Problemas da urbanização
Os fatores atrativos da
urbanização, em países desenvolvidos, estão ligados basicamente ao processo de
industrialização em sentido amplo, ou seja, às transformações provocadas na
cidade pela indústria, notadamente quanto à geração de oportunidades de empregos,
seja no setor secundário, seja no setor terciário, com salários em geral mais
altos. Essas condições surgiram primeiramente nos países de industrialização
antiga, os países desenvolvidos. Nesses países, além das transformações
urbanas, houve, como consequência da Revolução Industrial, também uma revolução
agrícola, ou seja, uma modernização da agropecuária que, ao longo da história,
foi possibilitando a transferência de pessoas do campo para a cidade,
principalmente como resultado da mecanização da agricultura.
A urbanização que ocorreu nos
países desenvolvidos foi gradativa. As cidades foram se estruturando lentamente
para absorver os migrantes, havendo melhorias na infra estrutura urbana –
moradia, água, esgoto, luz, etc. – e aumento de geração de empregos. Assim, os
problemas urbanos não se multiplicaram tanto como nos países subdesenvolvidos.
Além disso, pelo fato de gradativamente haver um aumento nos fluxos de
mercadorias e pessoas, o processo de industrialização foi também se
descentralizando geograficamente. Como resultado, há nos países desenvolvidos
uma densa e articulada rede de cidades.
A grande aglomeração de pessoas
nas cidades, quando essas não disponibilizam infra estrutura suficiente para a
população, gera uma série de dificuldades de ordem ambiental e social.
Diante desse contexto, pode se
enumerar os problemas gerados pelo processo de urbanização ocorrido
principalmente em países subdesenvolvidos, dentre muitos estão:
Desemprego: provoca um grande crescimento no número de pessoas
que atuam no mercado informal, além de promover o aumento da violência, pois
muitas pessoas, pela falta de oportunidades, optam pelo crime.
Favelas: apresentam uma
concentração de casebres e barracos em situação precária, desprovidos, em sua
maioria, de serviços públicos básicos, geralmente estão situadas em áreas de
risco e abrigam grandes grupos criminosos, como o tráfico de drogas.
Cortiço: corresponde a moradias
que abrigam um grande número de famílias, quase sempre são cômodos alugados em
antigas casas enormes situadas no centro, essas construções se encontram em
condições deterioradas. Essa modalidade de moradia geralmente oferece péssimas
condições sanitárias e de segurança aos seus moradores.
Loteamentos populares: ocorrem
em áreas periféricas, a camada da população que habita esses lugares é de baixa
renda, os lotes possuem preços acessíveis e longos prazos para o pagamento. O
maior problema desse tipo de habitação é que quase sempre os loteamentos são
clandestinos. As casas são construídas pelo próprio morador ou em forma de
mutirão.
Enchentes: os centros urbanos
possuem extensas áreas cobertas por concreto e asfalto, dificultando a
infiltração da água da chuva no solo. As chuvas em grandes proporções ocasionam
um acúmulo muito grande de água e as galerias pluviais não conseguem absorver
toda enxurrada e essas invadem residências, prédios públicos, túneis e
comprometem o trânsito.
Esses são alguns dos problemas
vividos nas cidades brasileiras e que podem ser realidade também em outros
países, pois todas as cidades possuem problemas, porém, os acima citados fazem
parte de grandes aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As
autoridades não conseguem monitorar todos os problemas devido o acelerado
crescimento ocorrido no passado.
Fonte: www.mundoeducacao.com
Comentários
Postar um comentário