Poluição do solo
Um dos problemas mais sérios que
qualquer cidade enfrenta, é particularmente grave nas enormes aglomerações
urbano-industriais, é o do lixo sólido. A cidade processa uma incrível
quantidade de matéria e energia, além de toneladas de dejetos que não são metabolizados
por ela. Os excedentes vão se acumulando cada vez em maior escala. Com a
elevação da população e, principalmente, com o estímulo dado ao consumismo, o
problema tende a se agravar. Somente os Estados Unidos produzem cerca de 10
bilhões de toneladas de lixo sólido por ano.
Problemas
do lixo
Onde há serviço de coleta, o lixo
é depositado em terrenos usados exclusivamente para esse fim, os chamados
lixões, que são depositados a céu aberto, ou então enterrado e compactado em
aterros sanitários. Esses locais sofrem graves impactos ambientais. O acúmulo
de lixo no solo traz uma série de problemas não somente para alguns
ecossistemas, mas também para a sociedade: proliferação de insetos e ratos, que
podem transmitir várias doenças, decomposição bacteriana da matéria orgânica
que além de gerar um mau cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido
denominado chorume, o qual, nos grandes lixões, infiltra-se no subsolo,
contaminado o lençol freático, contaminação do solo e das pessoas que manipulam
o lixo com produtos tóxicos e o acúmulo de materiais não biodegradáveis.
Todos os dias, milhares de
pessoas, os catadores de lixo, afluem para os lixões em várias cidades do mundo
subdesenvolvido, em busca de restos de alimentos e de alguns objetos úteis para
seu miserável dia-a-dia. Acrescente-se, ainda, um problema de ordem estética,
pois o lixo torna a paisagem urbana feia e suja, causando poluição visual.
Soluções
para o lixo
As soluções para o problema do
lixo urbano são várias, dependendo da fonte produtora. No caso do lixo
hospitalar, por exemplo, não há outra saída a não ser a incineração, dada a sua
alta periculosidade por causa do risco de contaminação.
Para o lixo orgânico,
predominante nos países subdesenvolvidos, o ideal seria o retorno do lixo ao
solo, para servir como adubo orgânico ou também para a produção de gás metano,
resultante da fermentação anaeróbica, que pode ser usado como combustível. No
Brasil aproximadamente 70% do total do lixo domiciliar é orgânico, essa é uma
boa saída para o país. Em muitos países da Europa Ocidental, o lixo orgânico é
triturado e enviado pela pia ao esgoto.
Já para o lixo inorgânico, o
ideal seria a coleta seletiva, que possibilitaria a reciclagem de grande parte
dos materiais contidos no lixo domiciliar e industrial.
Muitos países instalaram usinas
de incinerações do lixo. Mas, a não ser que a energia produzida seja utilizada
para algum fim, como no caso da França, que utiliza para aquecimento dos
metrôs, essa é uma saída pouco racional em termos ambientais, pois desperdiça
grande quantidade de matérias e de energia, além de poluir o ar.
A grande dificuldade para um
melhor aproveitamento do lixo está exatamente na forma de coleta. Como é
sólido, o lixo tem de ser coletado por caminhões, o que por si só já cria
algumas dificuldades.
Para fazer uma coleta seletiva,
seria necessário maior número de coletas, o que implicaria maior quantidade de
veículos. Além disso, é preciso que a sociedade se conscientize da importância
da coleta seletiva. Cobrar isso de populações pobres, que mal tem onde morar e
o que comer, soa ridículo.
Fonte: www.juliobattisti.com.br
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