Lixeiras são alternativas eficazes de contenção da sujeira nas cidades grandes
A população brasileira convive
com problemas aparentemente não solucionáveis há séculos. A sujeira nas cidades
é um dos desafios mais complexos enfrentados pelas sucessivas administrações
públicas, principalmente porque não depende apenas de políticas e infraestrutura
urbana, mas sobre tudo da participação da sociedade.
Hábitos cotidianos, como a
simples utilização de lixeiras domésticas e públicas, podem contribuir
significativamente para a redução da sujeira nas cidades brasileiras, sem para
isso demandar estratégias complicadas ou grandes investimentos, mas apenas o
senso de civilidade da população.
Jogar lixo nas vias públicas,
pelo contrário, é uma prática que vem marcando a vida nas cidades do país. De
bitucas de cigarro a embalagens e restos de comida, papel e outros rejeitos, as
cidades vão se tornando um enorme depositório de lixo a céu aberto. Nem mesmo a
força da lei estimula o brasileiro a utilizar a lixeira adequadamente. Em algumas
cidades do Brasil já existem leis que prevê multa para quem joga lixo na rua,
mas sem efetividade alguma. Em cidades de grande porte principalmente, qualquer
objeto jogado na rua produz um acúmulo final de toneladas de sujeira, cujo
destino é quase sempre o bueiro.
O acúmulo de sujeira nos bueiros,
geralmente causado pela má utilização das lixeiras ou até pela sua não
utilização. E o principal responsável pelas enchentes que, além de disseminar
doenças, contribuem significativamente para a poluição dos lençóis freáticos.
Na tese “Avaliação da Poluição Difusa gerada por Enxurradas em Meio Urbano”, de
2007, o pesquisador Jorge Henrique Prodanoff comprovou que, durante as
enxurradas, a sujeira das cidades levada pela água da chuva tem maior potencial
de poluição dos corpos hídricos do que até mesmo os resíduos de esgoto
doméstico e industrial, pois passam mais facilmente pelo sistema de drenagem. E
sabemos muito bem o transtorno que causam.
Mas o aumento do contágio de
doenças por intermédio da contaminação do lixo, como a leptospirose, é que tem
sensibilizado o cidadão, a despeito das campanhas educativas sobre a
importância do uso de lixeiras ou sobre a poluição dos rios. A maior parte do
comportamento da população é motivada pela resolução de problemas de curto
prazo gerados pela disposição do lixo em locais não apropriados, como os
terrenos baldios. Nesse sentido, atribuir a sujeira das ruas à desinformação ou
mesmo à pobreza continua sendo um equívoco, já que há vários meios acessíveis
de manter a cidade limpa.
Para as residências simples, as
lixeiras plásticas com tampa vai-e-vem resolveriam o problema. Para empresas,
bancos e comércio, há alternativas mais interessantes, como as lixeiras com
armação e pedal, ou as de inox com aro. Pelo papel social que estas
instituições têm, o ideal seria estimular a reciclagem do lixo por meio da
disposição de lixeiras para coleta seletiva nos estabelecimentos, um
investimento muito baixo com retorno de curto prazo para o negócio e de longo
prazo para o país. Alternativas não faltam, o que falta é vontade de
transformar comportamentos em favor de grandes causas.
Fonte: www.cestosdelixoelixeiras.com.br
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