Nenhum país está no rumo certo para conter aquecimento global
Divulgado nesta quarta feira dia
16 de Novembro 2016, a situação de que, nenhum país está no rumo certo para
conter aquecimento abaixo de 2ºC, segundo um relatório. Nenhum país está
alterando sua matriz energética suficientemente rápido, para manter o aquecimento
global abaixo de 2 graus Celsius, segundo um ranking de 58 nações responsáveis
por 90% das emissões de CO2 relacionadas com combustíveis fósseis.
Apesar do aumento da produção de
energias renováveis, especialmente solar e eólica, “a revolução energética
necessária ainda está acontecendo muito lentamente”, destacou o Índice de
Desempenho de Mudanças Climáticas de 2017, apresentado paralelamente à
conferência da ONU sobre o clima em Marrakesh (COP22).
A avaliação anual das políticas e
ações nacionais para deter o aquecimento global revelou que a União Europeia
passou de líder para atrasada, com exceção de alguns de seus Estados-membros.
A França ficou no topo da lista,
em parte devido ao seu papel na condução do histórico Acordo de Paris, assinado
na capital francesa em dezembro passado.
A Suécia e o Reino Unido levaram
a prata e o bronze, devido, principalmente, a políticas postas em prática por
governos que já não estão no poder.
Canadá, Austrália e Japão ficaram
na parte inferior do ranking, embora as recentes mudanças de governo em
Camberra e Ottawa permitam antecipar futuras melhorias.
Os Estados Unidos, o segundo
maior emissor de gases de efeito estufa do mundo depois da China, obtiveram uma
classificação “pobre”, perdendo terreno em todas as categorias, segundo o
relatório.
Se o presidente eleito, Donald
Trump, levar adiante as ameaças de retirar os Estados Unidos do pacto de Paris,
a posição americana no ranking certamente cairá mais.
Até a China, que reduziu
drasticamente o seu consumo de energias fósseis enquanto constrói instalações
para produzir energia solar e eólica, obteve uma marca ruim, ficando no 48º
lugar entre as nações.
“Os governos nacionais não têm
mais desculpas para não consagrar o Acordo de Paris na legislação nacional”,
disse Jan Burck, da organização Germanwatch, principal autor do relatório.
O fato de o crescimento das
energias renováveis continuar em ritmo acelerado apesar dos baixos preços do
petróleo é um sinal positivo, acrescentou.
“Até agora, a queda nos preços do
petróleo não causou um aumento na demanda por essa fonte de energia, ao mesmo
tempo em que um número crescente de países está começando a virar as costas
para o carvão”, disse Burck.
No Acordo de Paris, 196 países se
comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2ºC e, se possível,
abaixo de 1,5ºC.
Fonte: UOL
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