Vida marinha está à beira da extinção em massa
Um grupo de cientistas concluiu
que os humanos estão prestes a causar um dano sem precedentes aos oceanos e os
animais que vivem neles.
"Podemos estar sentados à
beira do precipício de uma grande extinção", afirmou Douglas McCauley,
ecologista da Universidade da Califórnia e autor do estudo, publicado na revista
Science nesta quinta-feira 15 de janeiro 2015.
Segundo McCauley, ainda há tempo
para evitar uma catástrofe maior. Isso porque, comparados com os continentes,
os oceanos estão quase intactos.
"Os impactos estão
aumentando, mas não estão tão graves a ponto de não podermos reverte-los",
afirmou Martin Pinsky, biólogo marinho da universidade Rutgers e coautor do
estudo.
A pesquisa de McCauley e Pinsky é
sem precedentes, pois cruzou dados de diversas fontes, desde relatórios sobre a
exploração de combustíveis fosseis até estatísticas sobre remessas de
containers, pesca e mineração oceânica.
Os cientistas detectaram sinais
claros que os seres humanos afetaram os oceanos e a vida marinha de forma
grave.
Enquanto algumas espécies sofrem
com a superpopulação, outras estão ameaçadas de extinção, devido à destruição
seus habitats naturais, geralmente causada pela intervenção humana.
A população de recifes de corais,
por exemplo, diminuiu 40% no século passado, principalmente pelas consequências
do aquecimento global.
Algumas espécies de peixes estão
migrando para águas mais frias. Outras espécies, com a locomoção reduzida, não
irão conseguir encontrar novos lares.
Ao mesmo tempo, as emissões de
gases do efeito estufa estão alterando a química da água do mar, tornando-a
mais ácida.
Ainda assim, a pesquisa afirma
que há tempo para reduzir os estragos, com a implantação de programas que
limitem a exploração dos oceanos.
Os autores alegam que a limitação
da industrialização dos oceanos em algumas regiões permitiria que espécies
ameaçadas migrassem para outras partes ainda preservadas.
"Acredito que nosso melhor
parceiro para salvar o oceano é ele próprio", afirma McCauley.
Fonte: www.info.abril.com.br
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