Porque implantar sistemas de gestão ambiental
Já diz a sabedoria popular que
“tragédia é algo ruim acontecendo comigo ou com minha empresa e comédia é a
mesma coisa acontecendo com meu concorrente”.
A plena compreensão desta máxima
simples talvez situe com melhor precisão do que todos os textos, quais os
conceitos que são desenvolvidos para Diagnóstico Ambiental e para a introdução
no Gerenciamento Ambiental.
O diagnóstico ambiental não é uma
tentativa simplória de evitar tragédias. Mas é um levantamento sistemático e
permanente de todas as situações que envolvem o gerenciamento ambiental da
empresa, para que em momento algum possam ocorrer incidentes ou ocorrências
surpreendentes que não estejam dentro do planejamento sistematizado das
operações.
Ocorrências que venham a causar
impactos ambientais e danos, muitas vezes irreversíveis, à saúde financeira ou
à imagem institucional da empresa, que são duas faces da mesma moeda. Muitas
vezes não é uma multa de um órgão ambiental que causa os problemas maiores de
caixa, pois a redução nas vendas de um produto, causada por um arranhão na
imagem, pode ser financeiramente mais danosa.
O Gerenciamento Ambiental é o
conjunto de procedimentos e normas para gestão das questões legais, éticas e
práticas das relações com os meios físico, biológico e antrópico que constituem
o meio-ambiente.
A questão do Diagnóstico
Ambiental e da própria Gestão Ambiental são muitas vezes interpretados como
componentes da qualidade e integrantes da esfera das preocupações com a
Segurança do Trabalho no âmbito mais geral do risco generalizado.
Esta interpretação é correta. Mas
a questão que tem vínculos com a qualidade e com a segurança do trabalho
transcende a estes setores e tem dimensão própria. A questão da avaliação do
desempenho ambiental é inerente e se integra nos próprios conceitos de missão
das organizações e talvez possa ser mais associado com a responsabilidade
social do que com a simples questão da qualidade.
Independentemente das definições
mais corretas ou mais abrangentes ou holísticas que as organizações tenham para
as definições de meio-ambiente, o certo é que não é mais possível que a
improvisação e a imaginação resolvam os paradigmas novos que cada vez mais se
impõem.
Implantar sistemas de gestão
ambiental não é obrigatoriamente implantar normatização de ISO (International
Standartization Normatization). Pode ser um sistema certificado ou não, basta
que um empreendedor perceba como relevante para seu empreendimento um sistema
de gestão ambiental e construa, redija e implanta o mesmo de forma autônoma.
Certificação é necessária apenas
quando da exigência de clientes ou eventualmente de fornecedores, isto porque
certificar segundo a ISO sempre é mais oneroso do que a simples construção e
implantação de um sistema autônomo.
Todas as operações industriais,
comerciais e de serviços, não podem ficar aguardando que a proteção do destino
suplante a falta de respostas conceituais aos problemas práticos do cotidiano.
São necessárias conceituações
relevantes e realistas, políticas coerentes, estruturas adequadas, planejamento
consistente e monitoramento permanente das ações executivas.
Pois a questão do meio ambiente,
assim como a responsabilidade social, a segurança do trabalho e as políticas de
qualidade vieram para ficar e são investimentos com retorno certo e mensurável,
no tempo, no espaço e na consciência de todos nós.
O aprimoramento constante
representa uma grande evolução da humanidade em direção à melhoria da qualidade
de vida e na busca do desenvolvimento sustentável, em clima de harmonia e
cooperação.
Fonte: Dr. Roberto Naime
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