Lâmpadas fluorescentes compactas - PERIGOSAS
Há poucos anos, ambientalistas
pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas
incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande
problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor.
Em seu lugar, foram adotadas as
lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia. O problema é que
essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o
tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação
dos seus circuitos eletrônicos.
Antes restrito a locais
determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou
"democraticamente" por todo o globo.
Riscos
das lâmpadas fluorescentes compactas
Agora, as tão recomendadas
lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os
cientistas estão dizendo.
E eles não estão usando
meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas,
assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos.
Outros estudos já haviam
demonstrado que o mercúrio liberado pelas lâmpadas eletrônicas pode superar os
níveis de segurança.
Mas Seong-Rin Lim e seus colegas
da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é
bem maior.
Enquanto o limite para a
liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes
compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.
O limite de segurança para o
cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e
31.600 mg/kg, respectivamente.
Tanto lâmpadas fluorescentes
compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas
incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais,
sobretudo daqueles que são tóxicos.
O resultado não mudou nem mesmo
quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de
lâmpadas.
Em comparação com as lâmpadas
incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de
efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em
sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas
incandescentes.
Convenção
de Minamata sobre Mercúrio
A recém negociada Convenção de
Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do
mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas.
A proposta de banimento desses
usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas
(CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá
assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro.
Não é a primeira vez que as
tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos
esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que
salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos
contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.
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