Produtos Orgânicos e o Meio Ambiente
Ao comprar produtos orgânicos, os
consumidores apesar de não sentirem ou terem consciência da sua ação benéfica
para o meio ambiente, estão na verdade adquirindo, um conjunto de dois
produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a proteção/regeneração do
meio ambiente). E esse produto ambiental que parece abstrato à primeira vista,
que apesar de adquirido, não é consumido fisicamente por quem o adquire, pode
até ser quantificado e valorado. Basta que sejam medidas nos estabelecimentos
agrícolas, a melhoria da qualidade da água, a intensificação da vida
microbiológica do solo, o aumento da biodiversidade, o retorno dos pássaros e
outros pequenos animais ao espaço agrícola, apesar de eventuais pequenos
prejuízos que possam causar às atividades agrícolas no curto prazo.
Por outro lado, no longo prazo,
os métodos orgânicos de produção, ao equilibrar o meio ambiente e trabalhar de
modo harmônico e convergente em relação ao tempo, ritmo, ciclos e limites da
natureza, tende a reduzir substancialmente seus custos, podendo até mesmo
competir com o agroquímico em termos de produtividade e resultados econômicos,
sem entretanto apresentar os aspectos negativos já conhecidos desse sistema de
produção.
O agricultor orgânico, que
considera a natureza sua aliada, amiga, observa-a, e está sempre apreendendo
com ela, respeita seu tempo, suas limitações de solo, água, clima, etc. Percebe
as inter-relações que existem entre todos os elementos que compõem o meio
ambiente. Enfrentando as dificuldades, impostas pelos limites naturais e éticos
em relação a esse processo de produção, este agricultor, com satisfação e
acreditando na proposta, procura produzir economicamente, mas acompanhando e
respeitando o ritmo da natureza atuando e procurando encontrar um máximo de
equilíbrio com a mesma.
Principais
produtos Orgânicos produzidos no Brasil
Os principais alimentos orgânicos
produzidos no Brasil são representados pela, soja que ganha com 31% seguida de
hortaliças (27%) e café (25%). A maior área plantada é com frutas (26%), depois
cana (23%) e palmito (18%).
Cana-orgânica: O objetivo é
melhorar ainda mais a qualidade do açúcar orgânico, que já é exportado para
mais de 25 países.
Soja orgânica: O cultivo de soja
para consumo humano é alternativa para pequenos produtores. O consumo de
produtos à base de soja para alimentação humana dever crescer 300% nos próximos
cinco anos. Essa alta está sendo provocada pelas descobertas das pesquisas que
identificam no grão substâncias que combatem certos tipos de cânceres, osteoporoses
e outras doenças. A demanda pode ser uma oportunidade para pequenos produtores
terem na soja uma alternativa de renda. Para conseguir isso o agricultor tem um
caminho.
Cacau orgânico: O cacau orgânico
não utiliza agrotóxico e é cerca de 30% mais valorizado que o comum. Para
produzir cacau orgânico são utilizados, dentre outros produtos, urina de vaca,
esterco verde, fosfatos naturais, além de vários enriquecedores naturais.
Citricultura orgânica: O uso de
calda Sulfocálcica viabiliza a produção de citros orgânico. Hoje, devido ao
sucesso da Sulfocálcica no combate às principais pragas dos citros (ácaro da
leprose, ácaro da ferrugem, cochonilhas, larva minadora, etc), são mais de 250 fábricas
nos pomares. Utilizando este produto alternativo, a citricultura e o país estão
economizando milhões de reais, viabilizando o cultivo para muitos pequenos e
médios produtores. A calda Sulfocálcica é um produto alternativo, aceito pelas
certificadoras de produtos orgânicos. As plantas que recebem o tratamento com
esta calda rica em cálcio e enxofre, além de livres de pragas, são mais
resistentes às doenças, mais vigorosas e sadias.
Gengibre orgânico: O objetivo é
desenvolver técnicas produtivas que empreguem insumos agrícolas de baixo
impacto ambiental na área, zona de preservação que já cultiva o gengibre em
escala comercial pelo sistema tradicional. Enquanto o método convencional
utiliza grandes quantidades de agrotóxicos e adubos químicos NPK (como uréia,
superfosfatos e cloreto de potássio), no método orgânico esses produtos dão
lugar ao fosfato natural e pó de rocha, biofertilizantes (esterco, água e pó de
rocha fermentados) e compostagem (resíduos vegetais e animais sobrepostos).
Guaraná orgânico: Eles descartam
completamente os químicos, utilizando em seu lugar, por exemplo, farinha de
ossos, restos vegetais e até um formicida orgânico. Os pés cultivados
convencionalmente produzem mais, mas essa diferença é compensada pelo preço
alcançado pelo guaraná orgânico, que é cotado em dólar.
Manga orgânica: O volume da
produção certificada como orgânica é inédito no Brasil. A manga orgânica já
está sendo exportada para Holanda e Portugal com boa aceitação.
Morango orgânico: É um produto
de alto valor biológico e de muito melhor qualidade. O morango tem que ser
colhido de dois em dois dias, pela rápida maturação, e não deve ser tratado com
agrotóxico.
Pêssego orgânico: O cultivo
orgânico de frutas de caroço, como o pessegueiro é possível, com muitas
vantagens para o agricultor. Adubar com fertilizantes orgânicos, como compostos
e húmus de minhocas, com acompanhamento do estado nutricional da planta,
permitem adubação equilibrada, que não liberam aminoácidos para as pragas e
patógenos. As plantas tratadas com defensivos alternativos, como Calda
Sulfocálcica e Biofertilizantes, ficam mais fortes e resistentes, reduzindo em
80 a 90% dos ataques às plantas. O solo é manejado com roçadeira, mantendo
sempre a sua cobertura, evitando erosão e garantindo a presença dos inimigos
naturais. A produtividade não é afetada, porém os frutos são mais aromáticos e
saborosos.
Rapadura orgânica: Para
industrializar a rapadura orgânica é preciso ter uma produção de cana-de-açúcar
orgânica, cultivada sem o uso de agrotóxicos ou adubos químicos. O processo
fabril é artesanal e começa com a limpeza do caldo de cana, que não é lavado e
nem passado na centrífuga. Após a secagem, o produto é granulado. O corte da
cana também é diferenciado, feito sem a queima da planta.
Tomate orgânico: As caldas
Bordalesa e Sulfocálcica constituem os principais meios de controle alternativo
de pragas e doenças para as plantas cultivadas no processo ecológico e
orgânico. O princípio destas caldas não é erradicar os insetos ou patógenos,
porém aumentar a resistência e a repelência das plantas. Na cultura do tomate,
o uso da bordalesa combate os fungos e bactérias, aumentando a resistência dos
tecidos contra a ocorrência de pragas, como larva minadora.
Uva orgânica: O cultivo orgânico
é aquele feito sem agrotóxicos ou outra espécie de produto químico. Além de
todo o cuidado que já é destinado para um produto orgânico, a uva requer também
pulverização constante.
Fonte: www.ambientebrasil.com.br
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