As principais barreiras do consumo consciente
Para compreender melhor o mundo
em que se insere, a organização FSC® realizou uma pesquisa mundial sobre
hábitos de consumo sustentáveis. Foram entrevistadas cerca de nove mil pessoas,
homens e mulheres, com idades entre 21 e 64 anos, em 11 países.
Os resultados mostram que a
maioria das pessoas acredita que suas escolhas fazem, sim, diferença. E quase
60% estão dispostas a pagar mais por um produto “verde” e pretendem aumentar
seus “ecogastos” no futuro. Outro indicador mostra que quatro em cada cinco dizem
que as empresas devem se responsabilizar por questões como poluição e
aquecimento global.
Cerca de 80% dos entrevistados
acredita que problemas ambientais como os citados acima são muito sérios.
Brasileiros, sul-africanos e indianos estão entre mais preocupados. “Esse é um
dado que salta aos olhos, mas levanta a questão de que, pelo menos por aqui, a
quantidade de intenção que vira ação ainda é menor do que gostaríamos”, destaca
Fabíola Zerbini, secretária-executiva do FSC Brasil.
Em algumas cadeias, como a
moveleira, produtos certificados ainda são de fato mais caros. “É preciso
relacionar valor monetário com valor ambiental e social”, completa Fabiola.
“Qualidades distintas têm preços distintos”.
Comportamentos
responsáveis
No geral, para enfrentar essas
situações, as pessoas adotam comportamentos mais responsáveis, como economizar
energia (80%) e água (78%) e encaminhar os resíduos sólidos para a reciclagem
(75%). A motivação é maior se a atitude é facilmente incorporada no dia a dia e
traz ganhos diretos.
Quando é preciso investir tempo
ou dinheiro, o engajamento diminui um pouco. Apenas 52% dos consumidores
consideram o meio ambiente na hora da compra, 51% usam meios de transporte
menos poluentes, 20% aderem ao voluntariado e 19% fazem doações. Entre as
principais barreiras para não se tornar sustentável, os entrevistados citam o
custo extra, a falta de conhecimento sobre o que é possível fazer, a rotina
corrida e a responsabilidade do governo.
Outros
resultados
Para se orientar na hora da
compra, cerca de 50% confiam plenamente em selos de certificações – como o
próprio FSC – e rótulos de embalagens. E enquanto apenas 20% acreditam nas
propagandas das empresas, 44% dão crédito a prêmios e ao reconhecimento de
terceiros; 43% confiam na opinião de amigos, familiares e colegas de trabalho e
34% acham valido ler resenhas, blogs e comentários. E pouco mais de 30% das
pessoas acreditam no que está escrito nos relatórios de sustentabilidade das
empresas.
Diante dos fatos recentes, como
desastres naturais, perda da biodiversidade e crescente desmatamento, boa parte
da população já percebeu que economia e meio ambiente andam juntos e não dá
para ficar de braços cruzados.
Fonte: Envolverde
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