Impactos ambientais na Agricultura
Um comparativo sobre as metodologias
empregadas nos sistemas de cultivo convencional e orgânico. Essa comparação é
de grande contribuição para a avaliação dos aspectos e impactos provocados pelo
manejo agrícola.
Aspecto ambiental é o elemento das
atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o
meio ambiente, enquanto que, impacto ambiental é definido como qualquer
alteração no meio ambiente, seja adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou
em parte, dos aspectos ambientais de uma organização (ISO 14001:2004).
Ao estudo de impactos ambientais cabe
identificar, classificar, interpretar e prever a magnitude dos impactos que
podem resultar de um determinado empreendimento, através de uma sistemática
estabelecida pelos órgãos de controle ambiental.
Vamos começar pelas técnicas empregadas em
ambos os cultivos:
•CULTIVO
CONVENCIONAL: uso intensivo do solo; agricultura permanente; monocultura,
uniformização genética; fluxo linear de nutrientes e energia; controle da
erosão através de práticas mecânicas.
•CULTIVO
ORGÂNICO: uso conservacionista do solo; rotação de cultivo/criação;
policultura, diversidade genética; fluxo circular de nutrientes e energia;
controle da erosão através de práticas vegetativas.
Agora vejamos a mecanização empregadas em
ambos os sistemas:
•CULTIVO
CONVENCIONAL: altamente mecanizado, com utilização de maquinaria pesada e
alto consumo de combustíveis. Causa problemas de destruição das condições
físicas, químicas e biológicas do solo, além de erosão e degradação junto ao
meio ambiente.
•CULTIVO
ORGÂNICO: moderada mecanização, com utilização de técnicas como cultivo
mínimo, semeadura direta e uso de tração animal em pequenas propriedades.
Enfoca os processos e medidas de uso, manejo e conservação que propiciem
condições de preservação da fertilidade e qualidades físicas, químicas e
biológicas do solo.
Quanto à adubação e proteção das plantas:
•CULTIVO
CONVENCIONAL: uso em larga escala de fertilizantes sintéticos, os quais
promovem desequilíbrio dos nutrientes na solução do solo; utilização de
compostos nitrogenados sintéticos e fosfatos solúveis podem ser prejudiciais ao
desenvolvimento e atividade de fungos micorrízicos. Sobre a proteção das
plantas é utilizado agrotóxicos, principalmente os químicos sintéticos da classe
dos herbicidas, inseticidas e fungicidas, os quais alteram drasticamente as
condições do ambiente.
•CULTIVO
ORGÂNICO: uso de produtos com baixa solubilidade e produtos naturais, tais
como adubação verde, farinhas de ossos e outros resíduos, os quais não são
produzidos sinteticamente - fosfatos naturais e adubação orgânica propiciam o
desenvolvimento e a atividade de fungos micorrízicos e outros micro-organismos
benéficos ao solo. Sobre a proteção das plantas é permitido o uso de produtos
naturais somente quando necessário para controle de pragas e doenças, tal como
extrato de plantas e outros produtos que não tenham origem sintética.
Finalizando a leitura, podemos entender que
as características ambientais do cultivo convencional é de alto risco ambiental
(poluição química, erosão, desmatamento e outros); ameaças à saúde pela
aplicação de agrotóxicos e resíduos tóxicos nos alimentos e substituição da
maior parte das variedades e raças tradicionais - enquanto que no cultivo
orgânico é de baixo risco; ameaças inexistentes e preservação e melhoramento de
variedades e raças tradicionais.
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