Reino dos Animais: Os Invertebrados
Os animais compõem um reino com
mais de um milhão de espécies. No entanto, fósseis encontrados revelam que uma
quantidade muito maior de espécies animais já viveu na Terra, mas hoje estão
extintas.
Nós, os seres vivos, somos muitos
e temos as mais variadas formas e tamanhos - desde corpos microscópicos, como o
ácaro, até corpos gigantescos como o da baleia-azul. Alguns com forma,
organização e funcionamento do corpo simples, como uma esponja do mar; outros,
com a estrutura complexa de um mamífero.
Apesar da grande diversidade,
quase todos os animais apresentam uma característica em comum: são formados por
milhares de células de diversos tipos. Outro aspecto comum aos seres do reino
Animal é que obtêm o seu alimento a partir de outros seres vivos.
Os animais habitam quase todos os
ambientes conhecidos do nosso planeta, podendo ser encontrados tanto em grandes
altitudes nas montanhas quanto em profundas fossas marinhas.
A maioria das espécies é capaz de
se locomover, isto é, mover o corpo de um lugar para o outro. No entanto, há
espécies que vivem fixas, ou seja, sésseis, no ambiente, como as esponjas do mar.
O que é
vertebrado e invertebrado
Os animais são estudados pela
zoologia - campo da ciência cujo nome origina-se da língua grega: zoo significa
"animal", e logia, "estudo".
Para facilitar o estudo, é
importante classificar os animais. Uma das formas de fazer essa classificação é
dividi-los em dois grandes grupos: vertebrados e invertebrados.
No grupo dos vertebrados estão os
animais que, como os seres humanos, possuem coluna vertebral. Já o grupo dos
invertebrados é formado por aqueles que não possuem coluna vertebral.
A coluna vertebral é um tipo de
eixo esquelético formado por peças articuladas entre si, as vértebras, que
podem ser ósseas ou cartilaginosas. As articulações permitem a flexibilidade do
esqueleto interno, facilitando a movimentação.
A coluna vertebral, associada ao
sistema muscular, garante que os animais movimentem-se em mantenham a sua
estrutura firme.
Poríferos
Os poríferos, também conhecidos
como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de
1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e
heterótrofos que se agrupam em colônias.
Talvez ao tomar banho, você goste
de se ensaboar usando uma esponja sintética, feita de plástico ou de borracha,
ou uma bucha vegetal.
Mas você já pensou em tomar banho
ensaboando-se com o esqueleto de algum animal?
Antes da invenção das esponjas
sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar
banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo. A
esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do grupo dos
poríferos; esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de
uma proteína chamada espongina.
Organização
do corpo dos poríferos
O corpo de um porífero possui
células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células
são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados
poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de
poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').
Observe no esquema abaixo que a
água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu
corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também
que a parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam
a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células
denominadas coanócitos.
Cada coanócito possui um longo
flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente
para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e
microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material
digerido é então distribuído para as demais células do animal. Como a digestão
ocorre no interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão
intracelular.
Os poríferos são animais
filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela
alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo
desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada
ósculo.
O esqueleto das esponjas é
formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas
de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.Em
certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas tem a rede de espongina
bastante desenvolvida. As esponjas desse tipo é que foram muito utilizadas no
passado para banho e limpeza doméstica.
Muitas espécies de poríferos, que
ficam totalmente expostos aos predadores, apresentam mecanismos de defesa
contra a predação excessiva. O principal mecanismo é de natureza química, e
ocorre deste modo: algumas esponjas produzem uma substância tóxica e outras
produzem substâncias com atividade anti-microbiana.
Além de atuar como defesa contra
predadores e infecções microbianas, essas substâncias tóxicas expelidas pelas
esponjas, são vantajosas na competição por espaço que os poríferos travam com
outros invertebrados, como os corais, e até mesmo com outras esponjas. Isso
permite a algumas esponjas cresçam rapidamente.
Também são muito comuns relações
de comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as suas defesas contra
predadores tornam esses animais excelentes refúgios para invertebrados menores
e até mesmo para alguns peixes. Várias espécies dependem dessa proteção na sua
fase jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis.
Outras associações comuns são
aquelas envolvendo esponjas, bactérias e cianobactérias. Provavelmente, o
organismo das esponjas constitui um meio rico para o crescimento das bactérias
e, ao mesmo tempo, se beneficia de um estoque de bactérias usadas na sua nutrição.
A
reprodução dos poríferos
A reprodução dos poríferos pode
ser assexuada ou sexuada.
Assexuada - Ocorre, por exemplo,
por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do
animal e dar origem a novas esponjas.
Sexuada. Neste caso, quando os
espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo,
junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles
fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma
célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo
da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde
se desenvolve até originar uma nova esponja.
Fonte: www.sobiologia.com.br
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