Adensamento Urbano
O fenômeno do adensamento urbano
refere-se a uma ocupação intensa, e muitas vezes desordenada, do solo. Os
governos de várias metrópoles mundiais vêm estabelecendo medidas de
planejamento para um adensamento urbano que respeite o meio ambiente e priorize
a qualidade de vida dos cidadãos.
O adensamento urbano acontece em
regiões ociosas de várias cidades, por meio da construção de edifícios,
estabelecimento de comércios e aumento da população. Acontece, no entanto, que
em alguns casos as cidades não apresentam uma infraestrutura adequada para
atender a essa demanda crescente de moradores.
A expansão imobiliária é um dos
principais motivos para o adensamento urbano. Quando estabelecido de maneira
correta, esse adensamento pode ser positivo, pois diminui as distâncias e
melhora a malha urbana de veículos.
Para que o adensamento urbano não
seja prejudicial é necessário planejar a mobilidade urbana, oferecer transporte
público de qualidade e segurança para a população.
Encontros internacionais têm
discutido o tema das cidades compactas, que apresentam um adensamento urbano de
qualidade, onde todos os espaços públicos são planejados para serem eficientes
e multiuso.
Muitas soluções ambientais estão
ligadas ao urbanismo. Embora urbanismo seja em primeiro lugar uma questão
política e as soluções urbanas sejam
coletivas vamos falar um pouco sobre ele aqui para orientar algumas decisões do
cidadão individualmente ecológico. Percorrendo uma cidade encontramos
realidades bem diferentes. Em certas áreas urbanas vemos árvores nas ruas,
grama nas áreas de passagem, além de casas com jardim e quintal. Os recuos
entre construções são mais amplos e elas não se grudam umas às outras. Em
alguns condomínios de apartamentos também encontramos ampla área livre e verde
abundante. Áreas residenciais com essas características, além de propiciarem
uma qualidade de vida melhor aos moradores, também têm algumas vantagens
ambientais. A presença do verde tem
efeito positivo no efeito estufa, afinal os vegetais sequestram o carbono atmosférico.
Áreas gramadas, jardins e quintais permitem a infiltração da água da chuva e
isso é ótimo para a circulação subterrânea das águas. Construções com bons
recuos, ou seja, com espaço livre em volta, podem receber ventilação e
iluminação naturais e assim se tornam mais econômicas.
Da mesma forma, nas cidades
também podemos encontrar áreas com alta ocupação do solo. As edificações ficam
encostadas umas às outras e ocupam quase toda a área do terreno. As ruas são
asfaltadas, as calçadas cobrem toda a área de circulação e praticamente não há
verde. O adensamento urbano tem a vantagem de concentrar a população em área
menor, o que resulta em economia de infra estrutura urbana, menos
deslocamentos, etc. Por outro lado, quando o concreto ocupa o lugar do verde
perde-se a área de infiltração da água de chuva.
As temperaturas nessas áreas
passam a lembrar clima de deserto: escaldantes durante o dia e frias durante a
noite. A impermeabilização do solo favorece as inundações e enxurradas.
Ponto de
equilíbrio
Do ponto de vista ambiental, em
áreas urbanas é interessante uma densidade populacional alta, ou seja, mais
pessoas habitando áreas menores. Ao mesmo tempo, é preciso manter uma baixa
ocupação do solo com a área verde predominando sobre a área construída.
Conciliar essas duas necessidades não é fácil.
Geralmente densidade populacional
maior é acompanhada de alta ocupação do solo.
Soluções que equilibram maior
densidade populacional com menor ocupação do solo existem, embora ainda não
sejam comuns. Brasília nos oferece um modelo interessante nesse sentido. As
chamadas super quadras brasilienses mantém uma relação boa entre área verde e
área construída. O código de urbanismo restringe a área construída predial a
15% da área total da quadra e a ocupação se dá com prédios de apartamentos de
até 6 andares. Esses prédios acomodam mais moradores do que na ocupação por
casas. Nesse caso, temos uma relação amistosa entre áreas livres e construídas
combinada com uma densidade populacional média.
O planejamento rigoroso de
Brasília não é encontrado em outras cidades brasileiras em função do processo
histórico particular da capital federal, mas existem pelo Brasil projetos que
também conciliam maior densidade populacional com manutenção do verde. São
exemplo os condomínios verticais construídos em terrenos amplos. Esses
projetos, embora pontuais, talvez não sigam um modelo ideal; geralmente atendem
à demanda de famílias de alta renda; mas demonstram preocupação ambiental e com
a qualidade de vida.
Fonte: www.grupoescolar.com
Pois é bonito está preservação do meio ambiente mato ao redor da cidade é uma imagem muita bonita não sei qual zona da capital é
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