o meio da vigência do plano e avaliação final ao término do ciclo
de gestão.
Fonte: MMA
Nós humanos, racionais somos os responsáveis pela conservação da biodiversidade, bora cuidar do nosso meio ambiente.
ResponderExcluirBora cuidar do nosso meio de viver!
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