Agricultura Orgânica
Agricultura orgânica é o sistema de manejo sustentável da
unidade de produção com enfoque sistêmico que privilegia a preservação
ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biogeoquímicos e a qualidade de vida
humana. É um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da
produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela
qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo,
topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto,
mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.
A agricultura orgânica aplica os conhecimentos da ecologia
no manejo da unidade de produção, baseada numa visão holística da unidade de
produção. Isto significa que o todo é mais do que os diferentes elementos que o
compõem. Na agricultura orgânica, a unidade de produção é tratada como um
organismo integrado com a flora e a fauna.
Esse modo de produção assegura o fornecimento de alimentos
saudáveis, mais saborosos e de maior durabilidade; não utilizando agrotóxicos
preserva a qualidade da água usada na irrigação e não polui o solo nem o lençol
freático com substâncias tóxicas; por utilizar preparo mínimo do solo assegura
a estrutura e fertilidade dos solos evitando erosões e degradação, contribuindo
para promover e restaurar a rica biodiversidade local; por esse conjunto de
fatores a agricultura orgânica viabiliza a sustentabilidade da agricultura e
amplia a capacidade dos ecossistemas locais em prestar serviços ambientais a
toda a comunidade do entorno, contribuindo para reduzir o aquecimento global.
Na agricultura orgânica os processos biológicos são
priorizados. As práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de
fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da agricultura convencional são
substituídas pela rotação de culturas e diversificação, uso de bordaduras e
consórcios, entre outras práticas. O manejo de pragas e mesmo das plantas
espontâneas é fundamentalmente ecológico.
A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais
equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas
do solo. Esta é a razão pela qual o agricultor orgânico não cultiva produtos
transgênicos, pois ele não quer colocar em risco a diversidade de variedades
que existem na natureza.
Verduras, legumes, frutas, castanhas, carnes, pães, café,
laticínios, sucos e outros produtos, "in natura" e processados, só
podem ser considerados orgânicos se forem cultivados dentro de sistema de
plantio orgânico, respeitando todas as suas regras.
O comércio de produtos orgânicos no Brasil, bem como no
mundo, depende dos sistemas de controle de qualidade e da confiança entre
produtores e consumidores.
Fonte: EMBRAPA
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