Agenda Ambiental na Administração Pública
O que é o
Programa Agenda Ambiental na Administração Pública
A sobrevivência das organizações
públicas ou privadas estará assentada - sem a menor dúvida - na nossa
capacidade de atualizar o seu modelo de gestão, adequando-o ao contexto da
sustentabilidade. Esse contexto envolve a inserção de critérios ambientais e sociais,
mas é sobretudo uma ambiência nova, um modo de perceber as relações coletivas
dentro de um constante aprimoramento da qualidade de vida do trabalhador, sua
saúde e bem-estar.
O momento em que vivemos é de
correção de hábitos de desperdício e desatenção. Há a necessidade de motivar os
servidores públicos para estarem abertos a mudanças nos procedimentos
administrativos. Essa abertura requer a participação de profissionais de todas
as áreas, independentemente de cargo ou grau de responsabilidade, em um
processo que deve ser encarado com naturalidade e maturidade, pois além de
muito dinâmico, está voltado para as exigências da sociedade e sua economia de
mercado.
O programa Agenda Ambiental na
Administração Pública, identificado como A3P, é, nesta perspectiva, uma ação de
caráter voluntário, que pretende induzir a adoção de um modelo de gestão
pública que corrija e diminua impactos negativos gerados durante a jornada de
trabalho. O meio de conseguir isso é o uso eficiente dos recursos naturais,
materiais, financeiros e humanos.
Este programa vêm sendo
coordenado pela Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e
tem levado sua experiência aos órgãos governamentais, nos três níveis de
governo, mediante solicitação dos interessados.
Qual o
objetivo do A3P
Muitas organizações e
instituições governamentais ou não governamentais têm construído agendas
ambientais e agendas 21. Nesse processo, pensar sobre o meio ambiente e suas
interfaces equivale a desenvolver um plano de ações que contemple as
possibilidades de execução de cada instituição.
Na avaliação das implicações
ambientais, não se pode esquecer que o homem é o integrante diferencial do meio
ambiente - que, na prática é um todo formado por partes igualmente complexas,
geralmente frágeis e passivas.
Numa perspectiva mais ampla, à
A3P soma-se a toda instituição que já se moveu no sentido de que é preciso
repensar sua posição diante das ações que vem sendo realizadas antecipadamente
pela iniciativa privada.
Antes de desencadear uma ação
dessa natureza, é preciso que seja estabelecido um processo metodológico
básico, contínuo, capaz de orientar as etapas, desde a sua concepção até a
implementação das ações e sua manutenção. Conheça um pouco como o Ministério do
Meio Ambiente - MMA vem construindo a sua Agenda Ambiental, visando a melhoria
das relações com o ambiente, em suas atividades diárias, e das relações
interpessoais entre os servidores.
Histórico
O Programa Nacional de Educação
Ambiental, elaborado e aprovado pelo MMA em 1999, previa a construção de
agendas ambientais por um processo participativo que possibilite o aprendizado
das questões ambientais. Aqui entra a reflexão de cada ser humano para criar
uma fase transitória entre o velho e o novo paradigma.
Com o resgate de valores
esquecidos e a adoção de novos seremos capazes de mudar comportamentos, hábitos
e atitudes, visando a vida saudável da geração presente e o não comprometimento
da boa qualidade para as gerações futuras.
Em agosto de 1999, o MMA criou a
Comissão Permanente, composta por representantes de suas unidades, incluindo o
Ibama, além de um representante do Centro de Desenvolvimento Sustentável da
Universidade de Brasília. Essa comissão, juntamente com os demais servidores
voluntários, identificou problemas e propôs ações básicas para solucioná-los,
de um modo contínuo, que sempre se renova.
Da mesma forma, cada
representante de unidade ficou responsável por procedimentos que considerassem
peculiares à ambiência de suas unidades, num processo de multiplicação e
incorporação atitudes próprias e saudáveis.
A partir de setembro de 2000, o
Programa A3P passou a ser incluído nas ações de competência da Secretaria de
Políticas para o Desenvolvimento Sustentável, que estabelece a ligação com as
ações administrativas que buscam a ecoeficiência governamental. Visaram ainda
avaliar a inclusão de critérios ambientais nos processos licitatórios, dando
preferência aos parceiros com os mesmos princípios ambientais.
Também estabelecer novas formas
de sensibilização e motivação dos servidores, elaboração de materiais
didático-pedagógicos, informativos, e a promoção de eventos para uma troca
descontraída de informações. Foram utilizados os seguintes meios de divulgação:
a) notas no informativo diário do
MMA -pela internet
b) atividades do grupo de teatro
da Diretoria de Educação Ambiental,
c) exposição/balanço dos
trabalhos realizados pela Comissão Permanente,
d) Iniciado o processo de gestão
ambiental, enfocando a gestão dos resíduos gerados e o uso racional de insumos,
a partir de princípios ambientalmente corretos.
Considerações
As ações constantes da agenda
levaram ainda em consideração os diagnósticos e levantamento realizados pela
Comissão, elaborados no sentido de nortear as demandas na área administrativa e
comportamental. Estes dados permitiram também definir,além do perfil dos
funcionários - independente de suas funções (administrativo, técnico, prestador
de serviços, segurança e recepção) - as características de cada setor, de suas
responsabilidades, comprometimento e competências.
O trabalho com base em números
permite, juntamente com a área administrativa, elaborar programas de redução
específicos, estabelecendo metas quantificáveis a serem realizadas e o custo
envolvido para a realização do conjunto de ações.
É essencial, no entanto, que seja
dado grande ênfase ao processo de sensibilização voltado aos responsáveis pelo
setor de compras e o de distribuição de materiais.
Os cursos e treinamentos
realizados na área de recursos humanos permitiram a convivência entre colegas e
servidores, incluindo ações lúdicas realizadas, assim como através dos cursos
específicos para os prestadores de serviços Gerais Série Vídeo I e II, Cursos
de Formação de Brigadas, Oficinas de Talentos ou ainda entre os membros da
Comissão e seus respectivos colegas.
Este trabalho deve ser aprofundado pois o processo de mobilização e
mudança de hábitos é lento e requer persistência.
Fonte: www.mma.gov.br
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