2016 pode ser o ano mais quente da história
As temperaturas médias no mundo
bateram outro recorde no primeiro semestre do ano, o que antecipa que 2016 pode
se tornar o ano mais quente desde que medições são feitas, declarou nesta
quinta-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Neste período, o degelo no Ártico
aconteceu mais cedo e de forma mais acelerada, um indicador irrefutável do
ritmo em que avança a mudança climática.
A OMM, que atua como um braço
científico das Nações Unidas e é a autoridade mundial em questões de clima,
revelou que os níveis de dióxido de carbono - a maior causadora da mudança
climática - também quebraram recordes entre janeiro e junho (2016).
A temperatura média do primeiro
semestre deste ano ficou 1,3 grau centígrado acima da média da era
pré-industrial, no final do século XIX.
Em junho passado foi o 14º mês
consecutivo mais quente tanto na superfície terrestre como nos oceanos e o 38º
mês consecutivo no qual as temperaturas estiveram acima da média do século XX.
A última vez em que as
temperaturas no mundo estiveram abaixo dessa média foi em dezembro de 1984.
"Outro mês, outro recorde, e
assim outro e outro. A tendência à mudança climática está alcançando novas
escalas, intensificadas pelo forte fenômeno de El Niño entre 2015 e 2016",
explicou o secretário-geral da organização, Petteri Taalas.
Embora El Niño tenha
desaparecido, a mudança climática causada pelos gases do efeito estufa que
contêm o calor não diminuiu no absoluto, explicou em entrevista coletiva o
diretor de Pesquisa Climática da OMM, David Carlson.
A consequência é que o mundo vai
enfrentar mais ondas de calor, chuvas muito intensas e ciclones tropicais de
maior impacto, segundo os especialistas.
Enquanto isso, as concentrações
de dióxido de carbono na atmosfera superaram este ano a barreira simbólica de
400 partes por milhão e a tendência é em alta.
No Ártico, o calor levou o degelo
anual a acontecer de forma antecipada.
Atualmente, a extensão do mar
Ártico em pleno verão cobre 40% do que costumava cobrir na década de 1970 e
começo dos 80.
A OMM também observou que as
chuvas variaram de maneira significativa ao redor do mundo.
Enquanto isso, a temporada foi
muito seca na Espanha, no norte da Colômbia, no nordeste do Brasil, no Chile,
no sul da Argentina e em várias partes da Rússia, e foram registradas condições
mais úmidas do que o normal no norte da Argentina, no norte e no centro da
Europa, na Austrália e em várias regiões de Ásia Central e do sul.
Fonte: Terra
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